Lembram-se daquele famoso filme que tinha qualquer coisa a ver com o que fizeram no Verão passado? Pois bem, eu e o bluesboy queremos contar-vos aquilo que fizemos no fim-de-semana passado...
Bem... Nós e mais 9999 pessoas na cidade de Lisboa! Já estão mesmo a ver sobre aquilo que vamos escrever: a nossa participação da edição deste ano da El Corte Inglés São Silvestre de Lisboa!
(Nós os dois e mais 9999 pessoas sim... Porque a Jéssica Augusto esteve presente em modo duplo... Vai ser mamã! Muitos parabéns!!)
A subida da Avenida da Liberdade pela Fiona
Dezembro é talvez aquele mês em que me dá maior prazer correr. Eu sou uma pessoa que gosta de Inverno (não de chuva, São Pedro, escusas de começar a ter já ideias!). O frio não aparece como entrave para mim ao nível da corrida e costuma ser nesta altura do ano que consigo ter os melhores resultados. E o mês de Dezembro é sinónimo de participação na tradicional São Silvestre de Lisboa (Amadora... Tu que és talvez uma das mais tradicionais... Quem sabe para o ano?) em que se alia a corrida na Baixa Lisboeta às típicas iluminações de Natal que abundam nesta fase do ano.
Como devem ter reparado, nos últimos tempos tenho andado afastada das lides blogosféricas e quase totalmente afastada das lides da corrida, ainda que contra a minha vontade. Este final de ano tem sido uma aventura de trabalho e o cansaço tem-me levado a melhor mas espero que o ano de 2015 seja mais calmo a este nível e que me possa voltar a dedicar à corrida de que tanto gosto da forma que mais me dá prazer.
No passado sábado foi altura de rumar aos Restauradores para mais 10km feitos num final de tarde frio de Dezembro. As expectativas eram algumas para esta prova. Habitualmente, a HMS não desilude daquilo que esperamos das provas por eles organizadas e a deste ano não foi excepção. A meu ver, talvez tenha sido uma das provas mais bem organizadas em que participei e que vem provar que a HMS tem, cada vez mais, se afirmado como organizadora de provas de excelência e em que são os primeiros a admitir que as coisas possam ter corrido menos bem quando isso acontece. Acho que a partida por blocos de tempo foi uma ideia bem conseguida e que ajudou a fazer a transição da Rua do Ouro para a Rua do Arsenal de uma forma um pouco menos atribulada do que em edições anteriores. Apesar disso, as quedas de corredores (possivelmente menos experientes nestas andanças) voltou a verificar-se a provar que correr na cidade de Lisboa e, principalmente, na parte mais antiga, deve ser feito com o maior cuidado e sempre com o olhar bem atento. Outro momento bem simpático que destaco foi o hino cantado pela Cuca Roseta antes da partida. Deixo aqui também a ressalva para o ponto positivo de assinalamento de cada km com um balão luminoso, permitindo-nos fazer um acompanhamento da distância de uma forma muito mais visível. Muito bem conseguido, do meu ponto de vista! Abastecimentos com fartura e uma medalha muito bonita a deste ano!
Medalha da São Silvestre em modo blink blink
Quanto à minha prova, devo dizer que passei a meta com um sentimento de "dever cumprido" e bastante orgulhosa. Posso em muito agradecer ao meu pacer, bluesboy, que me ajudou a manter o ritmo durante toda a distância e a não fazer asneiras, levada pelo entusiasmo inerente a uma corrida destas. A falta de treino e os doces natalícios ingeridos nesta quadra quase nada se fizeram sentir e consegui baixar mais de 6 minutos em relação à última prova de 10km em que participei: na Corrida do Aeroporto em Outubro havia feito um tempo de 1h09'24'' e o tempo de chip na São Silvestre 2014 foi de 1h03'05'' (o tempo no último km foi de 4'46''... abençoada descida!!).
Venha agora 2015 com muitos e bons quilómetros em que a primeira prova será o Fim da Europa!
No passado Sábado corri a última prova do ano, na já tradicional romaria à Baixa lisboeta, para fazer os 10 quilómetros da São Silvestre de Lisboa. Dados os excessos alimentícios que a quadra natalícia obrigam e à falta de treinos, fiz a prova a rebocar a Fiona , até ao quilómetro 9.
O principal destaque desta edição vai inteiramente para a soberba capacidade organizativa demonstrada pela HMS Sports. Em sete anos de corridas, foi, sem sombra de dúvidas, a melhor prova em que participei, se centrar o foco de análise apenas nos aspectos logísticos e de organização do evento.
São aspectos como estes que caracterizam uma organização desportiva de excelência e que deveriam nortear os de ais organizadores de provas de atletismo neste país:
- Levantamento expedito do dorsal
- Casas de banho em número mais do que suficiente na partida
- Partidas por vagas, tornando um evento com 10.000 participantes muito mais fluido
- Marcadores quilométricos bem visíveis (balões luminosos - excelente ideia)
- Voluntários genuinamente entusiasmados em participar e ajudar na prova
- Kit de chegada adequado, com o extra da manta de plástico, um miminho raro em provas portuguesas (e não me venham com a treta do clima temperado, dado que somos o país na Europa onde se morre mais de frio)
- Buff de polar dado no levantamento do dorsal. Um extra simples, eficaz e muito útil para os treinos de Inverno
Quanto à minha prova, como referi, os primeiros nova quilómetros foram em regime de marca passo da Fiona, o quilómetro 10 foi feito em 04:13, o que em muito se deve aos últimos quilómetros “ravina abaixo” que têm pautado os meus (poucos) treinos ultimamente.