Corre mais rápido!

Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...
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19/10/2015

Corrida Sporting 2015 - Report de bluesboy e Mustache

Sou Penta Campeão! Ou só totalista, vá.. - by Mustache

Se há corrida que eu não falho, é a corrida do Sporting.
Em 5 edições, tenho 5 participações.
É nesta prova que, inclusivamente, tenho o meu PB aos 10kms, com o tempo de 44'31"!
Este ano, sem ter os treinos em dias, ainda consegui fazer 45'24"!

Tal como tem sido habitual, a chuva fez parte da festa. Felizmente, acalmou antes do tiro de partida e a pouca que se sentiu durante a prova serviu para hidratar. Não me quero alongar muito porque esta prova é igual todos os anos. O que vai variando é qualidade da organização. Desta vez, nada a apontar de negativo. O levantamento dos dorsais foi feito em pouco mais de 1minuto, os blocos de partida estavam devidamente identificados e vigiados, um abastecimento a meio da prova é o suficiente, no final a medalha+maçã+banana+powerade (uma bancada fora do estádio para quem queria beber), um bom escoamento, fizeram desta prova um modelo a seguir nas próximas.
Melhor que tudo, este ano redimiram-se da péssima tshirt da corrida de 2014. Uma tshirt técnica de boa qualidade, branca e verde, com o símbolo do clube ao peito, deixam-na, para mim, como a segunda mais linda das cinco.

Agora é esperar por 2016 e treinos em dia para conseguir baixar dos 40'!


Aaaaaah SPORTING!!


Prova feita em Esforço, falta de Dedicação aos treinos, mas mesmo assim com a Devoção ao Sporting, tinha que ir, embora os túneis de Entrecampos para mim este ano mais pareciam a Subida à Glória - by bluesboy

Como já é sabido, a minha vida de corredor nos últimos tempos tem-se apenas resumido ao ocasional treino semanal e à participação, aqui e ali, numa prova ou outra. Ir à Corrida Sporting era uma obrigação, tanto que logisticamente, sendo perto de casa, para um pai de um rebento de 15 meses movido a pilhas que nunca mais acabam, é o ideal.

Aproveitei a prova para baptizar um colega de trabalho em provas oficiais de estrada, tendo feito o percurso sempre em gestão de esforço, apontando para um tempo ligeiramente acima da hora. Fiz 01:01:00, o que acaba por ser um bom desempenho face às limitações familiares presentes.

A ver se os próximos tempos marcam o regresso mais disciplinado aos treinos, a tempo de possibilitar a participação na meia Maratona dos Descobrimentos, em Dezembro.

31/01/2015

Grande Prémio Fim da Europa - report by Fiona, bluesboy e Mustache

Se eu podia ter desistido? Podia, mas não era a mesma coisa

Atenção: este relato tem inúmeras referências a problemas gastro-intestinais, pelo que deve ser lido com o devido distanciamento temporal do almoço ou jantar.

Com poucas horas de sono, lá me arrastei no passado Domingo para Sintra, rumo ao Fim da Europa. Para além do cansaço de uma noite mal dormida, vinha claramente com uma revolução intestinal em marcha, o que tentei remediar antes da partida...

... 10:15, tiro de partida dado, lá segui em ritmo ponderado, como impõem os quilómetros iniciais e com redobradas cautelas dada a minha má forma presente e cansaço parental (a sério, cólicas nocturnas de um bebé metem uma dor de dentes a um canto em termos de desgaste). Ao quilómetro 2 comecei a ter necessidade de caminhar aqui e ali, o fogo de artifício no lombo continuava, tendo-me arrastado mais uns sete quilómetros até efectivar mais uma "paragem técnica"...

... aparentemente melhor, lá retomei a corrida, encontro a Marta, caminhamos em conjunto na parte final do temível quilómetro 10 e inicio a descida a trote...

... chegada à Azoia, cruzo-me com alguns Pernas de Gafanhoto que já tinham terminado a prova, o que me deu algum ânimo para acabar a prova a uma passada minimamente apresentável.

Terminei com 01:50:32, um tempo que reflecte bem as dificuldades passadas, tendo conseguido pior do que no ano passado, quando corri lesionado com uma fasceite plantar.


Estás bonito, estás...
Vendo as coisas com olho clínico, tenho quase a certeza que corri com uma virose, o que explica a debilidade e tudo o resto. Para o ano será certamente para melhorar e esperar que as condições meteorológicas estejam como as de 2015: um dia perfeito para correr, uma chegada ao Cabo da Roca espectacular e uma excelente organização, que culminou com a chegada ainda mais perto do ponto mais ocidental da Europa.



Tempos da prova nas minhas cinco participações


O dia em que fiz as pazes com Sintra - Mustache

25 de janeiro foi o dia da minha primeira prova de estrada, este ano, sendo que a última tinha sido a Maratona do Porto, em novembro. Foi também a minha primeira vez nesta corrida, portanto, não tenho forma de comparar com outras edições. Sabia apenas que apelidam esta corrida de "a prova mais bonita" e foi para isso que fui preparado.

Logisticas à parte, cheguei a Sintra com tempo suficiente para procurar um lugar para o carro, para ir comer um Travesseiro e um café à Piriquita, para ir entregar a mala que recolheria no final e ir para a zona da partida ver as pessoas a aquecerem. Foram muitos os amigos e conhecidos que cumprimentei, todos com um sorriso na cara, apesar do (algum) frio que se fazia sentir. Fiquei por ali em amena cavaqueira até ser a hora da minha partida, que seria às 10:15.

Eu, à conversa com aquele menino que nunca treina
mas que fica sempre à minha frente.

Lá para as 10:07 fui para a zona da partida, e aproveitei para fazer o aquecimento em conjunto com o resto da malta, em frente a um locutor que percebia pouco daquilo. Mas estava animado e é o que interessa. 10:30 e novo disparo para o ar, assinalando o arranque da segunda vaga de atletas. Sintra estava-me atravessada ma garganta por causa das duas corridas do BES que lá fiz. Em ambas, mais cedo ou mais tarde, tinha que começar a andar sob risco de não aguentar e desmaiar para o lado. E eu, apesar de não ser atleta de topo, não gosto de parar de correr! Eu pago para correr, não para andar. Já sabia que aquele inicio em zigue-zague serra acima ia ser complicado. Sabia que se um gajo não sabe o que o espera e se mete em aventuras a forçar, arrisca-se a rebentar a meio. Por isto, fui a um ritmo ligeiramente abaixo do confortável, mas sem apertar muito. Nunca parei e assim que a subida terminou, comecei a rolar a um ritmo bem mais rápido. Corriam os boatos que o verdadeiro desafio era ao km 10, onde iríamos encontrar uma "parede" - claramente esta malta da estrada não sabe o que é uma "parede" - capaz de derrubar até o atleta mais destemido. E a verdade é que a senti, ali em todos os músculos das pernas, mas também nunca parei de correr. Nunca tendo feito a prova e sabendo destas subidas, tinha apontado para um tempo entre a 1h30m e 1h45m. Quando acabei de escalar a parede e olhei para o relógio, vi que era possível isso e muito melhor. Também me tinham dito que a seguir à "parede" era sempre a descer, mas como corredor de trail habituado a que lhe 'mintam' sobre isso de ser sempre a descer, ia um pouco desconfiado. Mas foi mesmo (quase) sempre a descer. Corri no limite dos pulmões e os últimos 3kms foram corridos a menos de 4'20"/km (4'16", 4'18" e 4'13", respetivamente). Quase a chegar à meta, uma última subida que me soube mesmo bem e que deu para ultrapassar alguns corredores, ganhando algumas posições. Cruzei a meta com 1h25'55". Podia ter feito melhor, é verdade, mas ainda me faltava voltar para Sintra e o melhor mesmo era poupar um pouco as pernas...

Aqui, vinha lançadíssimo. Levasse um atacador desatado e caísse,
rebentava as cangalhas todas!
Foi uma estreia bastante positiva, onde me diverti e pude conferir que é mesmo um das provas (de estrada) mais bonitas de Portugal. Quanto à organização, nada a apontar de negativo e deu bem conta do recado no que ao transporte diz respeito. Eu sei que muita gente não liga a isto, que dizem até que a tshirt que nos deram é mais do que suficiente, mas eu sou aquilo tipo de pessoa que gosta de receber uma medalha. E, verdade seja dita, na minha opinião, a prova ficaria ainda mais completa com uma medalha à altura da beleza da prova. Para o ano, hei-de lá voltar.

Quanto ao meu regresso a Sintra.... Bem, se quiserem podem lê-lo aqui.



Se eu podia ter feito esta prova tendo o chip no pé esquerdo? Podia, mas não seria a mesma coisa!

"Roubando" descaradamente a inspiração para o título do meu report ao meu amigo bluesboy, aqui estou a escrever sobre a minha última participação no Grande Prémio Fim da Europa. Esta será, sem sombras de dúvidas, uma das minhas provas preferidas. Pelo local, pelas belas imagens que se conseguem obter num dia de céu limpo e de muito sol ou pela dificuldade do traçado que me desafio mais do que a maior parte das provas em que participo. Não sei se é por terminar em frente ao majestoso Oceano Atlântico mas esta é uma prova que termino com um sorriso nos lábios e com vontade de regressar no próximo ano!

Lamechices à parte, vamos lá ao meu report...


Cheguei cedo a Sintra na companhia da Marta e passado pouco tempo, encontrámos o João Lima, talvez um dos mais conhecidos corredores do nosso pelotão. Até à hora da partida deles, lá fomos encontrando mais corredores conhecidos e juntei-me finalmente aos Pernas de Gafanhoto que já se começavam a reunir na famosa Volta do Duche. E eis que me dou conta de que me esqueci em casa de um pormenor deveras importante: o chip! Felizmente, não me esqueci do dorsal e pude participar na prova, mas pude constatar que a organização não possui de uma solução alternativa para os mais distraídos que se esquecem do chip em casa. Desta forma, não tenho direito a diploma. Eu sei... A culpa foi minha que me deveria ter organizado para não me esquecer do chip mas poderia a organização ter alguma solução alternativa para que nenhum participante ficasse sem direito ao seu diploma. Principalmente, e como já foi referido pelo Mustache, esta prova não teve direito a medalha como recordação. Eu bem sei que não será o mais importante mas gosto de ter uma recordação das corridas em que participo que não seja apenas a camisola da prova...


Chegadas as 10:15 foi altura de dar a partida por mais umas deambulações pela serra de Sintra. Lá fui eu, muito calmamente já que os últimos tempos não têm sido propriamente os mais férteis em treinos já que o trabalho continua com um índice bem elevado e há que prioritizar as coisas e, infelizmente, acaba por ser a corrida a ficar para segundo plano. Mas espero em breve que as coisas voltem ao seu rumo e consiga manter um ritmo de treino bem aceitável. A prova correu bastante bem, tendo em conta estar bem longe da minha melhor forma, e pude desfrutar da prova. Não tenho assim grandes objectivos de tempos, aproveitei o abastecimento em torno da famosa parede do km 10 para apreciar por uns segundos a paisagem...


Digam lá que não valeu a pena para um pouco?!

Depois deste ponto, estavam terminadas as subidas e era altura de ter pulmões suficientes para enfrentar os últimos quilómetros de prova de descida vertiginosa. Já após ter passado a Azóia, cruzei-me com o Marco dos Tartarugas Solidárias que andava a ajudar amigos no final da prova e ele fez comigo o último quilómetro e meio, dando-me a motivação suficiente para terminar com um sorriso reforçado. Muito obrigada!

Ressalvo um ponto muito positivo para a organização no que se refere ao apoio dado à chegada: havia comida em boa quantidade, água, bebida isotónica e chá com mel suficiente para a recuperação de uma prova tão dura e para fazer face ao regresso. Fica só mesmo a faltar a emblemática medalha de recordação...

E o resumo da prova foi este:

17/01/2015

Eu também ajudo a limpar as teias de aranha...

Se o Bluesboy se queixou que anda ausente, então que dizer de mim? Quer dizer, um gajo pede escrever aqui e depois nunca o faz? Não pode ser! E se a desculpa dele - que não é desculpa - é que as corridas dele agora são para comprar fraldas ou correr para apanhar papa do chão, as minhas são um pouco diferentes.

Em boa verdade, não tenho corrido quase nada na estrada, mas tenho corrido bastante. Aliás, já nem me lembro quando foi a minha última prova oficial na estrada. Estive para ir correr a São Silvestes de Lisboa, mas acabei por ir fazer o 1º Trail São Silvestre da Serra da Estrela. Nunca ouviram falar, né? É normal, não se preocupem.
Depois, também tenho andado ocupado com o meu blog dedicado ao trail. Pois é, parece que o bicho do trail venceu o da estrada. Agora, vivem os dois lado a lado, mas o da estrada só se mostra de vez em quando. Para aquelas provas emblemáticas (a do Sporting) e para aquelas onde quero melhorar os meus tempos: meias-maratonas e maratonas. Por falar em maratonas, desconfio que, se no ano passado fiz 2 no espaço de um mês (Lisboa e Porto), este ano há a grande possibilidade de fazer 3 no mesmo espaço de tempo (Lisboa, Amesterdão e Porto). Mas ainda não está decidido se assim irá acontecer. Loucura?! Um pouco! Mas já diz o provérbio "De corredor e louco, todos temos asim, tipo, bué!"

Mas vamos lá aos números de janeiro, até à data.



119,5kms, 14h27', 7 atividades
62,4 em estrada, 7h20', 4 atividades. (num dos treinos, subi 1964 degraus)
57,1 em trilhos, 7h07', 3 atividades.

Entretanto, ainda tenho a corrida Fim de Europa (17kms estrada) e o regresso que vou fazer até Sintra, pelo meio da serra (cerca de 25kms trilhos). Com jeitinho e mais alguns treinos, devo fiar perto dos 200kms em Janeiro, o que é um bom começo para muitos dos objetivos que estabeleci para este ano de 2015.

Boas corridas a todos!

23/11/2014

O que é que o trail tem que a estrada não tem?



Num lar de idosos, um senhor e uma senhora que eram viúvos, decidiram começar a namorar. Ao fim de algum tempo de namoro, ele disse-lhe que gostava de avançar mais um pouco e tentar relações sexuais. Ela disse-lhe que não podia ser, por causa da sua anca. Então, ele sugeriu-lhe que ela o masturbasse. Ela acedeu a esse pedido e, a partir desse dia, todas as quartas-feiras a seguir ao lanche, lá iam até ao quarto dela para brincarem um pouco. Certo dia ele não apareceu à hora marcada e a senhora foi à procura dele. Quando chegou ao quarto dele, lá estava ele, mas com outra senhora a masturbá-lo. A senhora passou-se e começou a gritar “Como é que foste capaz de fazer isto? Depois de tanto tempo juntos! Depois de tudo o que eu fiz! Diz-me, diz-me lá o que é que essa tem que eu não tenho?!”. Ao que ele respondeu: “Parkinson”.

E é isto, trail tem Parkinson! Excita mais!













O conquistador dos Trilhos de São João das Lampas

13/11/2014

Há coisas que só os corredores entendem...

Não posso falar por todas as pessoas, mas acredito que a muitos aconteça o mesmo que a mim.
Muitas são as vezes em que as pessoas me perguntam qual o interesse em correr; em estar ali entre 30 a 5h a correr, sabendo que não vamos ganhar nada; por que é que corres duas maratonas num mês; se não estava melhor na cama, num sábado ou num domingo de manhã; e, verdade seja dita, já cheguei à conclusão que não me vale de grande coisa tentar explicar. Há coisas que só quem corre é que entende.

Eu já não sei o que é ter umas unhas dos pés imaculadas, eu já não sei o que é uma segunda-feira sem ter as pernas doridas, eu já não sei o que é um fim de semana sem uma corrida (vá, agora sei porque estou lesionado e não corro desde a maratona do Porto, mas é só para não estragar o romantismo à coisa), eu já não sei o que é uma manhã de ronha na cama com a namorada!!

Quando uma pessoa começa a correr e se deixa morder pelo bichinho, rapidamente começa a delinear planos de treinos, planos de provas, objetivos concretos a nivel de distâncias e tempos. E como estes objetivos não se alcançam sem esforço e muita dedicação, quando chega a "hora H", damos tudo por tudo para o atingir. Às vezes, damos até mais do que aquilo que achamos que temos. Seja que distância for, queremos cruzar aquela meta, queremos saber que o nosso esforço valeu a pena, queremos sentir aquela sensação enorme de realização dentro de nós, que nos inunda de tal forma que, em alguns casos, não contemos as lágrimas.

Já corri todas as distâncias de estrada até aos miticos 42,195kms, e sempre que completei pela primeira vez uma distância nova, senti-me no topo do mundo. Confesso que foi na maratona de Lisboa que mais me emocionei, por todo o trabalho e sacrificio que fiz.

Agora, deixo-vos um video que já todos devem conhecer, que todos devem entender e que a todos vai arrepiar. Caso não sejam corredores, pode ser que o video vos responda a algumas perguntas.



03/11/2014

XI Maratona do Porto 2014 - Report by Mustache


Quem corre, seja que distância for, sabe que não há uma corrida igual.

E se isto já é assim numa corrida de 10kms, numa maratona, ainda é mais evidente.

Se a minha primeira maratona, a de Lisboa no dia 5 Outubro de 2014, me correu maravilhosamente, a do Porto, no passado dia 2 de Novembro, correu-me francamente mal. E se eu estivesse mais atento aos sinais que fui recebendo, poderia ter antecipado a desastre.

Começou logo em Lisboa, com o atraso do comboio. Estava previsto sair às 9:39, mas só depois das 10horas é que arrancámos. Como ia e regressava de comboio, comprei bilhetes em 1ª classe, para poder esticar as pernas à vontade no meu regresso. Ora, a carruagem tinha mais de 100 lugares, sendo que estavam cerca de 10 pessoas lá dentro, mas a verdade é que quando chego ao meu lugar, estava já um gajo lá sentado, mochila noutro banco e jornal a ocupar a mesa toda. Como boa pessoa que sou (estúpido, vá), disse-lhe que podia ficar e que eu e a minha namorada ficaríamos nos bancos de frente para ele. Tivesse o outro gajo dois dedos de testa, e teria saído dali e ido para o lugar dele, mas não. Não só continuou a ocupar espaço que não lhe pertencia, como usurpou por completo a mesa, esticava as pernas como se não estivessem ali outras pessoas e ainda punha os sapatos em cima dos bancos. Isto é ainda pior tendo em conta que o gajo pesava mais de 100kgs.

Chegados ao hotel, mando mensagem a um amigo a perguntar onde é que ele estava. Disse que a levantar o dorsal e que não davam a tshirt já, só depois de passar a meta, e que a que estavam a dar era uma de algodão. A minha reação não foi das melhores, pois não vinha a contar com tal situação e, por isso, não trouxe outra tshirt técnica. A verdade é que gosto de correr com a tshirt do evento, salvo raras exceções em que decido levar uma especifica para aquela prova. Assim, mal cheguei ao Porto e fiquei a saber que não tinha nenhuma tshirt para a prova. Rápida leitura no regulamento da prova e vejo lá que a tshirt oficial da prova seria entregue com os kits de levantamento e que os atletas deveriam correr com ela vestida. Assim, ia com intenção de pedir justificações à organização e exigir a minha tshirt. Antes do assunto estar resolvido, falei com, pelo menos, 4 pessoas. Fiquei a saber que eu fui o primeiro atleta a reclamar pela situação; que, de facto, o regulamento poderia indicar que ofereceriam a tshirt antes da prova; que se quisesse podia usar o livro de reclamações, mas que não o fiz, optando apenas por enviar um email à organização expondo o problema e sugerindo uma alteração no regulamento, indicando que a tshirt inicial é de algodão. Ao fim de muito tempo de conversa, e de um telefonema, lá me dizem que me vão oferecer uma tshirt técnica para eu não ter que gastar dinheiro a comprar outra. Deram-me a da Corrida da Família 16kms, que é bastante boa e que usei durante a prova sem qualquer tipo de problema.

Dia da corrida. Pequeno-almoço tomado, tudo preparado e à porta do hotel à espera dos que iam partir comigo. Deu para encontrar o grande João Campos e tirar uma foto às barbas, encontrar 3 Pernas de Gafanhotos e ver a alegria de grupos a tirar fotografias. Sabendo de antemão que não fazia menos de 3h45’, parti do bloco mais atrás de todos. 3metros atrás, estavam os atletas dos 16kms, com umas grandes a impedir que avançassem. Quando faltam 5 minutos para a corrida começar, vejo um mar de gente a passar por mim e a tentarem furar até lá mesmo à frente: eram os atletas dos 16kms. Não posso concordar com esta decisão da organização. Já se sabia que, ao tirarem as grades antes da partida, os atletas iriam querer uma melhor posição de partida, mas a verdade é que isto afetou as posições dos atletas da maratona. Não custava nada que só deixassem sair depois dos atletas da maratona terem passado a partida, permitindo que pudessem ter um inicio mais confortável. Assim, para além de ter que andar durante algum tempo, tive que ultrapassar quem não esperava ter de ultrapassar e, em alguns casos, ir quase parado porque eram muitas pessoas a quererem passar em estradas estreitas ou em obras. E foi assim até ao km 14, local onde atletas dos 16kms e da maratona seguiam caminhos diferentes.

A prova. Correu conforme esperado até ao km21, fazendo um tempo de 1h55’. Era o que queria. Ao contrário da de Lisboa, queria guardar-me mais na primeira parte e acelerar mais na segunda. Por volta do km18 vi o pace das 4horas e pensei que o seguiria até aos 35kms, onde depois o ultrapassaria. Mas a verdade é que a partir dos km23 comecei a ir abaixo, as pernas não davam para mais e a cada passo sentia-as mais pesadas. A juntar a isto, uma vontade de urinar, que já vinha desde o km19, ajudou ainda mais à festa, criando-me um enorme mau-estar. Por esta altura, já ia ao lado do rio, e era-me de todo impossível para num sítio para me aliviar. Pensei em aguentar até ao km 20, onde haveria casas de banho, mas ao passar por lá, nada, não havia. Olhando em volta, em desespero, vejo-as ao longe, ao km 25 e do outro lado do rio. Assim que lá cheguei, entrei e foi um alívio enorme. No entanto, os estragos estavam feitos, tanto a nível físico como a nível anímico. A partir daí arrastei-me o resto da prova. Ao km30 ia com menos de 3h e por momentos pensei que, se o organismo conseguisse dar a volta, que ainda conseguia ficar muito perto das 4h, quem sabe, abaixo. Mas o corpo não recuperou, a mente não ajudou e terminei a prova em 4h32’. Foram quase duas horas para fazer 12,195kms. Mas terminei a prova, lutei até ao fim e venci-a! Sofri a bom sofrer. Não me lembro de alguma vez me ter sujeitado a tanto sofrimento durante tanto tempo, sabendo que se estava a sofrer, bastava parar, desistir, entrar numa daquelas tendas com a cruz vermelha e pedir que me levassem até à meta. Mas não, mostrei a mim mesmo que a resiliência está em nós e que nos aparece quando mais precisamos dela. O que me fez terminar a prova, o que me levou do km30 ao km42,195 não foram as pernas nem a mente, foi o coração. Aquele sentimento que só quem corre uma maratona conhece. Cruzei a meta a correr, de braços no ar e lágrimas a correr. Felizmente demorei tempo suficiente para que a chuva caísse sobre nós com grande intensidade, disfarçando-as. Depois, recebi um beijo da minha namorada, um abraça de um amigo que se deslocou até lá para me ver, e dois hi-fives do João Campos. Fui buscar a medalha e as oferendas finais.

Após a corrida. Mais de uma hora a tentar encontrar a namorada, que não encontrei. Quando finalmente lhe consegui ligar (do telemóvel de um estranho, pois ela tinha guardado o meu depois da meta), já ela estava no hotel. Apanhei o autocarro para lá, cheguei já depois da hora do checkout, mas mesmo assim, deixaram-me subir para tomar um banho (Obrigado, HF Tuela Porto). Depois do banho, enfiar-me debaixo dos lençóis e cobertores, pois estava a entrar num estado de hipotermia em que já nem conseguia segurar o queixo e já não tinha cor. Descemos, fomos ao Capas Negras II comer uma francesinha, descansar nos sofás do centro comercial, apanhar um táxi para a estação dos comboios com um senhor que nos contou a história de como este ano ainda não lhe tinham oferecido castanhas, rezámos para que os nossos lugares estivessem desocupados e regressámos a Lisboa.

Só quando cheguei a casa é que abri o saco das oferendas, e não pude deixar de largar uma gargalhada enorme. Os sacos, oferecidos aleatoriamente de acordo com os tamanhos das tshirts, continham uma garrafa de Vinho do Porto, uma tshirt e os panfletos da praxe, mas o meu era diferente, e chamem-lhe o que quiserem, mas a verdade é que no meu saco estavam lá duas tshirts!

Veredito final. Foi uma prova cheia de altos e baixos; uma prova que me custou imenso mas que a terminei; apanhei umas das maiores molhas de sempre; não achei o percurso nada de especial, muito repetitivo, uma vez que passávamos sempre nos mesmos sítios; muito pouco público nas ruas a puxar pelos atletas; talvez seja uma prova a repetir, só para me poder vingar do tempo que fiz.

30/10/2014

1º Trail Fluviário de Mora - Report

No dia 26 de Outubro houve o 1º Trail Fluviário de Mora, sendo também uma estreia minha neste tipo de corridas.

Como nunca tinha participado numa, ia apenas com intenção de apreciar ao máximo, de me divertir e tentar fazer o melhor tempo possível tendo em conta isso mesmo. Fui com bastante tempo antes para conviver com alguns amigos meus que iam participar e outros que iam apenas ver. Foi bom ver bastantes caras de pessoas da terra, ali, prontas a participar. Mora não é uma localidade muito grande, e sendo esta a primeira prova a acontecer, conseguiu juntar quase 150 atletas, repartidos pelas duas provas principais: 15kms e 30kms. Houve ainda uma caminhada de 6kms, onde também foi possível ver uma agradável moldura humana.

Às 9:15 partiram os atletas dos 30kms (estavam inscritos cerca de 40, apenas duas mulheres) e passados 15minutos os atletas dos 15kms (estavam inscritos 101 atletas). Parti com calma, sabendo de antemão que não ia ganhar a prova. Fui falando com outros atletas, tirando umas fotos e até parando para falar com pessoas conhecidas que estavam a ver a prova. Como atleta de estrada que sou, reparei que nas zonas mais técnicas era ultrapassado, mas nas zonas de estrada, era eu que conseguia impor um ritmo mais rápido. No posto de abastecimento, localizado perto do km 10, parei para beber uma água e comer uma frutinha. Havia ainda tostas, doce, coca-cola, entre outras coisas. Não sentindo necessidade de os comer, não o fiz. No entanto, ainda ali estive uns 3minutos na conversa e a pousar para as fotografias. Depois desta zona de abastecimento, o percurso era bastante mais técnico, onde era preciso ter mais cuidado onde se punham os pés e com zonas de single track (onde tinhamos de ir atrás uns dos outros). A prova acabou por ter apenas 14kms, e fi-la em cerca de 1h25'. Como já disse, fui numa de brincar e aproveitar o que este tipo de prova tem para oferecer, por isso, sei que podia ter feito um melhor tempo.

Quanto à organização, não tendo outras de comparação, apenas posso dizer que acho que algumas zonas deviam ter alguém da organização, ou estarem muito bem sinalizadas, para que os atletas não se enganassem no caminho. De resto, acho que foi uma manhã muito bem passada e estão todos de parabéns.

Foi bom ver que quem ganhou a prova dos 15kms foi um atleta da casa (pese, no entanto, ser um atleta de estrada) e que na prova dos 30kms, mais um atleta da casa conseguiu o 2º lugar. Dos atletas dos 30kms, apenas 20 terminaram a prova.

Com tempo, postarei aqui algumas fotos da prova e também falarei sobre o bichinho (vá, o bichão) do trail que ficou dentro de mim. Para já, ficam apenas com este testemunho.

21/10/2014

Corrida do Aeroporto 2014 - report by Fiona, bluesboy e Mustache

Devemos sempre voltar aos locais em que fomos felizes... by Fiona

... e às corridas também! 


Em 2012, a Corrida do Aeroporto assinalou a minha primeira prova com a verdinha camisola dos Pernas de Gafanhoto e a minha estreia nesta corrida. Hoje, ao chegar ao local da prova com o bluesboy, não pude deixar de me recordar da alguma ansiedade que me acompanhava por vestir pela primeira vez a camisola de um grupo tão bem disposto. O percurso da prova de hoje foi algo diferente da prova que fiz em 2012 mas continuou a fazer os participantes passar pelas simpáticas subidas da Quinta das Conchas. Aliás, se há coisa de que os participantes da Corrida do Aeroporto não se podem mesmo queixar é da falta de subidas porque elas hoje estiveram bem presentes. 

Continuo longe de estar na minha melhor forma mas até conseguir conciliar os novos horários e todas as solicitações com os treinos, continuarei a ser uma alegre e bem disposta caracoleta em estrada. Porque nestas coisas de ser atleta de pelotão dá-nos uma outra perspectiva das coisas: ninguém gosta de ter fases menos boas em que o nosso rendimento é menor do que aquele a que estamos habituados mas o mais importante é conseguirmos desfrutar o máximo de todas as corridas em que participamos. E hoje consegui fazer isto. Aliás... Basta conseguir-se passar a meta com um sorriso para se ver que a corrida soube bem e é assim que se deve terminar sempre!


O resumo de hoje foi este! De salientar a simpática presença do Hugo Sousa, da HMS, presente nos últimos metros da prova a apoiar os participantes e a dar-lhes o último incentivo. Muito obrigada, Hugo, por toda a simpatia e pela excelente organização a que já nos tens vindo a habituar. Muitos parabéns à HMS!

Prova sempre simpática, desta vez com novo percurso - bluesboy

A Corrida do Aeroporto, prova em que participei pela terceira vez, sempre me deu gozo. Este ano não foi excepção e o novo percurso revelou-se uma boa surpresa. A parte final não ser muito próxima da saída da Quinta das Conchas permite um desanuviar do pelotão e uma chegada à meta mais agradável. 

Organização sempre simpática e prestável, desde o levantamento dos dorsais à saída da zona da meta, excelente temperatura para correr e boa companhia, são os destaques que guardo do passado Domingo.

Esta prova marca também a minha estreia em treinos que incluam levantamento do dorsal - na Sexta-feira

Em termos individuais, foi mais uma prova para rolar, na companhia da Fiona, tendo conseguido suplantar o tempo da Corrida do Sporting em termos de pior tempo nos 10k, o que em muito se deve à maior dificuldade do percurso e ao facto de ter que parar / abrandar para... erm... tirar fotografias (cof cof).
Um tempo verdadeiramente digno de um Concorde

Na próxima semana, na Corrida do Montepio, espero voltar aos registos habituais, talvez para fazer um tempo abaixo dos 50 minutos. Talvez...


Mais uma estreia! - Mustache

Como não há uma sem duas (excepto quando já somos velhinhos e já nos damos por felizes em conseguir uma), mais um domingo e mais uma prova com o novo trio maravilha! Pelo menos ao inicio e antes da partida, porque quando se dá o tiro da partida, tenho de acelerar para conseguir que o vento passe por entre a barba.

Pois que fui à Corrida do Aeroporto e foi uma estreia nesta prova. Mas verdade seja dita que o percurso já eu o conhecia de trás para a frente, ou não fosse o meu local normal de treino. Vivendo na Alta de Lisboa, aproveito a avenida nova, a pista de treino e o Parque das Conchas, para realizar os meus treinos. Assim, sabia que a prova ia ser complicada devido às constantes subidas que apresenta, sendo que algumas são mesmo bastante puxadas.

Ia com medo, é verdade. Medo que uma dor que me anda a 'atazanar' a cabeça, ali na zona da dobra do joelho, desde a corrida do Sporting, não me deixasse correr como queria. Sabia que recorde pessoal estava fora de questão, mas queria fazer um pouco melhor que a do Sporting. Corri de casa até à partida, a passo lento, e, a pouco e pouco, a dor foi diminuindo. Durante a prova não senti dores, só uma ligeira impressão, mas sempre que ando, a dor está lá. Se calhar, a partir de agora, só posso correr e nada de andar!

Bem, lá arranquei a passo mais rápido, deixando-os a verem-me a sola dos sapatos e, ao longo do percurso, cruzei-me com ambos, o que me deu aquele alento extra para aguentar o ritmo. Arranjei uma lebre, mantive-me atrás dela e, já no km final, ao passar por um desconhecido, perguntei-lhe se me queria acompanhar até ao fim e lá fomos os dois a alta velocidade, cruzando a meta em 48'48"! Está longe do meu melhor, mas também não quero apertar muito, que a Maratona do Porto está já ai e no próximo domingo vou ter mais uma estreia, desta vez em trail.

Se é uma prova a repetir: decididamente que sim!


19/10/2014

Corrida do Sporting - crónica a seis pés

O dilúvio leonino visto pelo bluesboy

Foram mais de três meses sem provas, por um bom motivo. Três meses em que os alguns treinos de corrida têm vindo a ser substituídos por treino específico de levantamentos de recém-nascido, agachamentos para lhe mudar a fralda e dar banho e exercícios de força no transporte de banheira generosamente cheia da casa de banho ao quarto e vice-versa. Três meses em que, por inerência dos trabalhos hercúleos acima descritos, finalmente, introduzi fortalecimento do core nos treinos. Não corri foi tanto, mas isso é um pormenor (ou não...).

A Corrida do Sporting, já na quarta edição, decorreu pois faz hoje uma semana, sob condições climatéricas desafiantes: chuva e vento lateral. Nada disso inibiu cerca de 5.000 leões, simpatizantes e atletas de outras preferências clubísticas de marcar presença. Nem mesmo o presidente do clube faltou, estando na partida a cumprimentar efusivamente os atletas. Um exemplo a seguir!

Acompanhei a Fiona e o Mustache na prova, até ao quilómetro 2, altura em que, não obstante o nosso mais recente escriba ter feito uma Maratona na semana passada, imprimiu um ritmo a rondar os 4:50min/km e lá o perdemos de vista, só o voltando a encontrar no final.

A prova correu-se sem sobressaltos, ao ritmo da Fiona, tendo acabado com 01:09:00, o que constitui o meu pior tempo nos 10k, numa marca muito semelhante ao meu record dos 15km.

70 metros roubados no túnel de acesso ao Estádio

Uma melhoria face ao ano passado: a peça de fruta dada no final não é encarnada.

À excepção do ano passado, este ano voltámos a poder entrar no Estádio José de Alvalade e comprovar, mais uma vez, que se trata do mais belo recinto desportivo do Mundo.



A corrida do Sporting vista pelo Mustache

Se há prova que eu faço questão de correr, é a do Sporting. Em 4 edições, fui a 4, o que me dá o título de totalista. Confesso que quando acordei e fui espreitar à janela e vi o vento e a chuva, e pensei na minha namorada deitada na cama, a vontade que tive foi de dizer que estava com dores da maratona do fim de semana passado e ir-me enroscar com ela. Mas Sporting é Sporting, e se ela ia continuar na cama à minha espera, a corrida não ia esperar por mim. Por isso, equipei-me a rigor com a tshirt da prova do ano passado, casaco da chuva e lá arranquei para a corrida.
Tinha combinado ir ter com o Sr. Bluesboy e acompanhá-lo na corrida, e acabei por iniciar a prova com ele e com a Menina Fiona. Como todos tinhamos pulseiras diferentes, decidimos arrancar no final do cordão humano que, mesmo num dia de chuva, não faltou à chamada do rugido do Leão.

A prova começou a um ritmo lento, ainda para mais porque o percurso estreitava em vários locais dificultando a passagem dos atletas. Seguimos os 3 estrada fora até ao km 2, local onde me despedi deles e imprimi um ritmo mais intenso. Sentia-me totalmente recuperado da maratona e depois de um gajo ter feito 42kms, 10 kms não parece quase nada. Arranquei e fui no limite dos pulmões, não fazendo ideia a que ritmo ia. Aos 2kms iamos com 13', acabei a prova aos 50', demorando 37' para fazer 8kms. A verdade é que desde que arranquei não fui ultrapassado por ninguém e isso fez-me sentir bem.

A recuperação da maratona estava concluida e a prova do Sporting também. Para o próximo ano, lá estarei de novo.


O dia em que senti em que me estava a deslocar para a Arca de Nóe

Meus amigos... Mas que dilúvio foi aquele que se abateu sobre Lisboa no fim-de-semana passado? Chuva, chuva e mais chuva... E com direito à cereja no topo do bolo que foi o vento que parecia atacar de todos os lados... A juntar ao sobe e desce dos túneis do Campo Grande, pode dizer-se que a Corrida do Sporting deste ano foi dura, durinha!

Ainda que não pelas mesmas razões que o bluesboy, os últimos tempos têm sido de maior afastamento das corridas e dos treinos. Isto de estudar e de trabalhar ao mesmo tempo acaba por se reflectir em menos tempo livre para aqueles passatempos que adoramos. E a corrida tem vindo a ressentir-se do menor tempo livre que tenho tido nos últimos meses. As prioridades assim tiveram de ser definidas mas é por uma boa causa!

Conforme já dito pelo bluesboy, a corrida foi feita em conjunto com ele e a um passo de caracol muito afastado dos ritmos habitualmente quenianos que caracterizam este rapaz. Eu bem lhe disse para seguir (pois bem vi os seus olhinhos brilhantes quando o Mustache disse que ia seguir...) mas ele adora contrariar-me e decidiu continuar ao ritmo do caracol com os ténis mais fashion de Lisboa e arredores. 

Olha o pé fashion em pleno estádio!!

Esta edição da Corrida de Sporting foi aquela em que fiz maior tempo de prova mas, nesta fase de ritmo de trabalho mais alucinante, mais não posso pedir. Acima de tudo, o que conta é o convívio e poder estar presente numa corrida do meu clube. Venha a próxima!!

29/09/2014

A caminho da primeira Maratona - última semana de preparação

Pois é, a maratona está mesmo aí à porta. Falta menos de uma semana e os nervos começam a ser mais que muitos. Não há noite que não vá para a cama e que não pense nela antes de adormecer, e sinto sempre um nervosinho no peito. As dúvidas se conseguirei ou não, se vai tudo correr bem, interligam-se com os pensamentos positivos em que chego à meta todo sorridente e de braços no ar.

No domingo fiz o meu último treino longo. 20,20kms em 1h45m, o que deu um ritmo médio de 5'13". Ao fim dos 20kms não me sentia cansado nem com dores, o que me leva a crer que este poderá ser o ritmo que vou utilizar durante a prova. Se assim o conseguir, farei cerca de 3h50m, que é um belissimo tempo para uma estreia.

Durante esta semana vou fazer 2 ou 3 treinos mais curtos, mas com o ritmo que quero usar durante a prova, e em terreno plano. Tenho de apostar em fazer sempre um bom aquecimento antes de começar a correr, porque se não o fizer, arrisco-me a lesionar-me e morrer na areia da praia. Um ou outro treino em que não aqueci tão bem, senti dores nos gémeos da perna direita, que passava ao fim de algum tempo de corrida, mas que volta não volta sentia de novo e tinha mesmo de parar para alongar um pouco, e no final do treino as dores persistiam. É como se o músculo estivesse preso e não quisesse alongar. Outra coisa que sinto durante os treinos, são pequenas dores nas canelas (ambas as pernas) ao fim de 1,5km-2kms, que acabam por passar se acelerar o ritmo. 

De qualquer forma, agora é abastecer de hidratos, evitar gorduras desnecessárias, cortar com as bebidas alcoolicas, beber ainda mais água que o habitual e ir comprar os géis para me alimentar durante a prova. Já vi os abastecimentos que vamos ter durante a prova e estamos bem servidos de hidratação, portanto é coisa com que não me vou preocupar em levar. Será que alguém me sugere algum gel bom (e saboroso) para levar na prova? E cintos, alguém sugere um bom cinto para poder guardá-los?

Por fim, se alguém participou na maratona do ano passado, sabem-me dizer qual a melhor forma de ir ter à Baia de Cascais no domingo? Eles fornecem transporte ou tenho que apanhar o comboio/levar carro?

Aaah!! E já tenho número de dorsal! Todos os olhos postos no 2720!


PS: Como uma loucura nunca vem só, a inscrição para a Maratona do Porto, dia 2 de Novembro, já está efetuada. Entre as duas Maratonas ainda tenho a Corrida do Sporting, a Corrida do Aeroporto e a Corrida Montepio.