Corre mais rápido!

Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...

29/09/2013

Outono

É quase no fim do mês de Setembro que posso afirmar com certezas que já recuperei do pós férias, em termos de treinos. Esta última semana consistiu em três treinos curtos, puxando, aqui e ali, pela velocidade. Consegui voltar a sentir aquela leveza na passada, o que em muito ajuda a diminuição das temperaturas e a subida da humidade atmosférica.

O Outono e a primeira metade do Inverno são, para mim, as melhores alturas para treinar. Gosto de treinar ao fim da tarde, já escuro, com chuva miudinha ou mesmo mais forte, sozinho, tentando brincar com a velocidade, quando o cansaço do trabalho não o impede e acabar sempre confortável. Só no Outono e Inverno é que consigo isto em pleno e agrada-me que este tempo esteja agora a começar.

O treino de ontem (Sexta-feira) trouxe alguns lampejos do que acabei de referir atrás.

A alongar
Embora confortável, acabei o treino com 180bpm/min, o que para mim equivale a acabar em esforço. Surpreendentemente, a máquina cardíaca parece estar a atingir a boa forma.

De 180 bpm para 120 bpm em menos de dois minutos.

Ah, já me falta baixar 81 pulsações por minuto para chegar Às 29 em repouso do Carlos Sá.
Como amanhã planeio fazer cerca de 15km, em ritmo confortável, peguei hoje na bicicleta para fazer um reconhecimento dos terrenos que vou amanhã pisar. Um percurso que envolveu a Quinta das Conchas e o EUL. No total, foram 10,65km, o que, tendo em mente os 15km, é uma quetsão de "inventar" mais cinco quilómetros, distribuídos pelas Conchas e pelo percurso total do EUL e consigo, sem problemas, fazer um percurso que não implique repetições no trajecto.


Quinta das Conchas - deserta pelas 19:00

Foi bom verificar que o bebedouro das Conchas ao pé da entrada da Alameda das Linhas de Torres
já está operacional

Quinta das Conchas

Ora vamos lá ao EUL...

No EUL, em frente ao Estádio de Honra.

Bebedouro de calhau é que é. Não há cá essas modernices de avarias...

Estádio de Honra, EUL
Amanhã conto fazer o treino de 15km a uma passada de 05:10 e adoptar esse ritmo na Meia-maratona, no próximo Domingo. Esta é uma prova que, pelo menos a mim, me causa grande desgaste, pelo tempo de espera, na ponte. Fruto disso, a minha melhor marca na prova é de apenas 01:52:24. Assim, o objectivo vai ser o de dar uma "marretada" nesse tempo e baixar para 1h50min ou um pouco menos.

Boa semana a todos e aproveitem os treinos outonais :)

25/09/2013

MEO Urban Trail - o dia em que ganhei ao eléctrico 28 ao sprint - Parte 2

Tal como na prova que dá o nome a este post, também em matéria de escrita o bluesboy se antecipou no relato da participação no MEO Urban Trail, que se realizou em Lisboa no passado sábado à noite.

Não tenho muito mais a acrescentar ao que foi escrito no post anterior, ainda que tenha que juntar uma ressalva importante no que toca aos pontos negativos apontados e no que aos abastecimentos diz respeito. Realmente e tendo em conta a grande dificuldade desta prova, não se compreende que tenha havido um único abastecimento durante todo o percurso da prova. Quando comparada esta prova, por exemplo, com a Corrida do Tejo que é bem mais plana, verifica-se que esta última possui dois abastecimentos que me parece, na minha modesta opinião, ser aquilo que deveria ter ocorrido também no Urban Trail. De certeza que estes dois posts que aqui lêem não devem ter sido os dois únicos a mencionar este aspecto pelo que penso que a organização deverá ter em atenção estes comentários para memória futura. E agora uma palavra de "carinho" muito especial dedicada aos voluntários que prestavam apoio à chegada... Lembrem-se que as garrafas de água que possuem nas vossas mãos para distribuir pelos corredores não são vossas nem pagas com o vosso dinheiro pelo que não devem, de todo, considerar-se donos delas ou fazer racionamento como se estivéssemos em estado de guerra. Lembrem-se também do esforço realizado pelos corredores durante toda a prova, e em particular nesta de tão grande dificuldade, pelo que não devem nunca e em momento algum negar uma garrafa de água a quem vos solicita após ter feito a Lisboa das sete colinas... Atenção que isto não se aplica a todos os voluntários porque nem todos têm este tipo de postura mas há quem a tenha e custa ouvir um não quando se quer matar a sede. Fica aqui a ressalva!

Quanto ao desenvolvimento da prova... Devo dizer que, apesar da dificuldade que senti, adorei participar nesta prova. Pelo ambiente existente entre os participantes, pela fantástica companhia do bluesboy e pelos locais muito giros pelos quais se tem oportunidade de passar. Esta foi uma das provas em que mais me ri, fruto da companhia bem humorada e dos muitos lisboetas que nos apoiavam e gritavam palavras de apoio. 

Fica a vontade de participar numa próxima edição do evento pois penso que o ambiente animado e a diferença da prova vale a pena e se sobrepõe aos pontos negativos.

Tal como no caso do bluesboy, a minha próxima prova é a Meia Maratona, que será a minha terceira prova nesta distância.

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

22/09/2013

MEO Urban Trail - o dia em que ganhei ao eléctrico 28 ao sprint


Começo este relato com duas notas de descontentamento em relação à edição deste ano do MEO Urban Trail. Se no ano passado, sendo ano de estreia da prova, muitas das falhas possam ser desculpadas, este ano não só as mesmas se verificaram como outras lacunas se vieram juntar.
O último grito da moda - projectar luz em paredes à noite.

Distância
A prova foi anunciada como sendo de 12km. Devido a um evento de fado pelos bairros típicos de Lisboa, na partida, o speaker anunciou que a prova teria 10km. Na realidade foram 9,16... Já no ano passado em vez de 10km, foram 9km, por, na altura, haver dificuldade da PSP em condicionar o trânsito. Sugiro que, para o ano, anunciem a prova como sendo de 15km. Pode ser que assim algo entre 10km e 12km seja possível. Por 15€ de inscrição é logisticamente possível fazer provas acima dos 10 km, como atestam muitas meias-maratonas organizadas pelo país fora.

Abastecimentos
Se a madalena do ano passado no Castelo de S. Jorge me embuchou até ficar às portas de uma desidratação de níveis badwaterianos, este ano nem sólidos houve. Apenas um abastecimento de água, numa noite quente de Verão, já perto dos 6 km. Esta prova, pelo seu desgaste, pedia abastecimentos de três em três quilómetros. Faço novamente notar que se tratam de 15 € de inscrição.

Kit de chegada
Apenas uma água após chegada parece-me manifestamente pouco. Uma maçã, banana ou uma barra de cereais era o suficiente. Note-se que esta prova, para a esmagadora maioria dos atletas, implicou esforço continuado e intenso durante pelo menos uma hora. Água apenas, não chega para repôr as energias.

Abordados os aspectos negativos e não obstante o registo dos mesmos este ano, para a próxima edição conto participar novamente. Nada bate o ambiente vivido nesta prova. O apoio do público empolga, o trajecto desafiante anima, as escadinhas, ruelas, vielas e pessoas suplantam toda e qualquer expectativa que se tenha em correr nos bairros típicos de Lisboa. Para um lisboeta que não gosta de muita da Lisboa com a qual convive todo o ano, durante o tempo da prova, tudo parece diferente e a roçar o mágico. Mas, aqui e ali, há espaço para olhar com visão crítica para a degradação e deficiente higiene urbana em espaços que se querem pólos de atracção turística e onde habita muita da nossa população mais idosa.

Regressa-se ao Terreiro do Paço com a sensação que se esteve noutro mundo, numa Lilliput à beira Tejo, com aromas que vão desde as iscas ao lixo, do caramelo à sardinha.

Ena tanta gente... cheira-me a sardinhas... tu queres ver que o abastecimento é sardinha com mini?
Fujam que eles andem ai, aos pares de três...
Em termos de corrida propriamente dita, acompanhei a minha colega de blog nesta incursão e em boa hora o fizemos juntos. Esta é uma prova / evento para se fazer com calma, trocando impressões humoradas e observações perspicazes sobre o ambiente e pessoas. O momento Obikwelu da noite vai para o nosso fantástico duelo com o 28, algures na Graça, duelo que ambos ganhámos ao sprint, não obstante a cavalagem e experiência do eléctrico carregado de turistas.

A próxima prova será a Meia-maratona da ponte Vasco da Gama. O próximo fim-de-semana será reservado para um mini-longão de 15 a 17 km para preparar o corpo e a mente para a meia-maratona, atendendo a que não há provas, por poderem colidir com as eleições autárquicas. Aos 39 anos de vida democrática, não deixa de ser sintomático que ainda necessitamos que desliguem todos os brinquedos e distracções para que não caiamos na tentação de nos socorrermos de um qualquer bode respiratório*  que nos iniba de exercer o mais básico dos direitos cívicos.

* - bode expiatório, mas não resisti ao trocadalho**

** - é trocadilho***

*** - não tomes as gotas não...





20/09/2013

MEO Urban Trail - conselhos de um quase estreante neste tipo de eventos

O MEO Urban Trail, adiante designado pela sigla MUTRALHO - MEO Urban Trail Realizado Algures em Lisboa pela Hora do Ocaso, é já amanhã.

Imbuído no voluntarismo e partilha de conhecimentos que impera neste blog, socorrer-me-ei da minha experiência do MUTRALHO do ano transacto para, em breves linhas e num português menos rebuscado que àquele que neste momento estou a utilizar, transmitir alguns conselhos e cautelas úteis para amanhã:

  1. O MUTRALHO deste ano é mais difícil que o do ano passado. São mais três quilómetros e mais subidas. Venham com a mente precavida;
  2. O MUTRALHO passa por bairros antigos de Lisboa que se caracterizam por terem estendais para anões.É por isso imperioso ter redobrada atenção para não baterem com a cabeça num desses estendais;
  3. O MUTRALHO, tal como o nome indica, é um trail. Sapatos de trail, com boa aderência são recomendados;
  4. O MUTRALHO corre-se também com as mãos. São elas que nos ampararão numa possível mas indesejável queda ou que puxarão um colega de equipa mais dedicado à calanzice nas subidas;
  5. O MUTRALHO situa-se algo entre uma corrida urbana e um trail no bulício campestre. Por ser um híbrido, não proporciona tempos supersónicos nem paisagens de beleza contemplativa. Mas é, não obstante, uma experiência inesquecível.

Bom MUTRALHO a quem for. :)

19/09/2013

Ponto de situação quilometragem dos sapatos

Quilometragem 2013 - agrupado por "téni"

Estamos em Setembro e talvez por isso, senti-me impelido a fazer um balanço da quilometragem dos meus sapatos de corrida  - vulgo "téni".

O meu plano maquiavélico para levar a estratégia consumista dos fabricantes de "téni" à falência consiste em intercalar vários pares de "téni". Assim, preservam-se as propriedades elásticas dos ditos e para gente com memória de peixe de aquário, parece que se está a usar um "téni" novo todos os dias.

Distribuindo o mal pelas aldeias, estou a estimar que os Mizuno Wave durarão pelo menos, mais uns bons 9 meses e os ASICS 1170 são bem capazes de aguentar as provas da época de 2013/2014 toda. Com a participação em algumas provas de tralho trail, conto também poupar os "téni" de estrada nas provas e dar um maior uso aos Asics Gel Enduro 8, a começar já no MEO Urban Tralho Trail, este Sábado.

Nota: a cruzinha ali à frente dos Reebok, indicam que os mesmos se retiraram de competição. Foram os meus sapatos de prova durante quase dois anos.

18/09/2013

Mais um treino só de meninas!!

3ª feira foi dia de participar em mais um treino Just Girls promovido pelo Correr na Cidade (onde podem ver mais fotos do treino). Mais um treino que não desiludiu em nada, antes pelo contrário! Havia a possibilidade de fazer uma de duas distâncias: os 5km ou os 10km. Eu, por motivos de vida de formiga trabalhadora, tive de optar por fazer a distância de 5km e gostei bastante. O treino desta distância foi dado pela simpática Sofia do blog Healthy Inspiration que brindou as participantes com muita boa disposição e uma sessão de aquecimento e de alongamentos pós-treino à maneira!

O treino teve início junto à estação da CP de Algés e foi feito até próximo do Padrão do Descobrimentos onde foi feito o retorno até ao ponto de partida.


Depois da Corrida do Tejo, este foi mesmo um treino apenas para rolar mas onde fui capaz de bater o meu melhor tempo para esta distância, que agora faço em 30'05''. Muito bom! 

Não posso deixar de agradecer ao Filipe do blog Correr na Cidade por estas iniciativas e por estes treinos bem organizados e que nos proporcionam fazer aquilo de que gostamos que é correr!

Foto do blog Correr na Cidade

Obrigada e venha o próximo!

A corrida do meu coração!

No ido ano de 2008 e após a minha estreia numa prova de corrida (mais concretamente, a 1ª corrida do Destak na distância de 3 km), comecei a achar que esta coisa de participar em corridas até seria uma coisa gira. Ainda que pudesse não estar a pensar em grandes tempos (porque nesta altura o objectivo era apenas e tão somente conseguir acabar...), fiquei rendida ao entusiasmo de quem participava e à animação de quem assistia à passagem dos corredores. E foi neste ano que, pela primeira vez, ouvi falar na Corrida do Tejo. Provavelmente, e como já foi escrito aqui pelo bluesboy, esta será a corrida mais popular da zona de Lisboa e arredores. Prova disso têm sido as 10.000 inscrições esgotadas rapidamente nos últimos anos, obrigando a organização a aumentar o número de dorsais disponíveis de forma sistemática. 

A bela da medalha

Desde 2008, participei em todas as edições com excepção da edição de 2010 em que, graças a um festival de luz e cor no meu joelho direito, tive de fazer uma artroscopia para correcção de um desvio na rótula, rotura do menisco externo e retirar um quisto a uma semana, mais coisa menos coisa, da realização da prova. 

Esta foi a minha primeira prova de 10 km. Esta foi a minha primeira prova em que participei com os meus pais (sim... ainda que não corram por lá fizeram a sua caminhada de 10 km com tempos bastante bons para quem não corre!). Esta foi uma das minhas primeiras provas como Pernas de Gafanhoto. Esta foi uma das provas em que tenho vindo a melhorar o tempo em cada edição. É por todos estes motivos e mais algum que digo que está será sempre a corrida do meu coração! A corrida em que farei sempre questão de participar a menos que surja algum imprevisto de maior.

E este domingo foi altura de participar em mais uma edição... A primeira em que participo sem a organização da Nike. Ainda que algumas pessoas tenham feito alguns reparos quanto à organização, não tenho opiniões negativas por aí além. Sinceramente, e falando concretamente da camisola que foi oferecida, até acho que a camisola deste ano é melhor que a camisola da Nike do ano passado. Este ano houve direito a medalha (bem gira, por sinal!) ao contrário do ano passado em que apenas houve direito a um íman para o frigorífico (que bastantes reparos negativos por parte dos participantes teve!). Não houve direito a transporte gratuito na CP mas em ano de crise, quem será que estava à espera que houvesse direito? Houve um voucher que ajudou garantidamente! Por isso, devo dizer que estou contente com esta nova organização. O meu único reparo, mas isto é válido para esta e para outras corridas em que já participei, penso que seria importante a organização ter em atenção o facto de, nos postos de abastecimento, os voluntários (escuteiros, no caso da Corrida do Tejo) terem ainda as garrafas de água dentro das embalagens aquando da passagem dos corredores. Bem sei que o volume de pessoas é muito grande e que pode não ser fácil de gerir este ponto com tantas pessoas a passarem mas poderia ser uma boa sugestão retirar as garrafas das embalagens de forma mais atempada de maneira a evitar atropelos desnecessários no momento de satisfazer a sede.

E agora, aqui ficam os resultados da minha corrida deste ano ( e a respectiva comparação com a edição do ano passado):

Tempo de chip 2013: 1h01'52''
Lugar na geral 2013: 5204º
Lugar na classificação feminina 2013: 754º

Tempo de chip 2012: 1h04'37''
Lugar na geral 2012: 6604º

Agora digam lá que não tenho motivos mais do que suficientes para sorrir em relação à edição deste ano?

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

17/09/2013

Trail Nocturno das Lebres do Sado

Já à algum tempo que andava com vontade de experimentar um trail, e o sábado passado foi finalmente o grande dia!
Claro que a minha primeira experiência no trail não podia ser numa prova qualquer... porque não, correr o meu primeiro trail à noite e na Serra da Arrábida??? Nada melhor que o Trail Nocturno das Lebres do Sado, que faz esta junção mágica...

Quem me falou nesta prova foi o Filipe (meu primo e colega nos Pernas de Gafanhoto) e obviamente que eu não podia recusar... poucos dias depois, o João Pedro (que já tinha feito a Meia Maratona de Setúbal comigo), perguntou-me se havia alguma prova antes da Meia Maratona Rock'n'Roll para servir de treino... e claro que o convidei logo, até porque ele mora mesmo ali ao lado. Por sua vez o João Pedro, falou com um amigo, o João Pinto (que também correu connosco na MM de Setúbal) e assim tínhamos completado o nosso grupo desta noite.

Encontrá-mo-nos por volta das 20h em Palmela e daí partimos logo para o ponto de partida da prova.

Mal chegamos, notei logo que isto seria uma prova totalmente diferente do que estou habituado... senti um ambiente muito mais informal e familiar. Levantá-mos os dorsais e recebemos logo o nosso prémio de participação.


Voltamos para o carro e lá nos equipámos a preceito com os frontais e restante equipamento...
Pouco tempo depois, os membros da organização (As Lebres do Sado) começaram a chamar os atletas para uma pequena apresentação. E mais uma vez, o bom ambiente reinava!!



Após a apresentação, fomos então encaminhados para o controlo, que não demorou muito tempo.
Deu-se então o tiro de partida, e lá fomos nós por uma estrada fora iluminada por tochas.

Poucos metros á frente, começou então a verdadeira aventura, e as novidades para mim... conheci o meu primeiro single track!! E lá seguimos todos em fila, com o pelotão a marcar um bom ritmo... que naquela altura até me pareceu um pouco de mais para mim, dadas as condições (o terreno, noite...).

Este foi o único momento em que nos mantivemos os 4 juntos, após sairmos do single track tivemos a primeira baixa... deixei de ver o Filipe.
Lá continuamos os 3 por entre caminhos mal iluminados pelos nossos frontais.


Por volta dos 1300 metros, mais uma baixa, já não via o João Pedro...  entramos então num troço de alcatrão, que serviu para esticar um pouco a passada.

Segui com o João Pinto, até por volta do km 3, onde o percurso começava a subir (ainda em alcatrão), e ai o João ganhou um ritmo que eu não conseguir acompanhar e lá fiquei sozinho... 

Segui assim cerca de 1 km, volta e meia lá passava um atleta mais apressado... ou ultrapassava eu alguém mais lento...

Por volta do km 4, voltamos à terra batida com uma ligeira descida, e foi ai que comecei a ouvir alguém atrás de mim... era o João Pedro, estava de volta!!

Tal como disse... era apenas uma ligeira descida, o pior vinha a seguir.... uma ENORME subida... "Boa!! É disso que eu quero!" pensei eu para mim...
E realmente gostei, tal como gosto sempre, de fazer a subida, e como já não ia sozinho e ia na conversa, nem se deu tanto pela inclinação.

Mas... como tudo o que sobe desce... tínhamos que descer tudo o que já tínhamos subido e mais um pouquinho...

O terreno era instável e com muita gravilha... ouve muitas derrapagens e ainda fui conhecer o chão uma vez, mas nada de grave. 
Sensivelmente a meio da descido, por volta do km 6, encontrava-se o abastecimento, com agua e bolachas para recuperar-mos energia.




Após restabelecidas as energias... voltamos então ao percurso, e este voltava novamente aos single tracks. Como nos encontrávamos ainda a descer... muito provavelmente estes trilhos devem ser por onde a agua corre quando chove, o que faz com que o trilho esteja constantemente cheio de buracos enormes em que se tornava muito complicado manter um bom ritmo.

Concluímos então esta enorme descida, perto do Bairro de São Paulo (penso que é este o nome). Ai o terreno voltou a ser um misto de terra batida e alcatrão. Foi assim durante uns 2 km. 

Voltamos então aos trilhos... entretanto eu e o João Pedro, tínhamos ganho a companhia de um Sr. já com alguma experiência no trail (o de laranja na foto em cima). E como ele tinha um frontal bem melhor que o meu, fomos os dois alternando, ora ia eu à frente, ora ia ele nas partes mais escuras...

Eu pensava sinceramente que o "pior" da prova já tinha passado, com aquela subida enorme... mas não!! O pior encontrava-se bem á nossa frente!! Bastava olhar para cima e víamos o carreirinho de luzes serra acima!! Acho que nesse momento engoli em seco... e tive que dar um golo no powerade que tinha comigo.

Começou então a nossa escalada, primeiro apenas com uma inclinação ligeira que se aguentou bem... até que, num momento em que eu ia à frente, deixei de ver caminho... o unica coisa que havia ali, era um buraco enorme para baixo no meio da mata... perguntei ao pessoal que vinha atrás se não tinham visto outras indicações do caminho atrás... e nada... mas não podia ser por ali!!! Ou podia? Claro que sim!!! E que sensação fantástica, a de nos aventurarmos em sítios assim, ainda para mais a meio da noite!!

Mas claro que esta descida no buraco era apenas uma ilusão... apenas algo para complicar ainda mais a escalada que nos espera!!

Para sairmos dali, só havia um caminho e era impossível correr, tínhamos praticamente que escalar!! Chegámos então a mais um beco... não havia passagem, apenas um muro enorme que encurtava o caminho até não se puder passar mais, "será que foi desta que nos perdemos??" Não... tínhamos que trepar o muro! Como ia à frente, fui o primeiro do nosso grupo a trepar, e lá encontrei novamente as fitas do outro lado do muro...

O percurso não melhorou muito, a escalada continuou por alguns metros...

Por volta dos 9700 metros havia uma bifurcação, e antes de chegarmos lá, vimos um grupo de atletas que iam à nossa frente a voltar para trás, e a seguir pelo trilho da direita... pensámos que estivessem perdidos, e a verdade é que ao chegarmos lá, não encontramos fitas nenhumas, arriscamos então a seguir atrás dos outros. E lá estavam as fitas, seguimos cerca de 400 metros até encontrar-mos alcatrão novamente e uma seta á esquerda. 
Poucos metros á frente, estavam membros da organização e avisam-nos que nós tínhamos vindo pelo caminho errado, boa... mas o que é cerco é que estavam lá as sinalizações todas... estava feito, agora só podíamos seguir em frente!

A partir daqui o percurso eram cerca de 3 km a descer em alcatrão apenas com algumas subidas ligeiras, mas nada de grave... mas depois daquela subida infernal já não tinha pernas... comecei a sentir cãibras... pensei várias vezes em parar, mas cada vez que abrandava as dores eram maiores! Fui assim até ao fim da descida, momento em que entramos no percurso inicial da prova, voltamos aos trilhos... neste momento éramos só eu, o João Pedro e o outro senhor que nos acompanhou desde o abastecimento. 

Por incrível que pareça, as dores, como que por magia, desapareceram! Senti-me com força novamente, mas havia um novo problema.... quando tínhamos passado ali anteriormente, o grupo ainda ia unido, e havia bastante iluminação, mas agora mesmo com o frontal do senhor que nos acompanhava, tornava-se bastante difícil de ver o piso! Sinceramente depois de tudo o que já tínhamos passado, eu já mal me lembrava daquele troço do percurso, e ainda por cima em sentido contrário, pareceu-me bastante mais complicado do que na primeira vez... o piso parecia-me ainda mais instável, e voltaram as derrapagens... o João Pedro aos poucos foi começando a ficar para trás, mas tentei manter sempre contacto visual com ele para nenhum de nós nos perdermos... de volta ao single track, eu sabia que estava quase e era impossível alguém perder-se! Senti-me com força e comecei a acelerar... a meta estava a vista, atrás de mim vinha o tal senhor, acelerai mais um pouco, e fui o primeiro dos 3 a cortar a meta!! Olho para trás, e não vejo o João Pedro... "ora bolas... perdeu-se!" Pensei eu... até que do meio da mata, lá vejo uma luz, e lá vem ele!! Terminá-mos!!!





O João pinto já se encontrava-se junto a uma mesa com agua, melancia e uvas... e que bom que tudo estava! Devorei uns bons pedaços de melancia... bebi uns 4 copos de agua... e agora sim, podíamos ir fazer os alongamentos. Lá partilhamos as nossas aventuras, enquanto esperávamos pelo Filipe, mas começou a levantar-se um vento, e começou a ficar desconfortável... mas a roupa seca estava no carro do Filipe!! Fomos então para dentro de um pavilhão da organização, onde havia caldo verde, bifanas, cerveja, e tudo mais... mais um vez, tudo me parecia maravilhoso, foi um manjar dos deuses após aquela prova!

O tempo passou e comecei a ficar preocupado com o Filipe, como ficou sozinho logo no inicio, não fazia ideia do que se podia ter passado, mandei-lhe uma sms a dizer onde estávamos. Poucos minutos depois, lá entrou ele pelo pavilhão dentro a sorrir! Estava tudo bem! Horas antes, ele tinha dito que queria aproveitar o tempo de prova permitido bem, 2h30, e não é que o fez? Terminou com 2h29!! Lá se juntou a nós a comer, e o senhor que nos acompanhou desde o abastecimento também, partilhou alguma da sua sabedoria com trail runner o que é sempre bom, para nós novatos nestas andanças...

Esta prova entrou directamente para o primeiro lugar do meu top!! Adorei tudo, desde a organização, ao percurso, como todos os atletas que em algum momento correram comigo...
E para melhorar ainda mais, esta prova tinha uma vertente solidária, em que parte do valor da inscrição revertia para a "Causa Solidária Mário Piteira", para angariação de fundos para aquisição de uma cadeira de competição de desporto adaptado.

Sem duvida, esta vai ser uma prova a repetir... e posso garantir-vos que o bichinho do trail ficou cá dentro... e pode ser que dentro de pouco tempo repita a experiência... :-)


A única coisa que tenho a apontar, foi a má sinalização em algumas partes do percurso, mas que felizmente, não nos fizeram perder assim muito. 


15/09/2013

A Corrida do Tejo

Imagem retirada da página de Facebook da Corrida do Tejo
A Corrida do Tejo é a corrida da moda.

A Corrida do Tejo é bem capaz de ser o evento bi-etápico com maior participação popular. Participa-se primeiro na Corrida do Tejo e depois numa das 543 São Silvestres, em Dezembro.

A Corrida do Tejo  está cheia de gente gira, bem equipada com os seus Gel Kayano e Gel Catano. Dá gosto ver, tudo a esmerar-se na vestimenta. Esmero só comparável aos dos nossos  avós, para irem missa aos Domingos, nos antigamentes.

A Corrida do Tejo foi a primeira prova que fiz, em 2007.

A Corrida do Tejo é a única prova na qual participei todos os anos desde 2007.

A Corrida do Tejo dá sempre t-shirts boas.

A Corrida do Tejo este ano não teve o patrocínio da Nike nem o senhor Isaltino a premiar os vencedores.

A Corrida do Tejo este ano teve a melhor banda que já lá vi actuar. Um grupo de bombeiros, exímios percursores que me marcaram o ritmo dos dois últimos quilómetros, numa cadência para lá de perfeita e que por isso arrancou aplausos de todo o pelotão.

A Corrida do Tejo este ano viu-me a fazer de lebre e a acabar com o tempo de 51:03.

A Corrida do Tejo é isto e muito mais e para o ano conto estar lá outra vez.




14/09/2013

Esta cidade que eu amo... do lado de lá!

Nesta última semana, por entre muito, muito trabalho, não houve grande tempo para fazer treinos de corrida (houve direito a ida ao ginásio para o necessário reforço muscular mas o ganho de quilómetros não foi grande coisa...). Tenho a assinalar este belo treino à beira Tejo, feito na margem sul, em que tive oportunidade de tirar umas fotos para documentar mais uns quilómetros que se fazem pela manhã...

O percurso do treino foi este.


Resumo do treino:
Distância - 7,89 km
Tempo - 50'55''
Ritmo médio - 6:32 min/km


A bela ponte 25 de Abril vista da zona de Cacilhas.


Lisboa... A cidade que me viu nascer... A cidade que me viu crescer... A cidade que eu amo!


12/09/2013

Se eu podia bater o meu PB na Corrida do Tejo? Podia, mas não era a mesma coisa...

Desde Segunda-feira que ando a considerar a hipótese de adiar a tentativa de bater o meu record dos 10km na Corrida do Tejo.

Porquê?
  1. Porque os primeiros três quilómetros são muito desgastantes se feitos a um ritmo elevado, dado o elevado número de pessoas a ultrapassar;
  2. Porque estou neste momento a carregar 3Kg a mais do que devia;
  3. Porque estes 3Kga mais  e o atraso inicial acarretariam um ritmo insano na segunda metade da prova;
  4. Porque a logística da manhã da prova é considerável;
  5. Porque estamos no início de época;
  6. Porque há mais provas de 10km nas quais vou participar, já ao virar da esquina;
 Pegando no tempo feito no ano passado (48:47 - 1min15s abaixo do meu PB), os primeiros 5km foram feitos em 24:55 e os últimos em  23:52. A melhoria de tempo, implicaria um esforço considerável sobretudo nos primeiros 5km, onde o desempenho depende sobretudo de se conseguir furar, ou não, a multidão.

Parciais Corrida do Tejo 2012 - a amarelo os quilómetros da vergonha

Como ponto a favor do ataque ao PB, tenho apenas um quilómetro ultra-rápido feito ontem, a descer:
Parciais treino de ontem - a amarelo o quilómetro TGV

Pesando os prós e os contras do ataque ao PB dos 10km, vou-me decidir por o adiar. Domingo vai ser dia de desfrutar a prova, talvez tentando acompanhar algum colega de equipa que precise de uma lebre e contabilizar sete participações na Corrida do Tejo.

08/09/2013

Corrida Jumbo - ou como passados 20 anos fiz o circuito do Estoril sem ser no GP2

Até hoje, o meu conhecimento do circuito do Estoril, resumia-se a isto

Estávamos em 1993, este escriba habitava num universo paralelo chamado Ensino Secundário e dado que nos encontrávamos no auge dos roubos de igreja flagrantes ao Sporting, a minha atenção desportiva estava quase exclusivamente canalizada na Formula 1. Mas o meu fado, no que toca a apoiar grandes desportistas que nunca ganham nada, mantinha-se, na medida em que para mim, o piloto a apoiar era o Jean Alesi, que, teve apenas uma vitória em 201 provas em que participou. Mas era um piloto com garra...


...passados 20 anos, esta manhã, pisei pela primeira vez o mítico circuito do Estoril. Embora com algumas alterações face ao traçado inicial, a matriz deste circuito mantém-se e é dos mais agradáveis de se fazer, na perspectiva do condutor, não obstante já não integrar o campeonato de Fórmula 1. Fazer o circuito a pé, a correr é também uma surpresa. É que aquilo tem subidas, algo que, num carro, daqueles com mais cavalos dos que os que foram usados para fazer o Braveheart, nem se nota. Mas elas estão lá.

Nota simpática para a organização, que teve a excelente ideia de fazer as duas voltas que compuseram a corrida em sentidos opostos. Tem-se uma perspectiva do circuito nos dois sentidos e ainda nos cruzamos com os corredores mais atrasados, o que é sempre uma excelente ocasião para os incitar / provocar / fazer pirraça.

No final, a organização distribuiu medalha e um saco com fruta suficiente para a semana toda. :D

Em termos de tempos, acabei por fazer melhor do que estava à espera (fiz 48:53), muito por culpa do meu colega de equipa Paulo que veio sempre a puxar. Para início de época fiquei surpreendido com o ritmo a que fomos, o que augura grandes marcas para a equipa este ano!

Próximo Domingo: Corrida do Tejo, possivelmente para tentar bater o record, se me desenvencilhar do trânsito inicial.



Pole position day!


Não... Este maravilhoso título não é, de todo, sinónimo de um primeiro lugar mas achei que este post deveria ter um título com cheiro automobilístico. E porquê? Porque hoje foi o dia de fazer a abertura da época com a participação na Corrida Jumbo, realizada hoje no autódromo do Estoril. 


A medalha da prova


Os meus pés a pisar o alcatrão do autódromo

Esta corrida teve diversos formatos: Corrida Rik e Rok (para os mais pequenos, nos escalões bambis, benjamins A e benjamins B), caminhada de 5 km e corrida de 10 km. Fiz a minha participação na versão de 10 km juntamente com os colegas de equipa dos Pernas de Gafanhoto e com a simpática Run Baby Run (que teve os seus filhotes a participar na Corrida Rik e Rok a provar que é de pequeno que se começa). 

Passando à envolvência e logística da prova... Devo dizer que gostei bastante do ambiente que pude encontrar antes e depois da prova. Locais para estacionar disponíveis, bastantes actividades para a criançada, algumas demonstrações de produtos junto ao espaço da partida e muita gente bem disposta para a participação na primeira edição desta corrida, que teve uma vertente solidária dado ser organizada pela Fundação Pão de Açúcar-Auchan. Abastecimentos aos cerca de 4 km e 7 km com direito a águas e Powerade (no último abastecimento a dar uma energia extra para os quilómetros finais). Muitos voluntários presentes e muita segurança bem como posto de primeiros-socorros disponível nas imediações da partida. Mais uma boa organização da HMS Sports que pauta os seus eventos pelo profissionalismo e boa organização. Apenas uma ressalva quanto à organização: em edições futuras penso que será de equacionar uma partida separada entre a caminhada de 5 km e a prova de 10 km. Havia algumas pessoas que iam participar na caminhada que se posicionaram junto à linha de partida obrigando os corredores da prova de 10 km a algumas travagens e muito zig zag no início. 

Quanto ao pódio da prova, a corrida foi vencida pelo Hugo Correia, do Sporting Clube de Portugal (oba, oba, oba!!!), que fez os 10 km em 31'00''. O segundo lugar ficou a pertencer ao Nelson Cruz, do Clube Pedro Pessoa - Escola de Atletismo com um tempo de 31'25'', e o terceiro lugar foi para o Bruno Fraga, do GFD Running com o tempo de 32'11'' (todos tempos de chip). A primeira mulher a cortar a linha de chegada foi a Maria Garcia (Associação de Moradores de Atibá, com 41'35''), a segunda foi a Maria Pinto (Associação de Moradores de Atibá, com 42'00'') e a terceira, a Mafalda Hipólito com o tempo de 42'09''.

Quanto à minha participação... O início da época começou bem... Muito bem mesmo! Com um tempo abaixo da hora (ainda que por muito pouco), fiz a prova com um tempo de chip de 59'54'', tendo ficado em 24º lugar do escalão. Acho que não está mesmo nada, nada mau tendo em conta que os treinos mais a sério apenas começar há coisa de duas semanas, como podem ter lido no meu anterior post. Fiquei satisfeita!

Agora é começar já a pensar na próxima prova, que é já no próximo fim-de-semana com a minha participação na Corrida do Tejo. 

E vocês? O que fizeram este fim-de-semana?


Bons treinos e boas corridas!

Fiona

07/09/2013

Meu querido mês de Agosto!!

Ou de como nunca tinha treinado tanto no Verão...

Olhando para o conjunto dos meus treinos do mês de Agosto, constato que este ano foi a primeira vez que corri tanto. Depois de uma paragem forçada após a última prova da época (a Lisbon Eco Marathon na distância de 19 km), no passado mês foi tempo de regressar lentamente aos treinos e começar a preparar-me para as provas deste mês de Setembro e tendo já no horizonte a meia maratona a realizar no dia 6 de Outubro. 

Então, em jeito de resumo, aqui fica o resultado da silly season...

Total de treinos: 12 treinos
Total de quilómetros: 98,90 km
Tempo total: 12h31'48''

Olhando para as médias semanais, foi muito variável o que fui treinando mas notando-se um aumento progressivo ao longo do mês. A ver:

Semana 1
Puro dolce fare niente

Semana 2
Total de treinos: 2
Total de quilómetros: 12,56 km
Tempo total: 1h36'30''
Maior distância: 8,17 km em 1h02'36''

Semana 3
Total de treinos: 1
Total de quilómetros: 4,14 km
Tempo total: 26'01'

Semana 4
Total de treinos: 5
Total de quilómetros: 33,88 km
Tempo total: 4h10'41''
Maior distância: 10 km em 1h18'54'' (trilhos no Jamor)

Semana 5
Total de treinos: 4
Total de quilómetros: 48,33 km
Tempo total: 6h18'36''
Maior distância: 16,67 km em 2h34'04'' (trilhos no Jamor)

Hoje é dia de estágio para a primeira prova da época que se irá realizar amanhã no autódromo do Estoril, a Corrida Jumbo. E vocês? Como foi este mês de Agosto? E quando regressam às provas?

Boas corridas e bons treinos!

Fiona

06/09/2013

App Vodafone Runner - Inscrições gratuitas para a Maratona, Meia e Mini

Como já vem sendo habitual, a aplicação Vodafone Runner (android e ios) volta a disponibilizar inscrições gratuitas para a Meia e Mini Maratona de Lisboa, e este ano como vão ser 3 provas e não duas, a inscrição para a nova Maratona de Lisboa encontra-se também disponível gratuitamente...


 Por isso quem estiver com duvidas sobre se vai participar em alguma desta provas, não esperem mais, e aproveitem estas inscrições gratuitas, pois são limitadas!! :-)



Mostra-me o teu lado lunar...

Ontem foi dia de mais uma estreia em eventos de corrida. Desta feita, com a participação no Treino Lunar realizado na Costa da Caparica, com partida e chegada próximo da lota da Costa da Caparica.

O treino teve vários pontos positivos: antes de mais, o convívio. Participei neste treino juntamente com a Run Baby Run (do blog com o mesmo nome) e tive a oportunidade ainda de conhecer o simpático casal que está por detrás do blog Correr (a dois) é vício!, a Carla e o Pedro. Os minutos antes de se dar início ao treino foram pautados por muitas e boas gargalhadas, conversas com alguns dos corredores e muitas questões sobre outras provas e objectivos de cada um (por lá se falou das maratonas de Sevilha, provas em Badajoz, UTMB, Trail da Serra de Arga, apenas para referir alguns). 

Falando concretamente da parte da corrida...


A dinâmica deste treino funciona da seguinte forma: não existem diferentes grupos e diferentes ritmos, guias para cada grupo, nada disso. O que se pretende é realizar um treino de uma hora, em que cada participante gere o seu ritmo e o seu esforço à sua maneira. O que é dito a todos os participantes é que o treino é feito na zona da praia, correm-se 30 minutos em direcção à Fonte da Telha e, quando se faz esse tempo, faz-se o retorno para o ponto de encontro. Aconselho que levem um frontal (apesar de haver por lá muitos corredores que não tinham) pois, numa noite de Lua Nova como a de ontem, pode fazer falta alguma luz para não haver surpresas nem quedas indesejáveis.

Devo dizer-vos que gostei bastante. O percurso foi sempre feito na zona de praia, com direito a saltar pocinhas (ou piscinas?), pés molhados, areia solta e não tão solta e ter a visão de um conjunto de pirilampos a correr junto ao mar. Algumas pessoas estavam a correr de pés descalços mas a grande maioria estava com os seus ténis. O ritmo do treino andou sempre em torno dos 7 min/km, fruto do piso e do cuidado devido à pouca luminosidade. A totalidade do treino foi feito lado a lado com a Run Baby Run com direito a muita palheta até por volta dos 5 km. Depois disso, o silêncio abateu-se sobre nós... Não porque tivéssemos ficado chateadas uma com a outra, antes pelo contrário, mas mais devido à parede com que nos deparámos quando fizemos o retorno. E perguntam vocês... Parede? Numa praia? What? Ah pois... É que o vento que sentíamos no ponto de encontro e que, por artes mágicas, desapareceu na primeira parte do treino, abateu-se sobre nós no retorno (pois... vento pelas costas não custa tanto...) e o regresso foi feito a combater este simpático ventinho de norte que habitualmente se faz sentir na Costa da Caparica. Curiosamente e apesar desta luta, ela não foi inglória pois a segunda parte do treino ainda se fez mais rapidamente que a primeira. Outra constatação do treino é que eu e a Run Baby Run funcionamos muito bem em equipa (sim... a corrida pode não ser um desporto solitário...). Prova disso foi uma das ultrapassagens que fizemos em que não foi preciso abrir a boca para que uma entendesse o que a outra queria fazer.

No final do treino, há quem fique para uma fase de petiscada mas nós, por ser o dia de estreia, não ficámos. Mas fica a promessa de, numa próxima oportunidade, nos fazermos acompanhar por geleiras e nos juntarmos à parte da paparoca!

Resumo do treino:
Distância - 8,29 km
Tempo - 58'07''
Ritmo médio - 7:06 min/km

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

02/09/2013

Adeus Agosto... até pró ano!!

Lá se foi o meu querido mês de Agosto... Depois de tantos contra-tempos, com lesões e exames da faculdade... (e muita alguma preguiça), Agosto foi o meu mês de regresso aos treinos... ainda que poucos e curtinhos, finalmente consegui correr sem dores!

A primeira quinzena do mês, foi passada em terras Alentejanas, mais precisamente na Mina de São Domingos. Esta aldeia, além de ter óptimos percursos para trail, tem 2 barragens óptimas para dar umas braçadas e ajudar os músculos a relaxar um pouco da corrida!! Praticamente todos os treinos que fiz durante estes dias, foram feitos na companhia do meu pai (em bicicleta)... o que é sempre óptimo, uma vez que em tempos, ele também já foi corredor!!






As ultimas semanas do mês de Agosto, foram passadas em terras Transmontanas, numa vila perto de Mogadouro, Vila de Ala! O que é equivalente a dizer, treino em altitude (hmmm?)!!!


Peço desculpa a má qualidade dos vídeos... mas o meu smartphone, já não está lá muito smart...


Resumindo... o mês de Agosto foi o mês de regresso aos treinos... pelo meio de trilhos e caminhos de cabra... enfrentando vários animais selvagens (vacas, ovelhas, galinhas, cães, gatos, contam como selvagens, certo???)! Foi um mês para redescobrir o gosto pela corrida, após tanto tempo parado...

No meio disto tudo, só senti falta de um calmebak, que muito jeito tinha feito nestes treinos... vai ser sem duvida nenhuma a minha próxima aquisição, até porque a minha primeira corrida desta nova época vai ser no Trail Nocturno das Lebres do Sado, ou seja... a minha estreia nos trilhos!! :-) Alguém presente nesta prova???

Boas corridas!! :-)

Início da época 2013/2014

Comecei ontem a época desportiva de 2013/2014 com um treino queima-calorias de 11.45km.

Agosto foi um mês pautado pelo descanso, com uma carga de treinos mínima, apenas tentando evitar ficar fora de forma.

Foi também o mês da minha primeira lesão, já perfeitamente recuperada.

Resumo Agosto/2013

O início desta época, em termos de provas começa já no próximo Domingo com a Corrida Jumbo, no Autódromo Fernanda Pires da Silva, no Estoril. Segue-se a Corrida do Tejo a 15/09, o MEO Urban Trail a 21/09 e a meia Maratona da POnte Vasco da Gama a 06/10.

Embora esteja claramente longe da forma física do início do ano, tenho a remota esperança de bater o record dos 10km na Corrida do Tejo. O meu PB na distância está em 47:32 e nesta prova em 48:43. No ano passado fiz 48:50, mas já ia com mês e meio de treino intenso, com uma meia maratona pelo meio. Tudo aponta para que não o consiga fazer, mas, adicionando alguns treinos de intervalos nesta semana e na próxima, a ver vamos se a velocidade melhora...

Bom regresso aos treinos a todos!