Corre mais rápido!

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24/03/2015

25ª Meia Maratona de Lisboa - Report by Mustache

No dia da 25ª Meia Maratona de Lisboa, aproveitei para fazer o meu último treino longo de preparação para os 50km do Inatel Piódão Ultra Trail, já no dia 28 Março. Logistica à parte, é uma prova agradável e que conta com bastante público, o que é sempre bom. O tempo ajudou, mas um pouco mais fresco seria o ideal. Muitas caras conhecidas, a correr ou no público a gritarem o meu nome e, eu, ceguinho de todo, não via ninguém. Alguns amigos a estrearem-se nisto das provas oficiais e a apresentarem bons resultados! Deu, até, para estar na converseta com o Filipe Gil (Correr na Cidade) e tentar explicar-lhe os exercicios de alongamentos, para que possa brilhar em Piódão. Uma medalha muito gira, mesmo "top!", e um Corneto de limão no final da corrida que me soube melhor que o melhor repasto do mundo. Parabéns a todos os que participaram e que, independentemente do tempo, cruzaram aquela meta!

A medalha é mesmo gira!


Mas vamos por partes. Sabendo de antemão o que me esperava no tabuleiro, este ano estava decidido a ser dos primeiros a chegar, porque, como diz o ditado, "O pássaro madrugador apanha a minhoca mais gorda.". E valeu o ter-me levantado 4 horas antes de uma prova que se realiza a 5 minutos de Lisboa, porque consegui um bom lugar de partida. Aliás, só precisei esperar em cima do tabuleiro pouco mais de 2 horas. Valeu a companhia para ajudar a passar o tempo.

À minha frente, só mesmo o pessoal dos dorsais VIP's. Aquelas pessoas que provaram através dos seus tempos e performances noutras corridas que merecem partir à frente de quem esteve um ano inteiro a treinar para melhorar o tempo do ano passado. E aproveito para dar os parabéns às senhoras e senhores de 50-60 anos e com 80-90kgs que estavam mesmo lá na frente. Isto só prova que idade e peso nada influencia os resultados. Ou então estavam ali porque algum familiar ou conhecido lhes conseguiu arranjar o tal dorsal VIP, que eles tanto precisavam.

Tiro de partida e lá arrancou toda a gente. Meia Maratona e Mini. Ainda antes do 1º km já estava a tentar ultrapassar velhos e velhos, pessoal que apenas foi para caminhar e para tirar uma foto de cima da ponte, malta sem o mínimo respeito por quem ali foi para correr. Há muito que percebi que esta prova não é para bater recordes, pelo menos para mim, que sinto alguma relutância em estar a "empurrar" pessoas a a "furar" entre elas para ir no meu ritmo. Mesmo assim, tentei ir o mais rápido possível, para evitar a zona onde as duas vias da ponte se juntam, mesmo antes da curva. Os primeiros 10kms foram feitos em menos de 50' e aos 14kms ia com 1h14m. Foi neste ponto que decidi abrandar o ritmo. O meu objetivo nesta corrida era aproveitá-la como último treino longo antes do Ultra de Piódão. Fiz o resto da corrida quase a trote, tendo mesmo parado alguns minutos para falar com o Filipe. Ainda tive tempo para acompanhar um colega Gafanhoto que ia em dificuldades, com dores num joelho, percorrendo com ele cerca de 1km a ritmo lento. Quando faltava 1km acelerei um pouco e ainda consegui cruzar a meta antes das 2horas. Fiz mais 18minutos que o meu melhor tempo na Meia (1h42m), mas acho que foi um bom treino.

Eu, a ultrapassar pela direita!

Eu bem que tentava ver quem me chamava, mas sem sucesso!


No final, ainda regressei, de Belém, até Santa Apolónia, a correr, acompanhado pela João Campos (ou vá, foi ele que me acompanhou, que as minhas pernas não estavam a render).

Mr Shaved Runner and Mr. Beared Runner


Sobre a organização, penso que as opiniões não variam muito dos outros anos: muita gente, muita confusão, pouca organização na partida e pouca consideração por quem ali vai para correr. Em 25 edições já deveriam ter adotado algumas medidas vistas noutros países ou noutras provas (mesmo que mais curtas). Pergunto por que é que ainda não separam as pessoas por blocos de tempo? Por que é que não fazem a partida por vagas (como se fez na Corrida Fim de Século e que resultou tão bem!)? Eu sei que a fotografia com a ponte cheia de gente fica muito bonita. Mas a quantidade de pessoas que vai correr/andar a Mini, serve perfeitamente para isso. E não nos podemos esquecer dos preços pornográficos que pedem. Os abastecimentos estavam bons e mais do que suficientes e nos kms apropriados. As situações menos boas que vi nos abastecimentos, apenas têm a ver com falta de civismo das pessoas: garrafas de Powerade atiradas ao chão depois de um gole dado; pessoas a meterem pacotes de gel nos bolsos como se dependessem deles para viver um mês; e na zona da fruta, pessoas a escorregarem nas cascas que são atiradas para o chão. Após a meta, o habitual entupimento para sair dali. Tem tanta lógica ter zonas para se tirar fotografias ainda antes de chegarmos ao espaço aberto, como meterem a elite a partir atrás da Mini. Mas é o que temos, para o ano surgirão as mesmas criticas, mas haverá ainda mais pessoas a participar.

Esta foi, muito provavelmente, a minha última participação. Não estou para acordar tão cedo para ir a uma corrida onde mal consigo correr, e que continua a apresentar tantas falhas.
Espero que tenha sido uma boa prova a todos os que participaram!

"Mais importante que cruzar a meta, é cruzar a meta com um sorriso!"

01/03/2015

Corrida da Árvore 2015 - report by Fiona

Parece que este início de 2015 está a ser fértil em estreias em provas. Hoje foi o dia de me estrear na Corrida da Árvore, uma prova de 10 km em estrada que decorre em Monsanto, o belo pulmão da cidade de Lisboa. 

A bela paisagem que se pode ter na Alameda Keil do Amaral

A manhã começou cedo na Alameda Keil do Amaral, o ponto da chegada desta prova e muito próxima da partida que estava localizada um pouco mais acima, na Estrada do Penedo. Apesar as nuvens que se podem observar na fotografia, estava uma manhã bem agradável para a prática da corrida, o que se reflectiu no número de participantes divididos pela prova de 10 km e pela caminhada. Próximo das 10h, foi altura de me encaminhar para a partida onde me encontrei com alguns Pernas de Gafanhoto que aproveitaram a manhã de domingo para juntar mais alguns quilómetros às suas pernas, alguns deles com a Maratona de Paris no horizonte. Logo após a partida, houve ainda oportunidade para me cruzar com alguns membros da crew Correr na Cidade que estavam a fazer um treino de trail por Monsanto.

Prova em Monsanto que se preze não deixa de partidas subidas e descidas no seu percurso e esta Corrida da Árvore não foi excepção. Sempre por estrada, o percurso lá se fez ora subindo ora descendo mas sempre a tentar manter um ritmo que permitisse não terminar muito para além da hora. Já ia a contar com algumas dificuldades (em Fevereiro apenas corri três vezes, uma delas no Grande Prémio do Atlântico no fim-de-semana passado) e não me poderia meter em grandes aventuras que me fizessem passar a linha de chegada com a sensação que tinha perdido os pulmões algures no meio de Monsanto. A gestão da prova permitiu-me acabar bem e com pernas suficientes para fazer um último sprint nas últimas centenas de metros.

Após a chegada tive ainda oportunidade de estar à conversa com o corredor que escreve as linhas do Corro, logo Existo! o que é sempre bom nestes momentos de convívio. Tudo a correr pelo melhor nesses treinos!

A linha de chegada

A organização não esteve mal de todo mas tenho pena por não poder ficar com uma recordação da prova. Bem sei que nem todos dão valor às medalhas que muitas vezes são fornecidas mas confesso que eu gosto da medalhinha no final da prova. A Corrida da Árvore, ao realizar-se no mês de Março e da Primavera, caracteriza-se pela oferta de uma árvore a todos os participantes para que possa depois ser plantada. Apesar de ser uma oferta diferente e engraçada, confesso que alguns dos comentários que ouvi dos participantes, antes e depois da prova, me deixaram a pensar... A maior parte das pessoas não sabia o que fazer à árvore de oferta. Num apartamento não dá assim muito jeito plantar uma árvore e nem todas as pessoas têm um quintal ou uma área fora da cidade onde possa dar a devida atenção a esta pequena oferta. Muitos diziam que o mais provável seria a árvore ir parar ao lixo... Pergunto-me... Não seria mais engraçado (e mais sensato!) dar-se outro tipo de oferta aos participantes e oferecer estas pequenas árvores a locais em Portugal que necessitam de ser reflorestados após os incêndios que caracterizam sempre o nosso verão? Serão que estas pequenas plantas não teriam um futuro muito mais saudável e positivo para a comunidade se não fossem oferecidas desta forma? Fica aqui a dica.

O Garmin não mente!

O saldo da estreia é positivo. Consegui não terminar muito para além da hora e penso que um tempo de 1h09' é bastante bom para o traçado em causa. Mais uma prova a repetir num próximo ano!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona