Como (quase) tudo na vida segue uma distribuição normal, lembrei-me há dias de normalizar os meus dados de corrida para perceber até que ponto houve um desvio da norma nos últimos tempos. Mesmo sem tratar os dados, era já evidente que o aumento de quilómetros trouxe uma sobrecarga ao corpo, o que, com o stress no trabalho, fez soar o sinal de alarme lá para meados de Dezembro.
Recordando os factores que acho que tenham levado à lesão:
- Sapatos com quilometragem a mais;
- Não ter alongado nem antes nem depois dos treinos / provas;
- Sobrecarga de treinos por tempo prolongado;
Assim, após a médica na Segunda-feira me ter falado em 40 minutos como duração máxima nos próximos treinos, meti mãos à obra e trabalhei os dados.
De Março/2012 a Março/2014 os meus dados médios e de desvio-padrão são os seguintes
(Valores médios para os três parâmetros analisados, N = 284) |
Evolução dos três parâmetros ao longo dos últimos dois anos - dados normalizados |
A evolução mensal já começa a dar algumas pistas sobre uma das causas do asneiranço quilométrico. Mesmo a olhómetro, é notório que não só houve um abuso dos quilómetros e número de treinos, como esse abuso foi feito de forma brusca e prolongou-se durante três meses (quase ininterruptamente). Houve um periodo semelhante, de Fevereiro/2013 a Maio/2013, embora sem um aumento tão brusco e no qual estava a usar sapatos novos, com tempo ameno e a seguir um plano de treinos estruturado para a meia-maratona. O último trimestre de 2013, por oposição, foi feito com tempo frio, sem o devido aquecimento, com sapatos com 600 a 700 km em cima e procurando apenas acumular quilómetros.
Na tabela em baixo, agrupando os dados semanalmente, é ainda mais facil ver como se prolongou a falta de juizo. É notório que no primeiro trimestre do ano, houve ali uam semana, de 25/03/2013, que serviu de descanso após seis semanas de registos acima dos 80% em todos os parâmetros à excepção do tempo médio de treino. Já no último trimestre de 2013, o esforço prolongou-se por 12 semanas, apenas com uma abrandamento ligeiro a 07/10. Convém também recordar que foi em Outubro que fiz jornada dupla em dois fins de semana.
Claro que estes dados - quilómetros e treinos feitos - por si só, não chegam para explicar a fasceite. Mas este factor, pode, à partida, ter tido uma contribuição mais significativa do que estaria à espera.
Nos próximos tempos o plano será manter um esquema de treinos equilibrado, sempre em torno dos 50% no três parâmetros, à excepção das semanas em que participe em provas.
Distribuição normalizada - evolução semanal |
Tudo explicado, sigo um blogue que adora matemática e outro que diz que não gosta.
ResponderEliminarComo quase tudo na vida é preciso equilibrio.
O aumento brutal de impost...espera...km pode ser a explicação, a somar a tudo o resto.
Resumindo, racionalizaste aquilo que já sabias.
Boa Mini e boa recuperação.
Cumprimentos a Ms Wilson.
Abraços