Corre mais rápido!

Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...

31/03/2014

BES RUN Challenge - Etapa de Cascais - Um report diferente

E porque este é um report diferente? 

Porque nenhum dos dois que aqui vos escreve, pode participar na primeira etapa do BES RUN Challenge deste ano que teve lugar na manhã de hoje em Cascais. 

A prova de hoje pela escrita da Fiona

Fruto da lesão que me apareceu, desta feita, no joelho esquerdo (mas que espero que já se tenha ido de vez!) não pude estar presenta na primeira etapa do BES RUN Challenge de 2014, que hoje aconteceu em Cascais, numa distância de 12,195 km. Vou confessar-vos que, apesar de ser sempre muito positiva, tentar ver sempre as situações como um copo meio cheio e de tentar sempre ver algo de bom naquilo que me acontece, confesso que fiquei triste por não poder ter estado presente na prova de hoje em Cascais. Se houve provas em que no ano passado me deu um verdadeiro gozo estar presente foi nas três etapas do BES RUN Challenge. Boa organização da HMS, excelente espírito entre todos os participantes e três locais lindos para correr: Cascais, Sintra e a minha amada cidade de Lisboa. Tive pena de hoje não ter podido calçar os ténis e estar na linha de partida na Baía de Cascais, mesmo com o dilúvio que caiu nesta manhã. Mas a recuperação e o cuidado necessário assim o exigiram e tive mesmo de ficar por casa. Não corri o risco de me atrapalhar com a mudança da hora e ter perdido o início da prova em Cascais (espero que não tenha acontecido isto a ninguém!). Deu-me uma certa nostalgia por ver as fotos que já foram partilhadas na página da prova mas pronto... Fico a aguardar ansiosamente pela prova em Sintra daqui a sensivelmente um mês na esperança de poder fazer aquele belo percurso e desfrutar do bom que é correr na serra de Sintra.
Muitas vezes, quem pratica desporto, tem de fazer as suas escolhas e ter o espírito positivo de suportar as contra-curvas que podem surgir no nosso percurso e fazerem-nos ter de ajustar o rumo para novos desafios e novos períodos de treino ou de descanso, se tiver de ser caso disso. O desporto é mesmo assim: de constante adaptação a novas condições e a novas situações e com as quais devemos aprender para que o futuro seja aquele que mais desejamos. E eu quero estar na próxima etapa em Sintra!

A não-prova de hoje pelo bluesboy

Antes de mais, se estão lembrados, este escriba era para ir à prova. Ate Sábado, estava mentalizado que lá teria que sofrer correr os 12.195mts da primeira etapa da Bes Run. Mas Sábado de manhã foi dia de ecografia e raio x ao pé, logo pelas 08:30, o que, depois de uma semana de trabalho, não possibilitou o já tradicional sono reparador de Sábado. Em relação à ecografia, embora ainda tenha que ser vista pela médica hoje, detectou-se de facto um pequeno nódulo na base do calcano, na aponevrose plantar, o que corresponde àquela parte mais "crocante" que sinto quando Miss Wilson se rebola lá em baixo (nada de comentários maldosos, minha gente :P). O médico que me fez a ecografia afiançou que se trata de algo que, embora apresente alguma cronicidade, é perfeitamente reversível com treino orientado. Todo o resto da fáscia não apresenta qualquer inflamação, o que vai de encontro ao facto de já não sentir dor quando me levanto após longos periodos sentado ou mesmo quando corro.

Há lá estádio mai lindo?


A maldição do nº7 em Alvalade mantém-se, com este Izmailov luso.
Feita a ecografia, o resto do dia foi passado na ronha, com um crescendo de calanzice, muito por causa do cansaço acumulado de trabalho que já tenho... acho que já entrava de férias hoje... Pensando melhor na logística da prova, levantar-me novamente cedo, ir de carro para Cascais, correr 12 km, voltar para casa lá pelas 13h... ainda por cima sabendo que iria inflingir a regra dos 40 minutos por treino indicada pela médica, achei melhor não ir. Talvez tivesse feito a prova em boas condições... até porque fiz um treino de 6km ontem sem queixas a meio da tarde. Mas o cansaço e o receio de agravar a lesão falaram mais alto. Acho que tomei a decisão correcta.

Para compensar minimamente o cansaço, dei um ligeiro pontapé no marasmo com um treino de 6 km na Quinta das Conchas com último quilómetro à queniano. Uma espécie de semi-Bes Run de Cascais.








27/03/2014

Correr com (o) medo

Ontem foi dia de fazer 7,5km em ritmo um pouco mais vivo do que o habitual (que nos dias que correm anda pelos 05:30) e testar a froma para a BES Run de Cascais (12,195m). Do início ao fim do treino fui sempre atento ao pé esquerdo, à espera de alguma dor, mas apenas senti as habituais picadas, muito leves, sinal de que a fasceite anda por ali, embora muito menos inflamada. O receio de regresso da lesão está sempre lá... embora os factores que a possam ter causado estão, neste momento, totalmente eliminados. Nada de quilómetros em excesso, alongamentos são uma constante, a acção massajadora de Miss Wilson embora não tão frequente, vai sendo feita e a habitual besuntadela de Voltaren à noite é já sagrada.

Sábado é dia de ressonância magnética e raio-X, nos quais nem me admirava se não aparecesse qualquer indício de lesão.

24/03/2014

Sair de uma rotina para entrar noutra

Passeio de bicicleta de 30k este Domingo - uma boa alternativa aos treinos longos

Nas últimas semanas o meu grande objectivo consistiu em reduzir as cargas de treino para permitir a recuperação plana da fasceite. Praticamente já nem sinto qualquer moinha no pé, mas acabei por me habituar a esta rotina de 2 / 3 treinos por semana, com o mais longo a nunca ultrapassar os 40 minutos.

Assim, esta semana a minha actividade desportiva resumiu-se a isto:
Dois treinos de 5k de corrida e um passeio de bicicleta de 30k

O grande destaque vai para os 30km de bicicleta Alvalade - Terreiro do Paço - Quinta das Conchas - Alvalade. Não me apetecia fazer "mais um treino de 8km", mas por outro lado, 10km de corrida numa semana era manifestamente pouco. Vai dai, toca de fazer 30km de bicicleta ontem à tarde, em modo turista.

Com uma correcta regulação da altura do selim, já não pareço um gorila a andar num triciclo, o que traz evidentes reflexos na eficiência da pedalada, tendo terminado estes 30km muito mais fresco do que os 27km de há um mês.

Com este passeio, fica a intenção de incorporar mais passeios à beira rio, sobretudo a partir do momento em que a ciclovia seja alargada de Santa Apolónia ao Cais do Sodré, o que vai permitir ir, sem problemas, até Belém.
Parque Vale do Silêncio

Entre o Parque das Nações e Xabregas
  
United Colours of Xabregas



Vale do Silêncio


Com o aproximar do Bes Run Challenge Cascais (12,195 km), vou procurar aumentar um pouco a quilometragem esta semana para completar essa prova o mais confortável possível.

Boa semana a todos!


23/03/2014

Ainda bem que não tenho três joelhos...

Devem estar aí desse lado a pensar que aqui a Miss Fiona deve ter ficado louca por estes dias... Mas o título deste post reflecte aquilo que tenho pensado nos últimos dias. Ainda bem que não tenho três joelhos pois, se tivesse, garantidamente ele também teria direito a levar com umas agulhas na fisioterapia.

Fez esta 6ª feira duas semanas que o joelho esquerdo resolveu dar um sinal da sua graça e dizer que também queria experimentar agulhas e receber miminhos na fisioterapia. Numa primeira abordagem, pensou-se que não fosse necessário recorrer novamente à técnica de EPI (de que falei aqui) mas isso não se veio a confirmar, infelizmente. Na passada 4ª feira, lá regressei eu à fisioterapia para fazer mais um tratamento, desta feita ao joelho esquerdo. E o que me doeu, senhores! Pelo que surge na ecografia, a inflamação parece bastante mais reduzida do que aquela que inicialmente me levou à fisioterapia em Janeiro mas que deu para doer, lá isso doeu! 

Seguiu-se um treino ligeiro na 6ª feira no Jamor que inicialmente estava previsto ser de 40 minutos a rolar a ritmo lento em relva. Para além do verdadeiro dilúvio que decidiu assolar a cidade de Lisboa na passada 6ª feira ao final do dia, o meu joelho começou a dar sinal de si em torno dos 20 e poucos minutos de treino e achei melhor parar para não estar a esforçar demasiado o joelho. Hoje fiz novamente um treino em relva, desta feita de 40 minutos. Deu para rolar, a ritmos entre 6:30 e 7:00, tudo bem controlado para não esforçar o joelho e este menino hoje portou-se muito bem. Amanhã espera-me mais um tratamento de EPI ao final do dia e vamos lá ver se não é preciso mais nenhum.

Wish me luck!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

18/03/2014

Mini Maratona de Lisboa - report by Fiona & bluesboy

Conforme planeado, o recém criado Departamento dos Atletas Lesionados dos Pernas de Gafanhoto mancou correu ontem a Mini Maratona de Lisboa. Uma prova com elevada aderência (não fosse o piso maioritariamente alcatrão) e, este ano, com muito calor.

A epopeia vista pelo bluesboy

Passados seis anos, voltar a fazer esta prova fez-me lembrar a minha segunda corrida, a mini de 2008 (da t-shirt de algodão verde alface), do tempo nublado e a prova em que percebi que curtas distâncias já me sabiam a pouco e havia que treinar para uma Meia (que fiz em Setembro desse mesmo ano, em 01:57:02).

Em 2014 regressei a esta prova, pelas limitações que a fasceite presentemente me impõe. Foi uma decisão acertada, em que, passados quase dois meses, voltei ao convívio pré prova com os bravos Pernas de Gafanhoto que fizeram a prova principal. Em conversa com dois deles, fiquei a saber que a fasceite plantar é algo que também já atingiu insectos como nós e que a recuperação passa por esquecer as meias maratonas durante uns meses, alongar, voltarenizar e reduzir a quilometragem. Nada de novo, para mim, mas é sempre reconfortante saber que vamos na mesma direcção de casos de sucesso já confirmados.

Depois de no ano passado ter pulverizado o meu record na meia (01:43:36), este ano, sem a pressão do tempo e do respeito que os 21kms impõem, pude apreciar mais a envolvente da prova e o facto é que mesmo na mini, dá gosto correr na ponte. Deu também gosto correr sem dores ou queixas significativas (embora a fasceite esteja cá) e perceber que consigo, neste momento, fazer quase 15kms distribuídos por dois dias (treino 7k no Sábado e 7.84 da mini no Domingo) e começar a semana de trabalho sem dores no pé. O importante agora, creio, é manter a disciplina de alongamentos e a redução de quilómetros, para não deitar por terra a recuperação até agora feita.

Pés. Pés everywhere...

Os meus Asics GT1000, já a  a passarem da fase de rodagem

Já após o fim da prova, à esquerda os participantes da mini,
à direita os bravos e intrépidos corajosos da meia

A epopeia vista pela Fiona

Também Miss Fiona passou pela mesma Mini em 2008 e posso dizer que bastante desfrutei dessa prova, a primeira passagem sobre a Ponte 25 de Abril fora de um veículo de quatro rodas. Boas recordações dessa prova que mais foi dedicada à observação e à fotografia do que propriamente às corridas e a contagem de ritmo...

Passados seis anos e fazendo agora parte dos Pernas de Gafanhoto com patinhas coxas, fiz esta prova em companhia do bluesboy o que, mais uma vez, se veio a revelar uma excelente opção dado que controlámos bastante bem a passada e conseguimos puxar um pelo outro quando é preciso. Esta foi a minha primeira prova de 2014 dado que estava arredada destes meios desde a São Silvestre de Lisboa em que comprovei que a minha lesão no joelho direito era mais grave do que inicialmente eu pensava. 

Foi muito bom regressar ao convívios dos colegas Pernas e encontrar aqueles corredores do grande pelotão português por quem já se nutre amizade. Foi muito bom poder voltar a passar uma linha de partida com o desejo de fazer uma boa prova. E que primeiros 5km foram os desta Mini...



Viram bem os tempos realizados ao quilómetro no início? O pior foi quando o sr Dom Joelho Esquerdo achou por bem dar um sinal de sua graça e dizer que estava ali e que eu não lhe estava a ligar nenhuma. Conforme descrevi no meu post anterior, parece que, como forma de defesa no lado direito, acabei por desgastar o lado esquerdo e parece que agora o joelho do corredor de mudou de lado. É regressar à fisioterapia e tratar deste joelho. E ficar também contente por ter apenas dois joelhos pois, caso tivesse um terceiro, garantidamente esse também não se escapava de dar nas vistas... Adiante! Os últimos quilómetros desta prova foram feitos a um ritmo mais baixo mas ainda houve pernas (e ausência de queixas!) para um sprint final e cruzar a meta pouco mais de 46 minutos após ter deixado a Praça da Portagem. Foi muito bom regressar apesar da dor. Foi muito bom estar de novo entre outros corredores e entre os colegas de equipa.

A prova em resumo pela perspectiva de Miss Fiona

E foi muito engraçado constatar que os meus ténis que usei na prova de ontem foram, provavelmente, um dos modelos de maior sucesso a avaliar pela quantidade de pessoas que já me disseram que se lembram de ter avistado uns ténis assim durante a prova... Só eu!

Os quatro pés dos escribas

16/03/2014

Parece que ainda não é desta...

Andava eu aqui feita papoila saltitante, toda contente, porque parecia que a lesão se tinha ido embora de vez... Mas não, parece que ainda não foi desta que me livrei de andar feita pata choca. Fez esta 6ª feira uma semana, estava eu em pleno treino no Jamor, tendo previstos 55' de corrida lenta quando me começa a dar uma dor esquisita no joelho esquerdo. O meu outro joelho que tinha estado sossegado até agora. Aquele que nunca se tinha lembrado de dizer "estou aqui!". Parei algumas vezes para fazer alongamentos da banda iliotibial (porque algo me fazia lembrar as dores que tinha tido no joelho direito desde Novembro) mas fui obrigada a parar em torno dos 40' de treino. Paciência! Achei que não valia a pena estar a arriscar. Fiz anti-inflamatório em pomada, muita massagem com o famoso rolo de auto-massagem de que falei aqui e descanso.

Depois de três dias de descanso, decidi testar sua excelência senhor joelho num treino na 4ª feira, já com vista à mini maratona a ser realizada hoje. Fiz 4,77 km em pouco mais de 28 minutos. Posso dizer que fiquei muito contente com o treino do ponto de vista do tempo e distância feita. Mas o joelho doeu... Sim. A dor continuava por cá e decidi então regressar o Gabinete da Fisioterapia do Desporto para avaliar o que se passava agora com o joelho esquerdo. E tal como eu suspeitava... Fruto de ter andado a defender o joelho direito que andava lesionado desde meados de Novembro, acabei por forçar o joelho esquerdo e tinha agora uma ligeira inflamação no ponto de inserção da banda no joelho. Fiz logo um pequeno tratamento e arrisquei hoje. 

Mas a dor continua cá... Parece-me que vou ter de ver este joelho com mais atenção e parece que as agulhas são capazes de regressar... E era isso que eu não queria... Damn!

13/03/2014

Normalização de dados - uma explicação estatística (parcial) para a lesão

Como (quase) tudo na vida segue uma distribuição normal, lembrei-me há dias de normalizar os meus dados de corrida para perceber até que ponto houve um desvio da norma nos últimos tempos. Mesmo sem tratar os dados, era já evidente que o aumento de quilómetros trouxe uma sobrecarga ao corpo, o que, com o stress no trabalho, fez soar o sinal de alarme lá para meados de Dezembro.

Recordando os factores que acho que tenham levado à lesão:
  1. Sapatos com quilometragem a mais;
  2. Não ter alongado nem antes nem depois dos treinos / provas;
  3. Sobrecarga de treinos por tempo prolongado;

Assim, após a médica na Segunda-feira me ter falado em 40 minutos como duração máxima nos próximos treinos, meti mãos à obra e trabalhei os dados.

De Março/2012 a Março/2014 os meus dados médios e de desvio-padrão são os seguintes

(Valores médios para os três parâmetros analisados, N = 284)
O que me agrada aqui é sobretudo a distância média semanal em treinos+provas andar pelos recomendados 40 minutos.

Evolução dos três parâmetros ao longo dos últimos dois anos - dados normalizados
A evolução mensal já começa a dar algumas pistas sobre uma das causas do asneiranço quilométrico. Mesmo a olhómetro, é notório que não só houve um abuso dos quilómetros e número de treinos, como esse abuso foi feito de forma brusca e prolongou-se durante três meses (quase ininterruptamente). Houve um periodo semelhante, de Fevereiro/2013 a Maio/2013, embora sem um aumento tão brusco e no qual estava a usar sapatos novos, com tempo ameno e a seguir um plano de treinos estruturado para a meia-maratona. O último trimestre de 2013, por oposição, foi feito com tempo frio, sem o devido aquecimento, com sapatos com 600 a 700 km em cima e procurando apenas acumular quilómetros.

Na tabela em baixo, agrupando os dados semanalmente, é ainda mais facil ver como se prolongou a falta de juizo. É notório que no primeiro trimestre do ano, houve ali uam semana, de 25/03/2013, que serviu de descanso após seis semanas de registos acima dos 80% em todos os parâmetros à excepção do tempo médio de treino. Já no último trimestre de 2013, o esforço prolongou-se por 12 semanas, apenas com uma abrandamento ligeiro a 07/10. Convém também recordar que foi em Outubro que fiz jornada dupla em dois fins de semana. 

Claro que estes dados - quilómetros e treinos feitos - por si só, não chegam para explicar a fasceite. Mas este factor, pode, à partida, ter tido uma contribuição mais significativa do que estaria à espera.

Nos próximos tempos o plano será manter um esquema de treinos equilibrado, sempre em torno dos 50% no três parâmetros, à excepção das semanas em que participe em provas.


Distribuição normalizada - evolução semanal

11/03/2014

Notícias da fasceite

No seguimento do meu post anterior, consegui cumprir durante esta semana o que me tinha proposto:

  • Três treinos (de 5, 7 e 12,5km) servindo como teste para a Meia-maratona;
  • Os alongamentos e mezinhas já descritas no post anterior;
  • A consulta de ortopedia (ontem);
Treinos
Sobre os treinos, não há muito a dizer. Não tive queixas durante os mesmos, apenas nos alongamentos feitos imediatamente a seguir. No treino mais longo, de Domingo, estava à espera de algumas dificuldades a nível do pé, mas acabei por as ter pela falta de forma física. Alongar logo de seguida é bastante útil, pois nota-se claramente que os tendões e a fáscia estão bem quentes o que facilita de sobremaneira a sua distenção (a sensação acaba por ser semelhante a esticar um elástico).

Alongamentos
Continuei esta semana com alongamentos dos gémeos, pé e algum fortalecimento do core, com pranchas. Uma das causas que creio estar na origem desta lesão é alguma preguiça em educar a minha postura quando corro. Tentar fortalecer o core pode ajudar a enviar menos tensão para as pernas e pés.

Consulta ortopedia
Ontem fui pela primeira vez à CUF Alvalade, clinica com muitas valências de medicina desportiva, situada, naturalmente, no grande Estádio de Alvalade.

Tive consulta com a Dra. Rita Carvalho Silva, que me pediu para fazer uma radiografia e uma ecografia ao pé, a fim de verificar se se trata mesmo de uma fasceite.

Abordámos as possíveis causas e tratando-se de uma lesão de impacto cumulativo é sempre difícil estabelecer uma causa isolada. De qualquer forma, estou no caminho certo, no sentido de reduzir a quilometragem, ter trocado de sapatos, aplicar Voltaren gel no pé e alongar com frequência. O repouso, nestas lesões, é também essencial.

Em termos de actividade física, apenas tenho a restrição de não correr mais do que 40 minutos, o que deita por terra a participação na meia maratona de Lisboa. Assim, passados seis anos, vou voltar a fazer a mini, em ritmo de passeio, desta vez na companhia da Fiona.

Farei os exames pedidos lá para o fim do mês e até lá o meu plano é efectuar treinos muito ligeiros na casa dos 5 a 7 km, alongar e fortalecer o core.



10/03/2014

Território - Circuito Centro - Vila de Rei - K25 - Report by Pedro Moita

Começo já por dizer... melhor, só se tivesse feito os 67 km... mas as pernas ainda não aguentam!

Tudo começou numa conversa de facebook, com um casal amigo que mora em Vila de Rei... já estava-mos para lá ir passar um fim de semana à bastante tempo... conversa puxa conversa... e surgiu esta prova como ideia... aliando um fim de semana com amigos com trilhos pelo meio! 
O Carlos (o meu amigo de VR), é também mentor de um projecto ligado à corrida em VR, o Vila de Rei - Night Runners. Que a poucos e poucos vai tento cada vez mais adesão... só tenho pena de não conseguir ir  um treino deles.

As semanas foram passando e chegou finalmente o dito fim de semana... arrancámos na sexta para cima mais propriamente para Milreu, que fica a poucos km's de VR.

Sabado de manhã, eu e o Carlos por volta das 8h já estávamos a caminho de VR para levantar os dorsais com algum tempo, para confraternizar um pouco e aquecer... pensava eu... mal chegámos o Carlos diz que vai beber agua a uma pastelaria ali perto... e eu reparo que não tenho o meu saco da agua... boa Pedro!!! Lá tive que voltar a casa e fazer o aquecimento no carro, de forma a tentar não chegar atrasado... felizmente consegui chegar uns 5 minutos antes do sinal de partida! Quando lá cheguei, já se encontrava o Carlos com o irmão André, que também pertence aos Vila de Rei - Night Runners no controlo 0.

Deu-se então o sinal de partida, e lá fomos os 3 no meio da multidão. 
Os primeiros metros foram feitos pelo meio das ruas e ruelas de Vila de Rei, mostrando um pouco da magia desta vila.
Por volta do 1º km começaram finalmente os trilhos... passámos alguns riachos, desviámos-nos de árvores, e enganámos-nos no caminho... tudo a voltar para trás! Erro nosso... ao tentar passar o riacho, não vimos a indicação do percurso, que até estava bem visível. Mas nada de grave, foram apenas alguns metros.

Por volta do km 2.5, começou umas das maiores subidas de todo o percurso, ia-mos em direcção ao Centro geodésico de Portugal, mas como ainda vínhamos com alguma frescura, esta parede, até se fez com alguma tranquilidade. 

A partir daqui o percurso foi praticamente sempre a descer até ao km 8. Mas antes, por volta do km 5/6, mais uma distracção, e mais um engano no percurso... mas foram igualmente apenas algumas dezenas de metros.

 


Esta foi a parte mais tranquila do percurso, por entre estradões de terra batida e alguns trilhos mais largos, tentamos ganhar algum ritmo ,não muito, pois ainda havia bastante para subir.


A partir do km 8, começámos a subir para o 2º ponto mais alto de todo o percurso e o que vos posso dizer, é que a frescura que sentimos ao subir para o Centro geodésico de Portugal, já se tinha ido... e para ajudar ainda mais um pouco, para alcançar-mos o topo da subida, tínhamos uma parte bastante técnica. Mas ao chegar ao topo, rapidamente esqueci tudo o que tinha acabado de subir e fiquei a "babar-me" para a paisagem fantástica que nos rodeava... de cortar a respiração!!





E foi a partir daqui que começou toda a diversão! Como tudo o sobe tem que descer, lá fomos nós encosta a baixo, começámos a dar de caras com cascatas e riachos escondidos ali no meio da natureza... ora tínhamos que atravessar para um lado, ora para outro. 





Tenho que reconhecer que por vezes o percurso teve partes com algum risco elevado, devido a ser bastante escorregadio... e uma queda ali pode ser fatal. Mas adorei, na altura a única coisa que sentia era felicidade por ali estar naquele momento, a apreciar e a viver toda aquela paisagem, todos aqueles momentos... sentia-me uma criança novamente... tanto que até tivemos direito a escorregas naturais!!!


Descemos e descemos... praticamente sempre ao lado dos rios e cascatas que por ali existem. Voltámos a apanhar alguns estradões de terra batida, passá-mos a separação dos dois percurso (ficando com vontade de no próximo ano fazer os 67km...). Alternadamente apareceram algumas cãibras aos 3, mas felizmente desta vez nada de muito grave, apenas me queixei já próximo do km final, mas rapidamente passou! Voltamos a subir em direcção a Vila de Rei... mas mais uma vez junto a mais um rio e a outras tantas quedas de agua... tivemos mais algumas partes um pouco mais técnicas, feitas devagarinho... e finalmente, Vila de Rei!!












Percorremos novamente ruas e ruelas de VR até à meta... e mais uma vez, uma grande felicidade, sensação de dever cumprido, de superação de mais um desafio!!







Só posso dizer que quero repetir... quero fazer os 67 km! Na parte da tarde, fomos passear um pouco pelas redondezas e o Carlos mostrou-nos alguns dos locais por onde passava a prova maior... e eu cada vez mais com "inveja" de quem por ali passou ou ia passar... a Aldeia de Xisto lindíssima de Agua Formosa, onde ainda demos força a alguns atletas! Tenho que aumentar os treinos... ganhar mais e mais km, pois em 2015, esta não me pode escapar!!!

Obrigado aos Vila de Rei - Night Runners por me terem acolhido e acompanhado a prova toda! Foram uma companhia do melhor! Ficou prometida uma vinda deles para fazer uns trilhos na Arrábida... :-)

No meio disto tudo a única falha mesmo, foi que as respectivas meninas (minha e do Carlos), enquanto nós corríamos, dormiam... aceitam-se dicas para o chamamento dos trilhos... como convence-las? :-P

Ps: Algumas das fotos foram retiradas do facebook do Horizontes, e outras do site da CM de Vila de Rei

09/03/2014

E o que ando eu a fazer por estes dias?

Para além de andar sempre em modo "correria de um lado para o outro" para me dividir entre as mil e uma tarefas que tenho para fazer todos os dias, decidi também apostar mais nesta minha paixão, que é a corrida, e começar a encarar os treinos com maior seriedade, método e empenho.

Eu sou uma pessoa que fala pelos cotovelos. E como conversa puxa sempre mais conversa, no decorrer de um dos tratamentos que andei a fazer o Gabinete da Fisioterapia do Desporto e como forma inteligente do meu fisioterapeuta de distrair do tratamento e das picadas das agulhas, veio à conversa o GFD Running. E basicamente foi assim a pergunta... "Que dizes que te juntares ao GFD Running? És rapariga para te dares bem por lá!". E foi assim que o meu fisioterapeuta me introduziu a este conceito criado pelo GFD. Mas perguntam vocês... O que é isso do GFD Running?


Vou então passar a explicar...

Para muitos dos que fazem participações regulares em provas de corrida, já não deve ser totalmente desconhecida a camisola azul com letras brancas que é o equipamento da equipa do GFD Running. Até porque os atletas do GFD até costumam ficar bem classificados nas provas em quer participam. Este conceito traduz-se no treino de corrida dirigido para a prevenção de lesões. Está disponível acompanhamento técnico com provas dadas na fisioterapia, metodologia de treino e prática de atletismo desde há vários anos. A participação do GFD Running inclui o seguinte:
- Consulta de prevenção de lesões 
- Consulta técnica para identificação de objectivos e do plano de treinos personalizados
- Seguro desportivo
- Consulta de nutrição
- Três treinos semanais (Jamor e Belém), com acompanhamento de fisioterapeutas para reforço muscular em dois destes treinos
- Uma massagem por mês
- Descontos em tratamentos de fisioterapia

Eu fiz uma análise de prós e contras daquilo que poderia ser uma mais valia para mim e acabei por me decidir a aceitar o convite feito pelo meu fisioterapeuta. Ainda fiz apenas dois treinos conjuntos com o GFD Running mas tenho gostado bastante do espírito. Acho bastante interessante haver uma preocupação com tudo o que está em torno da corrida, como seja a componente nutricional e a componente de saúde, que faz com o que se consiga uma prática muito mais saudável e cuidada daquele desporto que tanto prazer me dá. Gosto também da possibilidade de ter um treinador presente que me esclarece todas as dúvidas quanto ao treino e à minha evolução.

Agora é só estar empenhada e motivada que, de certeza, os resultados irão aparecer. E rezar para que as senhoras donas lesões não me voltem a chatear tão cedo porque... Muito sinceramente... Já tenho muitas, muitas saudades de correr sem quaisquer limitações!

Dentro em breve dou mais notícias sobre a minha participação no GFD Running! Se quiserem saber mais sobre este programa, podem também consultar a página no Facebook

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

06/03/2014

É malhar enquanto o ferro está quente

E lá fiz ontem o treino de 5 km ligeiro (a 05:30) para testar o pé esquerdo.

Isso, alooooonga


Sintomas

Até aos 2,5km não tive qualquer queixa. A partir dai uma leve moinha e uma ligeira dôr no calcanhar começou a aparecer no pé.

Mal parei, alonguei imediatamente a seguir e pude sentir a fáscia e os gémeos a esticarem.

Ao chegar a casa, já com algumas dores, complementei com bastantes alongamentos, massagem com bola e para finalizar rolei o pé na já clássica garrafa congelada.

Hoje de manhã, estava à espera de acordar com dores, algumas pontadas logo pela manhã, mas... nada disso aconteceu. Apenas aquela leve impressão e algumas picadas nas partes excêntricas do pé, especialmente quando estive parado, em pé, no metro. 

E agora?
Continuo a achar extremamente estúpido fazer a Meia-maratona de Lisboa a 16/03 se não registar melhorias. Embora ainda falte pouco mais de uma semana e o meu optimismo incurável me faça pensar ser possível fazer a prova, tudo vai depender de como me sinta num treino amanhã e no longão planeado para o fim de semana.

Como esta lesão já dura há mais de um mês, penso que é sensato ser visto por um médico. Assim, já marquei consulta para ortopedista especializado em medicina desportiva já para esta Segunda-feira para, pelo menos, avaliar até que ponto a "terapêutica" que estou a seguir é a correcta e também para despistar um diagnóstico mal feito pela minha pessoa.



04/03/2014

Mês de Março... Please be good to me!

O mês de Março ainda agora começou e eu já estou a ser exigente com ele...

Mas a vontade de poder regressar aos treinos anda já por aqui há tanto tempo que mal posso esperar para manter a regularidade na acumulação de quilómetros ainda que, por enquanto, esta acumulação esteja a ser feita de forma muito ponderada de forma a que não existam recaídas da lesão que me tem acompanhado nos últimos meses.

Ontem foi dia de rumar ao Jamor, no final de um dia de trabalho, para dar corda aos ténis e ver como me portava no regresso (lento) aos treinos. A ideia seria fazer cerca de 60 minutos em ritmo progressivo. Acabei por não fazer os 60 minutos mas andei lá muito, muito perto. Foram 56'20'' para fazer pouco mais de 8,6 km. Foi muito bom poder andar a deambular por aqueles caminhos. Foi muito bom volta a calçar os ténis e a ver o meu Garmin apitar a cada novo quilómetro acumulado.

Percurso realizado no treino

Resumo contabilístico do treino

Fiquei surpreendida por conseguir correr quase a totalidade dos 60 minutos. Ficou mais do que claro que a forma está longe do que era no final do ano passado mas nada que o trabalho ponderado e continuado não faça regressar. Há sempre que ter muito presente e ter cuidado para não haver recaídas na lesão. O joelho, tanto na parte lateral externa como na parte de trás, apresentou apenas uma ligeira dor, um pouco naquela de se mostrar e dizer "estou aqui e não te esqueças de mim!". Também houve alguma dor em lesões antigas mas não quero querer que se trata de recaída mas mais que se fica a dever do longo tempo parada e do tempo mais frio. 

O que se quer agora é muito espírito positivo e que o mês de Março seja muito, muito bom para mim, a marcar o regresso aos treinos regulares e às provas de que tanto gosto!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

03/03/2014

Notícias da fasceite (alongar quatro vezes ao dia nem sabes o bem que te fazia)

Conforme prometido, venho partilhar com a blogosfera corredora o meu boletim clínico.
Miss Wilson

Desde a passada 2ª feira intensifiquei os alongamentos e outras macumbas e rezas para a eliminação da fasceite plantar, mau-olhado, inveja, pé chato, pé de atleta, azar, impotência calcanhar e insónia da fáscia.

O meu programa diário, consistiu (e consiste no seguinte):
  1. Ao acordar, alongamento da fáscia;
  2. Na parte da manhã, no trabalho, alongamento dos gémeos;
  3. A seguir ao almoço, alongamento dos gémeos e da fáscia;
  4. Chegando a casa, depois do jantar, alongamento da fáscia e massagem dada por Miss Wilson, a minha fisioterapeuta loura e felpuda, seguida de mais alongamentos dos gémeos;
  5. Para finalizar, massagem do pé com uma garrafa com gelo;
  6. Antes de deitar, aplicar uma camada generosa de Voltaren Gel no pé e deixar absorver;
  7. Não correr;

As melhorias são notórias. Onde antes tinha um nó, na parte interiro do pé, junto ao calcanhar, habita agora uma zona sem tensões de qualquer espécie.A elasticidade da fáscia já está muito mais presente, não há qualquer sinal de rigidez no pé. Apenas algumas picadas aqui e ali e uma leve sensação de calor no gémeo esquerdo.

Embora a vontade de correr, seja muita, vou manter-me fiel ao plano de apenas testar o pé em corrida na Quarta-feira, num treino muito ligeiro de 5km.

Darei notícias nessa altura.

Continuação de bons treinos a todos!