Corre mais rápido!

Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...

29/10/2013

Corrida do Montepio - report by Fiona & bluesboy

A segunda parte da jornada dupla deste fim de semana correu-se no eixo Infante Santo - Belém - Algés na Corrida do Montepio.




Esta prova contou com uma participação massiva dos Pernas de Gafanhoto, num percurso plano, propicio a recordes pessoais.

A partida foi dada às 10:00, tanto para a corrida de 10 km como para a caminhada de 3 km. Numa organização de prova feita pela espectacular HMS (que não costuma deixar os seus créditos por mãos alheias e cumpre e bem as provas que promove), existe apenas uma ressalva a fazer sobre a partida (e que é válida para esta organização como para outras feitas por outras entidades): porque não retomar a partida faseada entre os participantes na corrida e na caminhada? Por exemplo, uma partida desfasada entre os participantes em cerca de 15 minutos com os corredores da distância de 10 km a partirem primeiro? É que torna-se muito complicado fazer os primeiros metros (senão primeiros dois quilómetros) de uma prova a tentar fazer zigue zague por entre o número cada vez mais crescente de corredores que adere a estas iniciativas. Achamos que todos teriam a ganhar e muito com esta pequena mudança. 


A prova pelos olhos da Fiona

Quanto à prova propriamente dita, foi feita a comprovar que uma passada disciplinada pode fazer maravilhas pelo nosso desempenho. Fruto das duas últimas provas em que tive o bluesboy como lebre, consegui melhorar certas irregularidades que tinha na minha forma de correr (ora acelerava, ora diminuía a velocidade) e este tipo de postura fazia com que gastasse energias desnecessárias e que poderiam ser muito melhor canalizadas para baixar o tempo global de prova. Fruto desta disciplina, e apesar de ter tido prova no dia anterior, consegui acabar em modo sub60' com um tempo de 59'34'', que correspondeu a um 70º lugar no escalão entre mais de 280 corredoras. Acho que posso fazer um saldo muito positivo da participação nesta prova! O próximo fim-de-semana será de descanso, com espaço apenas para um treino para não deixar as pernas ganharem ferrugem!

Parciais Corrida do Montepio - Fiona


A prova pelos óculos escuros do bluesboy 

No final da prova de Sábado e dado que acabei em muito boas condições, pensei que na Corrida do Montepio podia tentar bater o meu record dos 10km, que perdura desde 2009, alcançado na Corrida dos 511 anos da Santa Casa da Misericórdia. O iníico da prova, mesmo com o engarrafamento inicial, com muita gente da caminhada a partir à frente, foi menos cansativo do que estava a pensar e entrei em ritmo abaixo da média pretendida logo aos 2km. No entanto, a partir dos 4 km, foi uma luta desgastante para tentar manter a passada abaixo dos pretendidos 4:44 e no retorno, pelos 7km já estava certo que não iria dar para melhorar a marca de 2009... ainda consegui um último fôlego no último quilómetro mas os estragos já estavam feitos desde o início. Acabei com o tempo de 47:33, um mero segundo a mais face ao tempo obtido em 2009. Num trajecto plano, sem prova no dia anterior, o record não me escapa.


Parciais Corrida do Montepio - bluesboy

Corrida TSF Runners - report by Fiona & bluesboy

A jornada dupla deste fim de semana teve início no Sábado, às 17h, no Terreiro do Paço, na solarenga TSF Runners. 

Pés d'atletas


Com cerca de dois mil participantes, o percurso iniciou-se em direcção a Xabregas e desde cedo que se sentia no pelotão um espírito leve, com muitos corredores a trocar impressões uns com os outros. Da nossa parte, o nosso grande objectivo, para além de fazer poupança de esforço para a Corrida do Montepio, foi o de contar o número de  atletas do Gabinete de Fisioterapia no Desporto que se encontram entre os primeiros lugares. Não é tarefa fácil, dada a quantidade de sangue arterial que temos nas pernas e o pouco que abunda na cabeça, quando se corre (evidência médico-científica aventada agora mesmo - carece de confirmação). Por este motivo, só chegamos a um número indefinido entre a dezena e as duas dúzias.

No retorno de Xabregas em direcção à Praça do Comércio, ficámos com o Sol a bater de frente,o que até acabou por ser agradável. O ritmo imposto foi crescendo gradualmente e acabou num sprint bem vivo com os últimos 400 metros a uns vertiginosos 04:43min/km. Assim de repente e quem olhasse para estes dois gafanhotos, pensaria estar a ver momentaneamente um qualquer atleta queniano de elite!

Parciais Corrida TSF Runners

No final da prova, os três Pernas de Gafanhoto presentes tiveram ainda a oportunidade de tirar uma foto com o grande Carlos Sá. Mesmo com uma breve troca de cumprimentos e a pose para a foto, deu logo para perceber que estávamos perante alguém extremamente sereno e muito prestável. Um atleta completo e, sem dúvida, um exemplo de postura a seguir! :)


28/10/2013

1º Dura Trail Proaventuras - Parque natural da Arrábida

Sábado foi dia, da minha segunda experiência no que diz respeito aos trails, tendo sido a primeira no Trail Nocturno das Lebres.
Esta foi a primeira edição do Dura Trail, organizado pela Proaventuras em forma de prova experimental... sendo assim gratuita, sem carácter competitivo e supostamente sem abastecimentos nem "prémios".
Quem me falou desta prova, foi o João P. Leandro, que tem sido o meu companheiro de corrida nas ultimas provas em que participei. E foi graças a ele e à sua insistência que hoje não estou aqui a lamentar-me por não ter participado nesta magnifica prova!!

Sai de Lisboa com o meu primo (Filipe), por volta das 7h30 da manhã... ainda os dois muito pouco convencidos em fazer esta prova... ao atravessarmos a ponte 25 de Abril, ainda menos convencidos ficámos... estava um nevoeiro cerrado, em que não se conseguia ver se quer o Cristo Rei... Mas já ali estávamos, e voltar a trás já não era opção (e muito provavelmente o João Leandro, ia querer matar-nos se faltássemos lol)!!



Apanhamos o JP em Setúbal e dirigismo-nos para o parque de Albarquel, local onde iria ser dada a partida da prova. Assinámos um termo de responsabilidade, pusemos a conversa em dia, e fizemos o aquecimento (fizemos, não fizemos???)...



Um pouco antes das 9h, deu-se então inicio ao briefing inicial por parte da organização, sempre com muito boa disposição e a animar o pessoal.
As 9 horas, dá-se então o "tiro" de partida e lá vamos nós...

Vou tentar relatar um pouco do que me lembro, pois as emoções e sensações foram tantas, que não me consigo recordar da prova toda ao pormenor.

Saímos de Albarquel em direcção ao Forte de São Filipe (Setúbal), entre alcatrão e calçada, o primeiro quilometro foi bom para aquecer as pernas para o que ai vinha...
Ao quilometro 1, encontra-mos a primeira parede... uma subida em alcatrão que mais parecia não ter fim, então com o nevoeiro no topo... não se via mesmo o fim!!
No km 2, começaram então os single tracks!! Toca a descer tudo o que subimos...  Foi o momento ideal para começar a testar os meus Asics Fuji Trainer 2, que se portaram lindamente, mas vou fazer uma review deles noutro post.



A partir daqui, sinceramente, não me consigo recordar de muitos pormenores específicos, apenas de enormessssssssssss subidas, seguidas de enormesssssssssssssssssssssss descidas, com lama, gravilha, buracos, troncos caídos, e por ai fora... e isso tudo, só tornou a prova ainda mais interessante e desafiante!!!

Chegou o primeiro controlo, e lá encontrava-se uma surpresa da organização... ao contrario do que tinham avisado no facebook, ouve abastecimento!! E que bem que souberam aquelas bolachas Maria! lol

Abastecimento efectuado, toca a seguir caminho... e lá fomos nós Serra a baixo... seguiram-se mais subidas e descidas... tivemos que atravessar ribeiras e poças de lama... seguimos por trilhos fantásticos no meio da mata... simplesmente divinal...

Chegamos então ao km 17... e acontece o meu maior receio... começo a ter uma daqueles ataques de cãibras terríveis! Não conseguia mover as pernas!!! Eu bem que podia tentar estica-las, mas qual esticar... as dores eram horriveis... parei um pouco. O JP que tinha feito o percurso sempre comigo até ali, ficou a minha espera... tentou ajudar-me, mas estava muito complicado...
Passados alguns minutos, tentei andar, e aparentemente as dores tinham desaparecido... e lá retoma-mos o caminho novamente... mas poucos metros depois... as dores voltaram!! E eu estava a empatar o JP... pedi-lhe que seguisse, mas ele estava hesitante em deixar-me ali "sozinho", e eu mais uma vez insisti, e disse-lhe que se precisasse de ajuda que lhe ligava.... mas felizmente não foi preciso...

O JP, lá seguiu o seu caminho, e eu aos poucos tentei caminhar, não ia desistir agora, não era de todo opção!! Foram passando alguns atletas por mim, e todos eles foram excepcionais, e perguntaram se precisava de ajuda...
Um pouco mais a frente, encontro um rapaz, que vai na mesma situação que eu e a partir daqui, fomos praticamente sempre juntos até ao fim. Volta e meia, conseguia voltar a correr... mas quando existia alguma parte mais complicada de subir, lá vinha as malditas cãibras... e lá tinha que abrandar... arrastei-me assim até ao final da prova, cerca de 5 km... custaram muito, mas dei por mim varias vezes, parado com dores nas pernas e a sorrir sozinho... só pensava que só podia estar doido... mas estava a adorar aquilo tudo!!!

Um pouco antes de chegar ao ultimo posto de controlo, vinha eu numa descida a correr devagarinho já praticamente sem cãibras... ao fazer uma curva, só oiço um estalar enorme, e o meu pé todo dobrado... "Ok, acabou aqui..." pensei... tinha torcido o pé direito... parei por uns segundos... não me doía nada, e tentei voltar a correr devagar... agora sim, as dores das cãibras tinham desaparecido, com o susto que apanhei ao torcer o pé...
Lá consegui fazer a ultima subida pelo meio dos trilhos... seguido da ultima descida...
Cheguei então a um areal... pensava que estava quase a chegar a meta... mas não... ainda tinha cerca de 2km pela frente... acho que em termos de piso, a areia foi mesmo o pior para se correr...
Seguiu-se então uma rampa em alcatrão... seguido de uma descida de escadas até ao parque de Albarquel... a meta estava a vista!! Consegui então recuperar alguma força, e dei o máximo que pude... consegui fazer um sprint final ao passar a meta!! Soube tão bem!!! Acabei com 3h19m, cerca de 23,5 km, segundo o Strava.





Na meta já estava lá o JP, que fez cerca de 10 minutos a menos que eu... e uma mesa com bebidas e um bolo de mel (se não me engano), que estava divinal...

Enquanto esperava-mos pelo Filipe, aproveitei e fui molhar as pernas na agua do Rio Sado, fresquinha como sempre...



Esta foi prova, conseguiu entrar para o primeiro lugar do meu top pessoal... percurso fantástico... organização impecável, o companheirismo vivido entre os atletas... a boa disposição... o bolo no final!! Foi tudo do melhor mesmo!! E espero voltar a repetir esta prova no próximo ano, mas desta vez na versão de 33km :-)



Infelizmente, quando cheguei a casa... o meu tornozelo começou a queixar-se e a inchar... e agora ando a gelo, pomadas, compressão... e blabla... vamos lá ver se me meto fino até dia 10 de Novembro...

Boas corridas! :-)


27/10/2013

Este é o meu outro lado enquanto corredora...

Quando comecei nesta coisas das corridas, no ano de 2008, nunca pensei que fosse ganhar tanto gosto por correr nem muito menos chegar até onde cheguei hoje. Muitas já foram as dificuldades ultrapassadas, muitos já foram os objectivos alcançados (um deles, e o que tem o sabor mais especial, foi voltar a participar numa prova oficial exactamente um ano após ter sido operada ao joelho) e muitos são aqueles que se desenham no meu horizonte. Já acumulo três meias maratonas no "currículo" (todas feitas este ano!), provas de 10 km já perdi a conta e a maratona é, claramente, um sonho que também se quer ver alcançado.

O quando me encanta o excelente ambiente que se vive entre corredores nas provas. A palavra de incentivo que está sempre presente quando afracamos e passa alguém por nós que não nos quer ver desistir mesmo não nos conhecendo de lado nenhum. As palmas que os corredores batem aqueles que já vão na frente da corrida e com quem nos cruzamos. O gosto de ser a lebre de alguém mesmo que não a conheçamos bem (nunca me vou esquecer o que foi estar lado a lado com uma corredora do grupo desportivo do BES na Corrida das Fogueiras em Peniche este ano. Um beijinho especial para ela :) ). É estar-se lá de uma forma despreocupada. É ajudarmos quem precisa mesmo sabendo que podemos não conhecer essa pessoa de lado nenhum. Os valores que os corredores partilham numa prova deveriam ser aqueles partilhados por uma sociedade enquanto um todo. Aquilo que somos e aprendemos a ser na estrada ou nos trilhos acabamos por transportar para as nossas vidas pessoais e profissionais e tenho a certeza de que nos tornamos pessoas muito melhores. É este espírito que eu tenho gosto de partilhar quando corro. É esta animação e esta boa disposição que está presente mesmo quando parece que as pernas vão falhar. Os corredores ajudam-se apenas porque sim. Os corredores sorriem aos desconhecidos apenas porque sim. Os corredores partilham vitórias lado a lado com desconhecidos apenas porque sim.

E deveria ser assim todos os dias na vida para lá dos ténis... Porque, de certeza, seríamos muito melhores cidadãos e pessoas muito mais completas enquanto seres humanos...

26/10/2013

Porque também faz falta de vez em quando...

Em fim-de-semana de jornada dupla, amanheço a pensar que realmente a parte psicológica pesa e muito quando estamos em prova ou a treinar. Aliás, pesa e muito na maior parte do nosso dia, muitas vezes sem nos darmos efectivamente conta. Quantas vezes não tiveram já imensa vontade de desistir e continuar porque uma força foi crescendo dentro de vocês e conseguiram ir mais longe? Já tive uma ou duas demonstrações em prova de que a parte psicológica faz milagres e me consegue fazer ultrapassar obstáculos que, à primeira vista, me poderiam fazer desistir ou nem sequer ter começado. E é nesta força psicológica que vou acreditar para ir mais longe...


Tenham um excelente fim-de-semana repletos de muitas e boas corridas!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

25/10/2013

Night Run - Report by Fiona

Mais uma prova nocturna, desta feita com direito a lebre e tudo! Acho que o bluesboy já escreveu tudo o que haveria para escrever em relação a esta prova no seu report. Foi uma prova que teve direito a aquecimento forçado fruto da chuva que se abateu em Lisboa quando íamos a caminho do metro. Foi uma prova em que tive a companhia permanente do bluesboy que esteve sempre lá e com quem (admiravelmente) não impliquei na subida da Avenida da Liberdade. Foi uma prova em que as marcações dos quilómetros eram no mínimo peculiares (eram voluntário que as seguravam em vez de estarem no chão como é habitual em outras provas). Foi, em resumo, uma prova muito engraçada.

Apenas um senão... Aquela chega ao Terreiro do Paço, após passar a meta, em que se dividem os atletas masculinos para um lado e os femininos para o outro... Para depois não existirem voluntários da organização da prova no lado feminino... Parece-me, no mínimo, estranho... Fica o reparo.

Este fim-de-semana será de jornada dupla com a Corrida TSF no sábado e Montepio no domingo. 

E vocês? Quais serão as vossas próximas provas?

Boas corridas e bons treinos!

Fiona

24/10/2013

Treino diluviano e objectivo 1300

Ontem, com o regresso em força da chuva, era obrigatório ir treinar. E assim o fiz, com um treino ligeiro de 6.5km, num percursos misto que incluiu ciclovia e gravilha molhada (eu bem que gostava de lhe chamar lama, mas vou-me manter fiel à verdade).

De todas as situações de treino, correr com chuva é a minha preferida e ontem, debaixo de um dilúvio de proporções quase bíblicas pelas 19h, a primeira parte do treino encheu-me as medidas. Chapinhar pelas poças da Quinta dos Lilases (ao lado das Conchas) também teve o seu quê de transcendental. Em princípio, é para repetir, já hoje, mas desta vez numa incursão ao EUL.


Um tetra pack photo coiso do treino de ontem

No final do treino, em casa, lembrei-me de olhar melhor para os totais anual e dado que já atingi os 1.000km em 2013 e o máximo de quilómetros num ano foi de 1.262 em 2010 (ano em que fiz a Maratona), que tal bater essa marca?

Totais anuais a 24/10/2013


Chegar aos 1.300 km implica fazer uma média de 130 km nos três meses que faltam e creio que é bem possível. Embora o mês de Outubro ainda não tenha terminado, penso que consigo atingir os 130km e manter a mesma quilometragem nos meses seguintes.Novembro vai ser mês de paragem de provas (à excepção da Corrida do ISCTE - 17/11) e pode ser uma excelente altura para, nos fins-de-semana fazer alguns longões aqui e ali.



20/10/2013

Jornada dupla (Night Run + Corrida do Aeroporto)

Este fim de semana estreei mais uma novidade na corrida: duas provas em dois dias (ou melhor, duas provas em menos de 13 horas). A Night Run, Sábado, às 21h e a Corrida do Aeroporto, hoje, às 10h.

Sendo o objectivo nesta altura meramente o acumular quilómetros e a confraternização com os restantes Pernas de Gafanhoto, pensei na melhor forma de participar em ambas as provas de modo a que terminasse o mais confortável possível. Sendo assim e dado que a Fiona apenas iria participar na Night Run, fiz de lebre no Sábado e no Domingo tentaria ir a ritmos perto dos 5min/km.

Night Run

Embora sendo a primeira edição, o percurso é familiar para o pelotão. Com início o Terreiro do Paço, subimos quase até ao Marquês de Pombal, para descer depois, indo ao longo da recta da Av. 24 de Julho e retorno algures perto da Av. Infante Santo e regresso ao Terreiro do Paço. À excepção do empedrado logo a seguir ao Terreiro do Paço rumo a Algés, é um trajecto que dá perfeitamente para fazer de cabeça desligada.

No meu caso, procurei sempre refrear algum ímpeto mais queniano que tivesse, não só para me poupar para a prova do dia seguinte, mas também para não rebentar com os motores da Fiona. Ambos os objectivos foram cumpridos e assinalo com agrado que consegui manter um ritmo moderado, constante, ao longo de todo o trajecto sem ouvir nenhum "acalma-te!" da parte da Fiona. Com mais alguns treinos destes, temos atleta para arranhar os 54 minutos, daqui a uns tempos. :)

Parciais Night Run - de notar o ritmo no quilómetro 10,
todo feito por obra e graça da Fiona


De salientar também o agradável convívio com a Anabela, dos Run Baby Run que apadrinhou uma atleta na estreia nos 10km.

Antes da partida


Antes da partida
A minha tentativa de tirar uma foto durante a prova em pleno Rossio.

D. José e o seu cavalo branco, antes de se atirarem à mesa de mistura
para um set de rococó funk house do mais iluminista que há


Corrida do Aeroporto
Às 09:30 da matina, já estava nas imediações do terminal de carga do Aeroporto, para a estreia em 10km da Corrida do Aeroporto. Sentia-me levemente preso de movimentos, mas mesmo assim mantive o objecivo de acabar com um tempo a rondar os 50 minutos.

10 da matina, 12 horas depois de ter acabado a Night Run,
eu estava de pé, sem um único café tomado, prestes a começar a correr.
Inacreditável.
Esta prova contou com alguns Pernas de Gafanhoto que haviam estado na véspera na Night Run, mas a maioria optou por um regime mais sensato e apenas foi à do Aeroporto. O início da prova foi rápido (pelo menos assim me pareceu) e contagiado pelo ritmo frenético de alguns colegas de equipa, embalei para ritmos de 4:40 até ao quilómetro 8, quando, em plena Quinta das Conchas, lá surgiu a fatídica subidaque me pôs a uma passada de 5:38. Ainda deu para recuperar (o que me surpreendeu) e terminar o último quilómetro a 4:21min/km. Tempo final de chip de 49:28, o que me deixou bastante contente.
Parciais Corrida do Aeroporto
Uma palavra especial para a HMS que, ano após ano, continua a primar pela eficiência e extrema simpatia na organização de provas, com especial ênfase para a boa disposição e humor nos abastecimentos.

Para a semana há mais dose dupla, mas desta vez com um intervalo entre provas maior.

Boa semana a todos!

Corrida da Água - Report by Fiona

E neste domingo que se iniciou bem cedo e apanhando muitos dos leitores deste blog com certeza a participar alguma corrida (boa sorte a quem vai participar na Corrida do Aeroporto!), aproveito para colocar em dia o report de uma das últimas provas em que participei: a Corrida da Água, que ocorreu no passado domingo (o report da Night Run de ontem virá mais tarde quando descarregar a prova para a plataforma da Garmin). 

Pois bem... Vamos lá então ao assunto deste post. No passado domingo foi dia de fazer mais uma estreia numa prova: a Corrida da Água. O que tem esta prova de peculiar? Permite-nos fazer a passagem no Aqueduto das Águas Livres e desfrutar de uma vista sobre Lisboa particularmente fantástica e em que se pode comprovar que a luz da nossa cidade é mesmo qualquer coisa de extraordinário. Bem cedo foi momento de me preparar e de ir ter com os colegas de equipa dos Pernas de Gafanhoto. O início da prova foi no Parque do Calhau em Monsanto, o mesmo local onde começou a Eco Lisbon Marathon em Julho passado. A boa disposição dos Gafanhotos era mais do que muita e lá fomos bem dispostos em direcção à partida e a mais uma prova de 10 km. 

Fazendo uma análise do percurso da prova, no meu ponto de vista, esta não é uma prova demasiado complexa. Bem... Não é até se chegar à bela e fantástica e fofinha subida em direcção a Campolide (e não, não poderia estar a ser mais irónica...). Quando se faz prova em cidade e passamos por locais por onde já passámos a pé ou de carro, confesso que se torna mais fácil pois já estamos mais ou menos a ver o que nos espera e podemos fazer uma gestão do esforço de maneira diferente. Dado que nunca tinha passado naquela rua nem a pé nem de carro, não imaginam o que eu dizia aos meus botões... Simplesmente, espera de forma MUITO ANSIOSA pelo final da subida... Mas adiante... Depois veio a passagem no Aqueduto, com direito a algumas ultrapassagens que me fizeram ganhar algum espaço, para depois fazer o sprint final até à meta colocada no Parque do Calhau.

E o resumo da prova é este em termos de tempos...


Apenas uma breve referência a dois pontos negativos e que já foram referidos em outros reports desta prova: o portão de acesso ao Aqueduto que estava fechado quando os primeiros participantes da caminhada chegaram ao local fazendo com que, no momento da passagem dos primeiros participantes nos 10 km, houvesse alguma dificuldade no que toca a fazer a passagem no espaço disponível e os abastecimentos (a meu ver, em número reduzido dado o calor que se fazia sentir no dia da prova bem como a sua localização numa zona de curva em frente aos Pupilos do Exército que se pdoeria tornar perigosa para os corredores mais dedsatentos, fruto do piso molhado).

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

14/10/2013

Corrida da Água - Monsanto revisitado

O início da série insana de cinco provas de 10km em três semanas começou ontem, com a Corrida da Água, em Monsanto. Uma prova de natureza familiar, com cerca de 1.000 participantes na prova principal (10km) e uma caminhada de 3km.

O percurso passa essencialmente por Monsanto e nos últimos três quilómetros entra por Campolide adentro, numa subida longa e íngreme, que me fez andar cerca de 20 metros, antes de entrar no aqueduto das águas livres terminando numa descida estreita (má ideia) no Parque do Calhau.

Pessoalmente, esta foi uma prova extremamente agradável de se fazer, não obstante alguns erros da parte da organização. Numa altura em que as corridas em massa estão a proliferar e onde vai sendo cada vez mais frequente a realização de duas a três provas no mesmo dia, a excelência da organização, é, a meu ver, um factor chave para o sucesso das mesmas. Nestas provas de cariz mais familiar, não sendo necessária uma equipa logística extremamente numerosa, pode-se apostar na simplicidade sem descurar a eficácia. E ontem, houve algumas falhas que comprometeram a prova. A saber:
  • Portão trancado no acesso ao Aqueduto, o que atrasou a passagem dos caminheiros no aqueduto. A parte caricata desta falha surge quando os caminheiros estavam em pleno aqueduto e a cabeça da corrida vinha a entrar no aqueduto em sentido contrário...
  • Abastecimento de água numa chicana na ciclovia, junto aos Pupilos do Exército, o que constituiu um risco de queda para os atletas, perfeitamente evitável;
  • Meta numa descida estreita, o que pode ter inibido muita gente de acabar ao sprint, dado que tinha que travar logo após terminar;
Tirando estes aspectos, penso que é uma prova muito agradável de se fazer. Não para tempo, mas para convívio e inclusive trazendo as vossas famílias para a caminhada.


10/10/2013

Meia Maratona Rock and Roll - Report by Fiona

No Domingo passado foi dia de fazer a minha terceira participação numa meia maratona: a Meia Maratona Rock and Roll em Lisboa! Oportunidade de participar em mais uma prova que reúne sempre muitos corredores e também muitas pessoas que aproveitam para dar uma caminhada num local onde habitualmente apenas se pode passar de carro: a ponte Vasco da Gama.

O dia começou bem cedo para mim. Desta vez, não me juntei no ponto de encontro habitual com os Pernas de Gafanhoto (apesar de orgulhosamente ter corrido com a camisola deste simpático grupo!) porque juntei-me a um grupo do local onde trabalho que também são apaixonados por estas coisas de corridas e participações em provas. No entanto... Estive mesmo, mesmo para não participar (com grande pena minha...) pois os dois dias anteriores foram passados de cama com uma malvada gripe que achou por bem instalar-se de malas e bagagens na minha pessoa e que só hoje começou a dar sinais de pretender ir embora. Ainda assim, e tendo em conta que na manhã de Domingo nem me sentia tão de rastos assim, lá fui eu participar na meia maratona, um pouco também na esperança que a bicheza que me atacou fugisse durante os muitos quilómetros que me esperavam.


Graças à bicheza do género constipus gripalis, o tempo não foi grande coisa tendo mesmo aumentado o tempo nesta distância face à última participação numa meia maratona. No entanto, acho que só posso estar satisfeita por ter conseguido terminar e ter ultrapassado algumas das dificuldades associadas ao facto de estar mais em baixo de forma devido à constipação/gripe/bicho mau.

Venha agora a próxima prova que será a estreia na Corrida da Água, já no próximo Domingo. E vocês? Qual será a vossa prova?

Bons treinos e boas provas!

Fiona

06/10/2013

A minha estreia em meia-maratona com pit stop

"E está feita". Se há expressão que pode resumir a prova de hoje, é esta.

Esta prova é, para mim, a "besta negra" das provas de estrada em que já participei. Estreei-me na meia-maratona neste trajecto, em 2011 e 2012 fi-la sempre com tempos sofríveis e com uma quebra brutal de ritmo do quilómetro 15 para a frente. Hoje não foi excepção. 

Apesar de ter começado sem sinal de GPS, deu para controlar o tempo bastante bem desde o início e cheguei a Santa Apolónia, perto dos 12km, com 1h03m. 

A partir dai, resolvi asneirar. 

No abastecimento de retorno, este escriba teve a brilhante ideia de provar um gel que nunca tinha experimentado, fornecido pela organização. Como isto poderia não ser suficiente para colocar a parte gastro-intestinal da minha pessoa com distúrbio de hiperactividade, resolvi juntar um belo de um quarto de laranja um pouco mais à frente. Estávamos nos 15km, estava confiante, com 1h16m, dois minutos abaixo da milestone programada para os 15k, ia fazer 1h48m se apertasse um bocadinho no fim, era só controlar o ritmo... 

DING DING DING UOIOOOOO UOIOOOOOO BONG BONG BONG!

(as onomatopeias acima são o meu alerta gastro-intestinal)

Estava tramado. Tinha que parar. Olhando para a esquerda e para a direita, não via uma moita, um arbusto, um café, nada... até que, por milagre, vejo a aproximar-se de mim isto (na verdade eu estava a correr, mas era difícil ter a noção do facto):

Atirei-me lá para dentro, fiz o que tinha a fazer e sai. Olhei para o relógio, já estava com uma passada de 08min/km e pensei "bom, como isto está  correr tão bem, agora só me falta ser atropelado pelo queniano mais apressado da Maratona". Entrei outra vez no pelotão, passada de 05:20, sensação de estar a ver pessoas que já tinha ultrapassado, vislumbrei um bocado ao longe um colega de equipa e resolvi apanhá-lo, coisa que de facto fiz... mas aos 20km. Decididamente o corpo já tinha desligado, amuado por eu insistir em levá-lo para uma zona que ele não gosta (Expo até Santa Apolónia) e corri apenas com a cabeça e a ideia de chegar a casa o mais depressa possível. 

Acabei com 01h51m38s,o que, apesar de tudo, ainda consegue ser a minha melhor marca nesta prova. 

O regresso a casa também não foi dos mais fáceis, com uma sensação de desgaste bastante grande. 

Já perfeitamente recuperado, posso dizer que decididamente, paga-se caro sair da rotina de abastecimentos programada. Hoje posso ter tido os 15km iniciais mais confiantes nesta meia-maratona, mas coloquei de certa forma a humildade e precaução de lado em momentos cruciais da corrida. 

04/10/2013

Considerações técnico-tácticas para Domingo

Como uma meia-maratona não são 10km e mesmo indo fazer a minha 14ª meia-maratona, sinto a necessidade de ir com um plano minimamente estruturado. Assim, tendo por objectivo a marca de 01:50, vou com os seguintes milestones em mente:

Optei por colocar uma folga de 45 segundos, devido às peculiaridades desta meia-maratona. Da minha experiência pessoal, sempre parti preso nesta prova, sempre demorei a encontrar um ritmo óptimo e só lá para os 10k é que entro em velocidade de cruzeiro. A espera na ponte tem a sua quota parte de responsabilidade e talvez também a irregularidade do percurso.

Para os estreantes da prova rainha, desejo que desfrutem ao máximo e estou certo que será uma prova espectacular para todos. Comparada com a Maratona Seaside, o percurso é mais facil, mais agradável e é expectável que esteja muito mais público a aplaudir. 

Se virem um Pernas de Gafanhoto minorca com o dorsal 7783, digam olá. :D