16/07/2013

Review Skechers GO bionic

Aproveitando uma promoção da Sportsdirect, encomendei há umas semanas os Skechers GO bionic (29,99£). O princípio subjacente a estes sapatos minimalistas é semelhante ao dos Vibram Five Fingers, que já experimentei em tempos e comungam de um conjunto de características:


  • Sola extremamente fina;
  • Declive calcanhar - ponta do pé = 0mm;
  • Leves;

Onde os Skechers GO bionic ganham em toda a linha?
  • Preço;
  • Inexistência de ranhuras individuais para os dedos dos pés*;
  • Alguma propulsão na sola;

Posto isto, passemos à apreciação propriamente dita.

 Para testar os GO bionic, fz ontem um treino de 6km, inicialmente em velocidade bastante moderada e, à medida que fui perceendo melhor os sapatos, aumentando progressivamente. até chegar a uns estonteantes 05:03/km no último quilómetro.

No início do treino, senti apenas ligeiras dores na base da perna esquerda, mas de resto, nada significativo. O que se nota, em termos biomecânicos, é uma tendência para aterrar com o meio do pé, o que, no meu caso, não requereu grande esforço de adaptação, pois trata-se da minha passada natural. Apenas senti que precisei de dois quilómetros para perceber que tinha que dar mais impulso ao pé. Mesmo assim, comparando com os Five Fingers, estes GO Bionic têm alguma propulsão e amortecimento, embora mínimo.

Outra das grandes vantagens  deste modelo é não ter ranhuras para os dedos dos pés, como os Vibram Five Fiingers. A consequência disto, para quem queira correr com meias, é ter que comprar meias com dedinhos... o que não é muito fácil de encontrar, mas existe, embora não seja uma opção económica.

Esta compartimentação digital, é pouco simpática para gente que, como eu, nasceu a fazer figas com um dos dedo dos pés. Permanentemente.

Em primeira mão, apresento-vos o meu pé esquerdo.
De notar o 4º dedo. Enfiar isto num Vibram Five Fingers implicou fazer algo semelhante a uma espargata digital.
Não foi fácil. Ainda hoje estou traumatizado e arrepiam-se-me as virilhas dos pés só de pensar nisso.
Como se já não vos tivesse indicado razões uficientes para optar por este sapato minimalista em detrimento de uns Five ingers, cá seguem duas fotos para ilustrar que passam por sapatos normais e não despertam olhares de pasmo e medo em locais públicos.




Em suma, recomendo vivamente estes sapatos a quem se queira aventurar no calçado minimalista.Não é um tipo de sapato para qualquer pessoa e sobretudo para o corredor mais alto / pesado é até contraproducente, na medida em que fica a faltar muito do apoio e amortecimento necessário. Mas o preço e a ausência de ranhuras para os dedos pequenos torna este modelo extremamente apelativo.

2 comentários:

  1. O que me preocupa neste tipo de calçado é que tem de haver um período de transição e adaptação, nem sempre fácil e às vezes doloroso. No teu caso, que já aterras com o meio do pé (que, arrisco, será uma minoria dos corredores) talvez não seja tão notório.
    No meu caso, talvez os usasse para provas rápidas, mas não para provas longas.

    Boas corridas! Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Mesmo havendo boa adaptação, não me estou a ver a usá-los para treinos mais longos do que 6 / 7 km. Eu olho para estes sapatos como um complemento, para fortalecimento dos gémeos e para usar sempre que queira fazer um treino "diferente".

      O preço também é bom que seja baixo, pois assim, dada a elevada probabilidade de inadaptação, não se trata de um desperdício tão significativo de dinheiro (embora possam sempre ser usados para a praia, hehe!).

      Bjs

      Eliminar