Corre mais rápido!

Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...

30/07/2013

Resumo de época by José Luís

Com o fim da época desportiva de 2012/2013, tal como os meus colegas de blog, cá segue o meu resumo:

Provas

Se até aqui a minha contabilização de provas era feita por ano, vou, a partir de agora, fazer o agrupamento por época desportiva (de 01/09 a 31/08). Faz mais sentido em termos de ritmo do corpo e do típico periodo de descanso de Agosto.

Nº de provas por época
A evolução do número de provas é significativa, o que em muito ajudou um planeamento de treinos mais inteligente nesta época que agora termina.

Em vez de acumular quilómetros e apostar em treinos longos e lentos ao fim de semana como até aqui fazia, aumentei a frequência dos treinos, apostei em treinos de intervalos e em descanso activo e os resultados foram excelentes. Ao contrário de 2010/2011 e de 2011/2012, não houve um único mês em que pudesse dizer que estava cansado ou uma prova que me tenha corrido mal por fadiga.

A grande lição a tirar desta época é memso a importância de treinar inteligentemente, respeitar as pausas, variar nas distâncias e ritmos e respeitar as flutuações de maior ou menos cansaço resultante do trabalho.



Evolução provas de 10km

Evolução provas 15km

Evolução provas meia-maratona


O destaque vai também para as cinco(!) meias maratonas que fiz esta época. Setúbal e  Almada foram estreias no meu calendário e creio que, em conjunção com as três provas de 15km, serão provas obrigatórias para a próxima época.

Tempos

2012/2013 foi também época de recordes nos 15km (01:09:44 - Corrida 1º de Maio) e meia maratona (01:43:36 - Meia Maratona de Lisboa). Fica a faltar a melhoria nos 10km, cuja marca (0:47:32) anda sobrevive desde 2009, da Corrida dos 511 Anos SCML

Pessoas

Foi também época de crescimento dos Pernas de Gafanhoto, com excelentes entradas, como as da Fiona e do Pedro. Foi a época em que conheci mais atletas do magnífico pelotão nacional, muito por culpa do convite do Pedro para  escrever no Corre Mais Rápido! A descoberta de excelentes blogs pessoais ou de equipa e a partilha de informações  / dúvidas com a restante comunidade blogger corredora foi, sem dúvida um dos pontos altos, em termos pessoais, desta época desportiva que agora termina.

Boas férias a todos!

29/07/2013

Comunicado (deveras importante... Ou não!)

Serve o presente post para informar a comunidade de leitores deste blog que senhora dona Fiona ainda não foi de férias. E neste momento estão todos a dizer...

"Ah, sim... E que contribui isso para a queda da pele da batata na China?"
"E o que eu tenho a ver com isso? Isso não me ajuda a ter um bronzeado fantástico..."
"Ok... Faz o que quiseres... Eu vou só ali beber uma margarita ao bar do resort..."

(e outros comentários que tais...)


Mas o facto de ainda não ter entrado de férias é importante pois amanhã estarei a fazer a minha participação no treino Just for Girls organizado pelo Correr na Cidade. Depois faço post a contar os pormenores. E as meninas leitoras? Alguma vai participar?

PS - Pedro e Zé Luís... Temos pena... Esta é um treino onde menino não entra ;)

22/07/2013

Fim de época, lesões e o regresso aos treinos...

Estou de volta (mais uma vez... ou pelo menos assim o espero)!!
Após umas semanas algo atribuladas, por entre lesões, exames da faculdade, e pouco tempo disponível... penso que posso anunciar oficialmente o meu regresso, tanto ao blog, como aos treinos!!!

Tal como a Fiona, esta foi época de estreia em diversas provas, desde correr com o Tejo sempre a meu lado, na Corrida do Tejo, a enfrentar os desafios do Bes em Cascais, Sintra e Lisboa, correr dentro de fábricas na Corrida Volkswagen, sentir o cheiro a Choco frito na Meia Maratona de Setubal... e o prazer de ajudar em causas solidárias, apesar de lesionado na altura, na Corrida do Colégio de São Tomas...
Esta foi também a época em que consegui baixar dos 50 minutos aos 10 km, na Corrida do Santo António, inserida no Bes Run Challeng3.
Mas nem tudo correu como esperado e da melhor forma, 2013 começou logo com uma desilusão por não ter podido participar no Grande Prémio Fim da Europa. Apesar de 3 Meias maratonas, ainda não foi desta que consegui baixar das 2 horas... E as lesões que teimam em não me largar!!

Com isto, existem 3 coisas em que me quero focar na próxima época
  • Insistir nos treinos de reforço muscular de forma a evitar lesões futuras
  • Melhorar a planificação dos meus treinos e provas em que pretendo participar...
  • Não pensar tanto nos recordes pessoais, e tirar mais prazer de cada corrida...
Foi uma época em que fiz muitas amizades e aprendi muito... mas agora é tempo de preparar a próxima, que ao que parece vai ser bem preenchida! :-)

Boas corridas!!

Ps: Já o fiz pessoalmente na altura, mas faltava aqui no blog... queria agradecer ao bluesboy, pois sem ele sempre a puxar por mim na Corrida do Santo António, não teria conseguido baixar dos 50 minutos aos 10km!! Foi preciso muita paciência! Obrigado!! :-)


18/07/2013

Resumo de época by Fiona

Já ando há vários dias para escrever um pouco sobre o que foi esta época que, para mim, agora termina. Fazendo a retrospectiva, esta foi uma época muito boa a todos os níveis e a época de todas as estreias. 

Foi a época da primeira prova como Pernas de Gafanhoto.
Foi a época da estreia na distância da Meia Maratona (na Meia Maratona de Almada).
Foi a época da estreia em diversas provas e que passaram a ter um lugar especial no meu coração (Corrida do Aeroporto, GP Fim da Europa ou São Silvestre, apenas para dizer algumas).
Foi a época de estreia em trilhos (Lisbon Eco Marathon em Julho).
Foi a época de fazer 10 km abaixo dos 60 minutos (Corrida Volkswagen).
Foi a época de estreia a escrever sobre as minhas corridas e sobre esta minha paixão por aqui.
Foi a época de fazer novos amigos corredores.

É uma época que termina com um saldo muito positivo e espero ansiosamente pela próxima. Espero que seja mais uma época de muitas e boas surpresas e que me permita evoluir ainda mais.Objectivos? Ainda não tenho grandes objectivos em mente mas quando chegar a Setembro de certeza que começarei a delinear muitos e bons!

17/07/2013

Parabéns Carlos Sá!

 Ontem o grande Carlos Sá venceu, na sua primeira participação, a Badwater ultra-marathon, a mais difícil e exigente prova de atletismo do mundo. 217km, que culminaram num final dramático, no qual o atleta de Barcelos conseguiu ainda ganhar vantagem em relação ao segundo classificado. Terminou a prova num tempo assombroso de 24:38:16. Mais de um dia em prova, sob temperaturas a rondar os 50ºC.

Para quem corre, imaginar essa distância (cinco maratonas), as condições da prova e o facto do atleta ter vencido na estreia, é ainda mais difícil de compreender. É um feito enorme. Comparável a um campeonato do mundo de futebol (mas com um sacrifício incomensuravelmente superior) ou uma volta à França (mas bastante mais quente, muito mais).

Esta conquista é mais um notável feito no palmarés do ultra-maratonista mais completo a nível mundial.Será mesmo o feito mais notável.

Pessoalmente, retiro muito em termos de aprendizagem de um feito como este. A transposição para a nossa vida do dia-a-dia é um exercício muito frutífero. Não foram os factores externos que ditaram o sucesso do Carlos Sá, mas os seus recursos internos. O treino, a disciplina, a capacidade de sacrifício, o optimismo e o maximizar das suas capacidades fisiológicas. A génese do sucesso está em nós e não nas maiores ou menores adversidades com as quais nos cruzamos.




"Nós portugueses vivemos num clima quase depressivo. Temos de ter objectivos muito fortes no nosso dia-a-dia. É esta mensagem que quero deixar aos portugueses, que acreditem, que lutem, porque sem trabalho, sem sacrifício, nunca vamos conseguir mudar este país" (Carlos Sá, vencedor da Badwater ultra-marathon de 2013).
 
 

16/07/2013

Review Skechers GO bionic

Aproveitando uma promoção da Sportsdirect, encomendei há umas semanas os Skechers GO bionic (29,99£). O princípio subjacente a estes sapatos minimalistas é semelhante ao dos Vibram Five Fingers, que já experimentei em tempos e comungam de um conjunto de características:


  • Sola extremamente fina;
  • Declive calcanhar - ponta do pé = 0mm;
  • Leves;

Onde os Skechers GO bionic ganham em toda a linha?
  • Preço;
  • Inexistência de ranhuras individuais para os dedos dos pés*;
  • Alguma propulsão na sola;

Posto isto, passemos à apreciação propriamente dita.

 Para testar os GO bionic, fz ontem um treino de 6km, inicialmente em velocidade bastante moderada e, à medida que fui perceendo melhor os sapatos, aumentando progressivamente. até chegar a uns estonteantes 05:03/km no último quilómetro.

No início do treino, senti apenas ligeiras dores na base da perna esquerda, mas de resto, nada significativo. O que se nota, em termos biomecânicos, é uma tendência para aterrar com o meio do pé, o que, no meu caso, não requereu grande esforço de adaptação, pois trata-se da minha passada natural. Apenas senti que precisei de dois quilómetros para perceber que tinha que dar mais impulso ao pé. Mesmo assim, comparando com os Five Fingers, estes GO Bionic têm alguma propulsão e amortecimento, embora mínimo.

Outra das grandes vantagens  deste modelo é não ter ranhuras para os dedos dos pés, como os Vibram Five Fiingers. A consequência disto, para quem queira correr com meias, é ter que comprar meias com dedinhos... o que não é muito fácil de encontrar, mas existe, embora não seja uma opção económica.

Esta compartimentação digital, é pouco simpática para gente que, como eu, nasceu a fazer figas com um dos dedo dos pés. Permanentemente.

Em primeira mão, apresento-vos o meu pé esquerdo.
De notar o 4º dedo. Enfiar isto num Vibram Five Fingers implicou fazer algo semelhante a uma espargata digital.
Não foi fácil. Ainda hoje estou traumatizado e arrepiam-se-me as virilhas dos pés só de pensar nisso.
Como se já não vos tivesse indicado razões uficientes para optar por este sapato minimalista em detrimento de uns Five ingers, cá seguem duas fotos para ilustrar que passam por sapatos normais e não despertam olhares de pasmo e medo em locais públicos.




Em suma, recomendo vivamente estes sapatos a quem se queira aventurar no calçado minimalista.Não é um tipo de sapato para qualquer pessoa e sobretudo para o corredor mais alto / pesado é até contraproducente, na medida em que fica a faltar muito do apoio e amortecimento necessário. Mas o preço e a ausência de ranhuras para os dedos pequenos torna este modelo extremamente apelativo.

10/07/2013

Carlos Sá já está em Badwater

O grande ultra-maratonista Carlos Sá já está em Badwater para participar na mítica ultra-maratona com 217 Kms.


Podemos acompanhar os relatos do antes, durante e depois da prova no site do Carlos Sá.

O Corre Mais Rápido! deseja as maiores felicidades nesta epopeia a este grande atleta e envia em baixo a nossa contribuição para amenizar as elevadíssimas temperaturas (50ºC - 60ºC ao nível do alcatrão) que se sentiram durante a prova.



09/07/2013

Secret Run, Atreve-te!

A Secret Run está a chegar a Portugal...


Mas o que é a Secret run??? A informação até ao momento é pouca, mas pelo que consegui apurar, consiste num treino/corrida á noite, com inicio num local sempre diferente, e com um percurso secreto, que apenas é revelado antes do inicio aos 3 guias escolhidos aleatoriamente.

Parece-me um conceito bastante interessante e que promete muita aventura e diversão... se puder, sem duvida que vou marcar presença!! Quem está comigo?

Podem saber mais informações no facebook ou em Secret Run.

Fui passear o frontal a Monsanto (parte 2)

Depois das fantásticas parte 1 e parte 3 já terem conhecido a luz da blogosfera, é chegada a minha vez de partilhar convosco a experiência do que foi participar na Lisbon Eco Marathon, na distância de 19 km, realizada no passado sábado.

O meu final de época culminou com a estreia num trail (após uma prova de orientação no dia anterior) pelos trilhos de Monsanto. Fiz esta estreia com o Zé Luís, meu colega de equipa, e com a sempre bem disposta Anabela (cujo blog podem conhecer aqui). E não poderia ter escolhido melhores companheiros para esta aventura... A boa disposição esteve presente desde as primeiras passadas e, fruto disso, conseguimos chegar ao final de um prova bem durinha com o mesmo sorriso com que tínhamos começado. Aquela que se esperava ser uma prova de 19 km tornou-se numa de 22 km feita em 03:38:09. Conforme o Zé Luís já escreveu no relato dele, ao olhar para o mapa dado pelo Garmin ainda não consegui perceber onde nos desviámos do nosso percurso original e começámos a fazer o da maratona. O que é certo é que conseguimos ter a calma de espírito (e o belo mapa que o Zé Luís imprimiu e levou no bolso) suficiente para conseguir contornar a dificuldade de nos termos perdido e de conseguir regressar ao nosso percurso, mesmo quando em nosso redor não se via vivalma. Realmente e dado que não fomos os únicos a estar perdidos nesta prova, aqui falharam as marcações da prova que nos fizeram deambular um pouco mais do que o previsto por Monsanto mas que não me faz fazer um saldo negativo desta prova. Antes pelo contrário! Venha a próxima edição que eu lá estarei pronta para participar!

Do ponto de vista da logística, esta prova revelou-se também um desafio. Pela primeira vez, corri com uma Camelbak de 2L às costas e com frontal o que se tornou um pouco estranho nos primeiros quilómetros mas que rapidamente se entranhou e me permitiu desfrutar em grande desta corrida nocturna que nos desafia e nos mostra que sair da nossa zona de conforto resulta e é importante para evoluirmos como atletas e, acima de tudo, como pessoas. 

A meu ver, esta terá sido a prova em toda a época que mais me custou fazer. Foi a prova que o descanso é mais do que fundamental para que uma prova corra bem e a falta dele revelou-se complicada de gerir. Deu trabalho, houve partes em que custou mas nunca pensei em desistir. Antes baixar o ritmo do que não conseguir terminar. Fui conseguindo gerir bem o cansaço e fica a lição aprendida de sempre respeitar as horas de descanso quando se aproxima uma prova. Apesar de, nem sempre, o trabalho e o estudo o permitirem infelizmente...

E não posso deixar de agradecer aos meus dois companheiros de aventura pelo reino de Monsanto, Anabela e Zé Luís, que aguentaram estoicamente o meu cansaço fora do comum tendo em conta o estado que normalmente me caracteriza e que tiveram sempre uma palavra de incentivo do princípio ao fim. Esta é a prova de que, para que as coisas resultem, têm de se juntar pessoas com o mesmo espírito e a mesma vontade. E como em equipa que ganha não se mexe... Vocês os dois... Zé Luís e Anabela... Alinham numa próxima aventura?

Skywalker Magazine - Nº 2

Aqui fica a segunda edição desta revista virtual exclusivamente dedicada a corredores. :-)

08/07/2013

Estou de volta!

As ultimas semanas têm sido muito complicadas, entre exames para a faculdade e uma lesão que tardava em desaparecer, fiquei afastado da blogosfera e do mundo da corrida... mas hoje finalmente voltei a correr!! E que bem que soube, mesmo com todo o calor que se tem feito sentir... 
Tenho alguns reports de corridas em atraso, vou tentar ao longo desta semana meter tudo em dia! :-)

Beijinho, abraços e boas corridas! :-)


07/07/2013

Fui passear o frontal a Monsanto (parte 1)

A época terminou para mim em grande, com os 19km Corredor Verde, ontem, em Monsanto. Um trail em ritmos de corrinhada com a excelente companhia da Fiona e da Anabela dos Run Baby Run. Já tinha prometido à Fiona que a acompanharia nesta nossa estreia nos trails e felizmente a Anabela juntou-se a nós, no que foi um trio animado do início ao fim.

Inicialmente de 19km, fruto de um desvio de cerca de 2km, acabámos por fazer 21,90km, mais do que uma meia maratona, em 03:38:09.

Para estreia em trail, fiquei agradavelmente surpreendido. Ainda agora, quando escrevo este post, sinto que no fim deste meu relato muita coisa ficará por dizer. O trail é, sem dúvida, uma actividade rica em eventos, rica em estímulos e muito recompensadora no final.

Parque do Calhau, Monsanto, Lisboa.
Ao contrário do que o nome indica, os calhaus estavam 10km mais adiante

A prova teve início no Parque do Calhau, às 20:30 e desde logo imprimimos um ritmo calmo, alternando entre corrida e caminhada a passo rápido, dado que o calor que se fez sentir durante este Sábado não diminuiu por ai além durante a noite. Fomos em amena cavaqueira com outros membros da cauda do pelotão até às torneiras do quilómetro 6, altura em que ficámos só nós os três. E assim foi até cerca dos 13km. Uma hora e meia maioritariamente em trilhos, com a noite a iniciar-se, que, para mim, foi a melhor parte, mas também aquela em que as marcações claramente falharam e é mais que certo que nos desviámos do trilho original. Por quanto? Sinceramente já olhei para o mapa vezes sem conta e não sei... mas o que sei é que todas as decisões que tomámos em termos de cruzamentos, revelaram-se acertadas, mesmo quando estávamos "perdidos" e sem qualquer marcação. Fazer trail em grupo é, quanto a mim, a melhor opção. Esta recomendação ganha todo um novo sentido se aplicado a mim, o Mr. Magoo da orientação.

Ora deixa cá ligar o meu Tikka 2 para encandear uns quantos esquilos...

My name is Lampo, Piri Lampo
O contingente feminino do trio maravilha.
De notar os respectivos espíritos iluminados, que nos conduziram ao caminho da luz, da salvação e do auto-tanque dos bombeiros





Depois desta parte, a chamada fase Blair Witch Project, chegámos a uma rotunda em que estava um auto-tanque dos bombeiros e um senhor agente da autoridade que nos disse "sigam até ao último pino e depois virem à esquerda". Isto depois de questionarmos uma voluntária da organização, que nos afiançou que sim, que a prova "maratona?" "19km?" era "para ali, sim, sim...".

E lá seguimos, para a etapa em falso, dois quilómetros de descida (e o inevitável retorno, em forma de subida), em que, após termos dado conta que estávamos no trajecto da Maratona, voltámos para a rotunda. Para encontrar mais uns quantos elementos que também se perderam por Monsanto, incluindo o  Daniel, nosso colega de equipa, que nos acompanhou até ao final da prova. Para terem a noção do voluntarismo e companheirismo do Daniel, é como pedirem a um Ferrari que acompanhe um trio de Fiat 127.

Já na rota certa e com os azimutes afinados, os últimos sete quilómetros foram feitos a um ritmo mais confiante, com pausas para andar cada vez menos frequentes e culminando com um frenético sprint descendente a ritmos assombrosos de 06:20 Parque Eduardo VIII abaixo rumo à imperial e sandes de porco no espeto.

Eh porque linde!
Após 3:38:09 ( 3:12:46 em movimento), terminei o meu primeiro trail.

Tirando as faltas de marcações, a organização esteve bem, pecando, todavia, a meu ver, nos poucos abastecimentos disponíveis. No meu caso não se revelou relevante (de 1,3 L ainda sobraram cerca de 200 cl de água), mas imagino para a brava gente que fez o percurso da Maratona, que a coisa não deve ter sido fácil.

Agradeço ainda à Fiona e à Anabela pela companhia e positivismo durante toda a prova. Quando três pessoas com o mesmo espírito se juntam numa coisa destas, é realmente meio caminho andado para a prova ser um sucesso!

Para o ano, estou lá batido novamente. :)



04/07/2013

Não há coincidências


John James Rambo (born July 6, 1946) is a fictional character and the basis of the Rambo saga.[2]


6 Julho 2013 (19h00)

Lisbon Eco Marathon — Correr Monsanto — é uma oportunidade única de desfrutar do pulmão de Lisboa.

03/07/2013

As corridas estão mesmo por todo o lado!

Primeiro, surgiram os artigos em várias revistas a falar sobre o fenómeno crescente das corridas. Depois, vários foram os noticiários que também fizeram questão de referir que existem cada vez mais praticantes de corrida. Pois bem, hoje venho partilhar convosco duas novidades: dois programas totalmente dedicados à corrida e que poderão ser do vosso agrado.

O primeiro chama-se TSF Runners (página do Facebook aqui) e é um programa de corrida que passa na rádio TSF. Segundo informação do site da TSF, este trata-se de um programa dedicado a tudo o que está envolvido no mundo da corrida, desde notícias, dicas de saúde ou nutrição, locais para correr e provas. O horário de transmissão do programa é todas as 6ª feiras após as 16h, tendo repetição aos domingos depois das 10h35. No caso de não conseguirem ouvir o programa em nenhum dos dois horários, podem sempre aceder ao podcast do mesmo atrvés deste link.

O segundo programa trata-se de um programa televisivo que passa no canal A Bola TV. Chama-se Corre Magazine e é um programa de transmissão mensal. Promete trazer reportagens sobre as provas mais emblemáticas que se tenham realizado no mês anterior bem como outras informações como entrevistas a atletas ou sugestões de melhoria dos treinos. 

O Corre mais rápido! aconselha!

19km Corredor Verde Monsanto - provisões

É já no Sábado a nossa incursão a Monsanto para a estreia em provas de trail e, mentalmente, a prova já começou. tenho andado a enumerar o que levo e cheguei, até agora, à seguinte lista:

  1. Camisola da equpa
  2. Roupa interior
    (pelo termo já vos oiço a pensar "roupa interior? Tu queres ver que ele vai de ceroulas? tanga ou boxer?" Não vale a pena passarem desses pensamentos sórdidos que eu não vou especificar nada, bando de gente depravada :P)
  3. Calções
  4. Meias
  5. Sapatos de trail
  6. Telemóvel com o contacto da organização
  7. Garmin 110
  8. Compota da "Antónia" (Decathlon)
    (até aqui tudo normal. A partir daqui, entram os items Rambo)
  9. Frontal - vulgo pirilampo
  10. Pilhas extra;
  11. Mochila de hidratação com apito e com água
  12. Mais compota da "Antónia"
  13. Óculos com lentes transparentes (para proteger dos ataques de bandos de mosquitos e esquilos)
    (daqui para a frente são tudo itens que eu até levava, mas dado que o cenário de apocalipse zombie para os lados de Monsanto será infinitamente reduzido, levar peso a mais não é justificável)
  14. Faca do mato;
  15. Fita na cabeça;
  16. Isqueiro;
  17. Pastilha elástica embrulhada em prata (se dava jeito ao MacGyver, poderia dar jeito a mim)
  18. Plasticina a fazer de explosivo plástico;
  19. Canivete suiço
  20. Calças de tropa;
  21. Boina dos escuteiros;
  22. Cinto de caça para pendurar coelhos, javalis, esquilos e lacraus que poderia ser obrigado a caçar para sobreviver no mato;

Quando reunir o material todo, tiro uma foto.Lá para Sexta-feira ou assim.

A quem for, aconselho que inventariem tudo o que levarem na prova, sobretudo os elementos a vermelho, que são requeridos pela organização.

Segurança acima de tudo :)

02/07/2013

Uma batalha complicada de ganhar... Mas que não nos fará perder a guerra!

Motivação... Essa palavra carregada de tanto peso, seja na nossa vida pessoal, vida profissional ou nesta pequena paixão que nos move que é a corrida. A motivação conta para todos os campos da nossa vida, mesmo que não estejamos despertos para isso. Aquela força anímica que nos move, que nos faz querer ir mais longe, fazer mais quilómetros, participar em mais provas ou, simplesmente, estabelecer objectivos cada vez mais ambiciosos e que nos darão tanto prazer ver alcançados. 
Não podemos estar eternamente à espera que a motivação nos bata à porta e nos peça para entrar em nossa casa e instalar-se comodamente. Ela não vai aparecer assim... Não nos cai do céu no colo por não ter para-quedas. Mas também não nos podemos mentalizar que essa motivação tem que se construir fora de nós. A motivação é algo muito mais forte do que isso. É certo que ela resulta da nossa busca pela satisfação das nossas necessidades mas tem que vir de dentro de nós. É essa motivação, essa força que nos faz calçar os ténis nas manhãs de mais frio num Inverno chuvoso e não nos faz recuar em direcção ao vale dos lençóis. É ela que nos dá a vontade de um dia correr uma maratona! É ela que nos move na corrida como em tudo!

E porque me fui lembrar de escrever sobre isto? Porque descobri recentemente uma página no Facebook onde são partilhadas frases sobre corrida. Chama-se Gibson's Daily Running Quotes e tem por lá frases muito interessantes e que nos fazem pensar. Aqui vos deixo um texto para se inspirarem. Boas corridas!




"Runners come to appreciate early in their running careers that a fit body won't travel very far if there isn't a fit mind traveling along with it. Sometime during your training - probably on a cold, rainy, windswept day - you may find yourself staring out the window and discover that you have a remarkable capacity for making excuses. You'll be able to come up with all sorts of reasons to avoid heading out into what has suddenly become a world hostile to running. Or perhaps it's not that hostile, but you're just not in the mood. In this mind game, the solitary player is both winner and loser. You win by avoiding what you don't want to do: you lose by avoiding what you know needs to be done…

Motivation is a funny thing. You've probably found that you have more of it when you're not actually confronting whatever task you have assigned yourself. Napoleon understood this when he spoke of 'the courage of the early morning.' Soldiers would boast around the campfires at night, when they had some wine in their bellies, but were often less brave when the sun appeared on the horizon and the time came to march into battle. The truly brave, said Napoleon, were those whose courage did not abandon them when they strapped on their cuirasses and mounted their steeds.

The same is true for athletes. It's easy to conquer mountains or run marathons when the lights are out and you're peacefully dozing under the blankets; it's quite another when you're awake. To go from being a dreamer to being a doer, you have to train your mind the same way you train your body: moderately, consistently, and with the reward of rest for its efforts. If you do these things, your mind will serve your goals instead of sabotaging them."

-Ian MacNeill, The Beginning Runner's Handbook

01/07/2013

Corrida das Fogueiras - report by José Luís

É sempre um grande prazer e alegria voltar a Peniche para fazer a Corrida das Fogueiras. Este foi o terceiro ano em que participei e a prova brindou-nos mais uma vez com uma organização impecável, um percurso muito desafiante e um público que se suplanta a cada edição que passa. As gentes de Peniche são, sem dúvida alguma, o melhor público em provas de corrida em Portugal.


Antes da prova

Tendo chegado na véspera a Peniche, aproveitei a hora de maior calor de Sábado para ir levantar os dorsais. A organização já tinha agrupado todos os dorsais e camisolas dos Pernas de Gafanhoto.

Num caixote.

De insecticida agrícola...

No entanto, ao contrário do que seria expectável, o efeito da caixa foi o inverso do esperado na praga de atletas da equipa que invadiram Peniche e que corresponderam com grandes tempos.

Pelas 20:00 eu e a minha mulher (que mais uma vez fez a caminhada - com melhoria de tempo) começámo-nos a dirigir para a zona da capitania de Peniche, onde encontrámos o grande atleta João Lima e a Fiona, quase ao mesmo tempo.

O tempo passou rapidamente, em amena cavaqueira com a restante equipa na zona de partida e perto das 21:30 começamo-nos a posicionar perto da meta, para a partida.Um rápido olhar para a caminhada deixou-me antever que este ano a participação seria mais numerosa, o que reflecte bem a adesão de muitas famílias a esta prova.

A caminhada

Convém, antes de passar para a descrição da prova principal, falar um pouco da caminhada - corrida das fogueirinhas - com a extensão de 6km. Não obstante os avisos do Presidente da Câmara, para o carácter não competitivo desta prova e a necessidade de não atropelar as pessoas na partida, houve, novamente, inúmeros atropelos, pessoas a caminhar lado a lado em grupos de cinco, mais atropelos e, inclusive, logo no primeiro quilómetro, uma senhora que fracturou o pé, após ter sido abalroada por um caminheiro com espírito de viking. Por muito que uma organização apregoe para o civismo dos atletas e caminheiros, não-se-lhe podem ser imputadas responsabilidades neste capítulo. Em provas ou mesmo no dia a dia, em espaços públicos, é um problema que enferma o português e que urge ser rectificado: o português não sabe andar na rua.


A partir do segundo quilómetro começou a haver mais espaço para caminhar e a prova, dai em diante, já foi bastante mais agradável.

A corrida


Tendo sido a terceira vez que e fiz a prova, já tinha perfeita noção do percurso, pelo que parti totalmente descontraído. O primeiro quilómetro contou com o habitual engarrafamento na ponte, mas a partir dai, entrámos em ritmo de cruzeiro. Foi nessa altura que passei pelo João Lima e pela Isa Ainda tentei acompanhar três colegas meus, que partiram em ritmos bem elevados, mas optei por me resguardar no início. Correr junto ao mar desgasta sempre mais e ainda havia mais de uma dezena de quilómetros para fazer.

Com o retorno ao centro da cidade de Peniche, começa, para mim, a melhor parte da prova, com a subida pelas muralhas e a grande volta rumo ao Cabo Carvoeiro onde se encontram as fogueiras, guardadas por escuteiros e pelo entusiástico apoio dos penicheiros..

A minha tentativa de tirar uma fotografia a uma fogueira, a ritmos de 4:40/km

A partir dos 10 quilómetros começa uma zona com subidas e descidas curtas, que culmina com o início do percurso descendente rumo à meta, novamente no centro de Peniche. Foi nessa parte que apanhei um dos meus colegas que se pôs em fuga logo no início. O apoio do público aumenta de intensidade, cada vez mais ruidoso e efusivo, junto às muralhas e, a cerca de 1 quilómetro da meta é a loucura total, a estrada ladeada por uma moldura humana imensa, os atletas da caminhada a acenarem-nos, vejo a minha mulher e mais uma vez vejo quão bem pensada é a complementaridade entre a caminhada e a corrida... acabamos sempre com menos de 1 / 2 minutos de diferença. :)

Cortei a meta com o tempo de 1:12:39, o que é novo record pessoal nesta prova.

Juno à meta


Para o ano lá estarei novamente. 15km é a minha distância preferida e a Corrida das Fogueiras a melhor prova que já corri, por todos os motivos mencionados e mais alguns. Não há como faltar! :)


Parciais