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10/10/2018

Review: Mizuno Wave Rider 22 - um filhodamãe dum téni

Há quem mude de ténis / sapatilha (olá amigos nortenhos!) por ver atingido um certo número de quilómetros.

Depois há quem por não os usar, se veja forçado a trocá-los por já terem para mais de dois anos e a borracha estar mais seca e gretada que as mãos de um pescador norueguês em pleno Inverno depois de estar 3 meses na pesca do bacalhau sem Neutrogena na embarcação.

Foi o meu caso.

Dai a pesquisar por ténis neutros foi um pulinho. Podia ter ido pela via mais facil e comprar mais uns Asics Pulse, masachei que daria ainda mais algum tempo aos meus Cumulus e complementaria com uns Mizuno Wave Rider.



Não sendo das opções mais económicas, tenho a dizer que justifica plenamente o preço. Não são saltitões como os Cumulus, mas conferem uma responsividade excelente e apoiam o pé como se quer. No meu caso, como tenho o arco do pé bem pronunciado, os Wave Rider apoiam o meio do pé muito bem.

Quanto à durabilidade, já tive uns Wave Fortis (gama inferior aos Wave Rider) que me chegaram aos 1000km sem desgaste, pelo que é de esperar longa vida a estes.

Estamos pois na presença de uma peça de equipamento filhadamãe. Cumpre tanto que até irrita não ter nada de mal para lhe apontar. Só mesmo o preço.

10/02/2015

Impermeável S-Lab Hybrid Jacket - review by bluesboy

Como parte do segundo pacote de material que a Salomon me enviou para testar, veio este excelente impermeável da série S-lab, o Hybrid Jacket.


Estou a testá-lo desde Novembro e em boa hora tivemos um Inverno bem chuvoso. O impermeável é extremamente leve, tem uma cinta que nos permite despir o casaco em movimento e colocá-lo à volta da cintura sem problemas.

Uma outra inovação prende-se com uma fita de tecido no capuz que melhor permite fixar o dito capuz à cabeça (ou, no meu caso, colocá-lo por cima do boné).


Dos vários treinos que fiz, fica sobretudo a sensação que se trata de um casaco extremamente respirável, o que não diminui a sua impermeabilidade. Embora não garanta que acabemos um treino ou prova completamente secos, este Hybrid jacket consegue atingir um excelente equilíbrio entre a respirabilidade e a impermeabilização.

Pontos fortes:
  • Leve;
  • Ajusta-se na perfeição ao corpo;
  • Capuz com faixa de tecido que evita que o mesmo escape da cabeça;
  • Tecnologia "Quick Stash", qu permite despir e acondicionar o casaco enquanto corremos;
  • Respirabilidade;
Pontos fracos
  • Preço;

O melhor elogio que posso fazer a este impermeável é que por vezes até me esqueço que o estou a utilizar. Mesmo sendo um casaco para trail, utilizei-o maioritariamente em treinos citadinos e trata-se de um excelente investimento para quem corra à chuva muitas vezes (como é o meu caso).

19/10/2014

Corrida do Sporting - crónica a seis pés

O dilúvio leonino visto pelo bluesboy

Foram mais de três meses sem provas, por um bom motivo. Três meses em que os alguns treinos de corrida têm vindo a ser substituídos por treino específico de levantamentos de recém-nascido, agachamentos para lhe mudar a fralda e dar banho e exercícios de força no transporte de banheira generosamente cheia da casa de banho ao quarto e vice-versa. Três meses em que, por inerência dos trabalhos hercúleos acima descritos, finalmente, introduzi fortalecimento do core nos treinos. Não corri foi tanto, mas isso é um pormenor (ou não...).

A Corrida do Sporting, já na quarta edição, decorreu pois faz hoje uma semana, sob condições climatéricas desafiantes: chuva e vento lateral. Nada disso inibiu cerca de 5.000 leões, simpatizantes e atletas de outras preferências clubísticas de marcar presença. Nem mesmo o presidente do clube faltou, estando na partida a cumprimentar efusivamente os atletas. Um exemplo a seguir!

Acompanhei a Fiona e o Mustache na prova, até ao quilómetro 2, altura em que, não obstante o nosso mais recente escriba ter feito uma Maratona na semana passada, imprimiu um ritmo a rondar os 4:50min/km e lá o perdemos de vista, só o voltando a encontrar no final.

A prova correu-se sem sobressaltos, ao ritmo da Fiona, tendo acabado com 01:09:00, o que constitui o meu pior tempo nos 10k, numa marca muito semelhante ao meu record dos 15km.

70 metros roubados no túnel de acesso ao Estádio

Uma melhoria face ao ano passado: a peça de fruta dada no final não é encarnada.

À excepção do ano passado, este ano voltámos a poder entrar no Estádio José de Alvalade e comprovar, mais uma vez, que se trata do mais belo recinto desportivo do Mundo.



A corrida do Sporting vista pelo Mustache

Se há prova que eu faço questão de correr, é a do Sporting. Em 4 edições, fui a 4, o que me dá o título de totalista. Confesso que quando acordei e fui espreitar à janela e vi o vento e a chuva, e pensei na minha namorada deitada na cama, a vontade que tive foi de dizer que estava com dores da maratona do fim de semana passado e ir-me enroscar com ela. Mas Sporting é Sporting, e se ela ia continuar na cama à minha espera, a corrida não ia esperar por mim. Por isso, equipei-me a rigor com a tshirt da prova do ano passado, casaco da chuva e lá arranquei para a corrida.
Tinha combinado ir ter com o Sr. Bluesboy e acompanhá-lo na corrida, e acabei por iniciar a prova com ele e com a Menina Fiona. Como todos tinhamos pulseiras diferentes, decidimos arrancar no final do cordão humano que, mesmo num dia de chuva, não faltou à chamada do rugido do Leão.

A prova começou a um ritmo lento, ainda para mais porque o percurso estreitava em vários locais dificultando a passagem dos atletas. Seguimos os 3 estrada fora até ao km 2, local onde me despedi deles e imprimi um ritmo mais intenso. Sentia-me totalmente recuperado da maratona e depois de um gajo ter feito 42kms, 10 kms não parece quase nada. Arranquei e fui no limite dos pulmões, não fazendo ideia a que ritmo ia. Aos 2kms iamos com 13', acabei a prova aos 50', demorando 37' para fazer 8kms. A verdade é que desde que arranquei não fui ultrapassado por ninguém e isso fez-me sentir bem.

A recuperação da maratona estava concluida e a prova do Sporting também. Para o próximo ano, lá estarei de novo.


O dia em que senti em que me estava a deslocar para a Arca de Nóe

Meus amigos... Mas que dilúvio foi aquele que se abateu sobre Lisboa no fim-de-semana passado? Chuva, chuva e mais chuva... E com direito à cereja no topo do bolo que foi o vento que parecia atacar de todos os lados... A juntar ao sobe e desce dos túneis do Campo Grande, pode dizer-se que a Corrida do Sporting deste ano foi dura, durinha!

Ainda que não pelas mesmas razões que o bluesboy, os últimos tempos têm sido de maior afastamento das corridas e dos treinos. Isto de estudar e de trabalhar ao mesmo tempo acaba por se reflectir em menos tempo livre para aqueles passatempos que adoramos. E a corrida tem vindo a ressentir-se do menor tempo livre que tenho tido nos últimos meses. As prioridades assim tiveram de ser definidas mas é por uma boa causa!

Conforme já dito pelo bluesboy, a corrida foi feita em conjunto com ele e a um passo de caracol muito afastado dos ritmos habitualmente quenianos que caracterizam este rapaz. Eu bem lhe disse para seguir (pois bem vi os seus olhinhos brilhantes quando o Mustache disse que ia seguir...) mas ele adora contrariar-me e decidiu continuar ao ritmo do caracol com os ténis mais fashion de Lisboa e arredores. 

Olha o pé fashion em pleno estádio!!

Esta edição da Corrida de Sporting foi aquela em que fiz maior tempo de prova mas, nesta fase de ritmo de trabalho mais alucinante, mais não posso pedir. Acima de tudo, o que conta é o convívio e poder estar presente numa corrida do meu clube. Venha a próxima!!

14/10/2014

Boné Salomon XA CAP - review by bluesboy

Um dos artigos que a Salomon me enviou para testar foi este boné XA Cap.

Tal como a mochila S-lab (podem ver a respectiva review aqui), a qualidade do boné é notória, mesmo tratando-se de um acessório, a partida, simples.

Características:
  • Tamanho único;
  • Fecho em velcro;
  • Tecido que facilita a eliminação da transpiração;
  • Protecção UV;

Tendo feito a esmagadora maioria dos treinos de Verão com ele, posso sublinhar sobretudo a sua extrema leveza, adequada protecção (mesmo com o Sol a pique, nunca fiquei com dores de cabeça) e o facto da pala do boné ser mais curvada, o que é uma mais valia em treinos de manhã cedo ou ao fim da tarde, em que o sol está baixo. Perde-se um pouco de visibilidade lateral, mas creio que compensa na protecção dos raios solares.

Com a chegada do Outono, tenho também a dizer que já o experimentei com chuva e é igualmente eficaz na drenagem da água em excesso, não empapando e fazendo um escoamento excêntrico (para fora da cara, entenda-se :D).

Resumindo, uma excelente solução para protecção solar e para correr à chuva!

26/08/2014

Mochila Salomon S Lab ADV SKIN HYDRO 5 - review by bluesboy

Com quase 80 quilómetros corridos com a mochila que a Salomon me enviou para testar, a S-lab Hydro 5, já estou em condições de fazer uma review do equipamento.

Notas prévias:

  1. Embora seja uma mochila para trail, fiz a esmagadora maioria dos treinso com ela em cidade / terrenos urbanos, à excepção de dois treinos na Serra de Sintra. 
  2. O treino mais longo efectuado foi de 17 km e o mais curto de 7 km;
  3. Os treinos foram feitos em Agosto, tentando o mais possível que tivessem sido em hora de calor;
  4. Tendo em vista uma maior autonomia, utilizei uma bolsa de água de 2L na mochila em detrimento dos dois depósitos de 0,5L cada um que vêm com a mochila.

Assim que a Salomon me enviou o material para testar, em Junho (mochila, boné e tshirt técnica), ao experimentar a mochila notei imediatamente que se tratava de material de excepcional qualidade.

Conforto
A forma como encaixa perfeitamente no tronco e especialmente nos ombros faz com que nos esqueçamos que temos uma mochila de hidratação às costas. Essa sensação só ficou ainda mais reforçada quando comecei a correr com ela. Em nenhum dos treinos ficou qualquer marca no pescoço (algo comum em mochilas de menor qualidade) ou se acumulou suor em excesso nas costas.





Arrumação
Apesar de ser uma mochila de 5 litros, a S-lab tem boa arrumação. Para treinos / provas até 30km ou mesmo maratona, há espaço de sobra para hidratação, sólidos, chaves do carro e telemóvel. A S-lab traz ainda uma manta de sobrevivência incluída numa discreta bolsa na parte superior da mochila e um apito.Existem ainda dois bolsos abertos na parte traseira, para armazenar abastecimentos sólidos que queiramos alcançar com rapidez.

Hidratação
Como referi, usei uma bolsa de água de 2 litros no compartimento maior da mochila. Embora não tenha usado os dois  depósitos de 0,5 L, estes são um excelente complemento, pois assim a mochila acaba por ter uma capacidade de 3 litros de água, bem distribuídos.

Como em todos os equipamentos, há pontos a melhorar. Penso que a mochila ficaria perfeita se um dos bolsos fosse à prova de água, para levar telemóvel em treinos com chuva torrencial.

Preço
Creio que em Portugal ainda não esteja à venda (pelo menos nos sites online não encontrei, mas existe a possibilidade de contactar um dos revendedores oficiais em Portugal). Assim, estou a apontar para o preço que me surge na amazon.co.uk: 106 €.

Por este preço, sem a experimentar, será que a comprava? Muito dificilmente. Para uma pessoa como eu que acha uns sapatos de corrida acima de 80 € caros, mais de 50 € por uma mochila de hidratação parece, repito, parece exagerado. Mas... se tivesse que devolver a mochila à Salomon após estes 80 quilómetros com ela, compraria uma? Seguramente que sim!

Em resumo, esta é uma excelente mochila de hidratação, que me fez, no último mês, ampliar o raio de acção dos meus treinos. Aventurei-me mais, sabendo que às costas levava um suporte de hidratação confortável e que acompanhava harmoniosamente a passada enquanto corria. Fica a faltar um bolso à prova de água, mas não obstante esse aspecto, a S-lab deixa as normais mochilas de hidratação a milhas de distância.



09/06/2014

BES RUN Challenge - 4ª etapa: Lisboa... Review by Fiona e bluesboy

E pronto... Como tudo tem sempre um fim, por mais que queiramos que não... Teve lugar no último sábado a última etapa do BES RUN Challenge. Em mês de Festas de Lisboa, a última etapa decorreu nesta cidade voltando a trazer à rua muitos fãs de corrida, que parecem ser cada vez mais no nosso País e ainda bem.

A prova vista pela Fiona

Como se costuma dizer, é sempre bom regressar-se aos locais em que se foi feliz e é também muito bom regressar a provas em que já se foi muito feliz. Faz um ano que obtinha o melhor tempo de sempre na distância dos 10 km e, por isso, esta etapa do BES RUN Challenge será sempre especial para mim (pelo menos, até bater o meu recorde de tempo nesta distância...). Conforme já havia escrito na minha antevisão desta prova, não estava a contar conseguir fazer um tempo semelhante ao do ano passado, conforme se veio a confirmar. 

A fase pré-prova teve o habitual ponto de encontro com os colegas de equipa dos Pernas de Gafanhoto, seguido da ida para a área correspondente ao nosso tempo de inscrição na prova juntamente com o bluesboy. Estava previsto fazermos toda a prova juntos pelo que lá foram dois Gafanhotos prontos para conquista a Baixa de Lisboa e a Avenida 24 de Julho com muita boa disposição à mistura. 

Fiz os primeiros 7 km juntamente com o bluesboy mas, a partir deste ponto, ele seguiu sozinho. Ainda que não seja de todo muito habitual acontecer-me isto em prova, lidei mal com o calor que se fez sentir. Quando estávamos a apontar para um tempo sub60 pois, com esta distância de prova, estávamos com uma passada a apontar para este objectivo (que era o meu principal para esta última etapa de Lisboa), vi o calor vencer-me. Nunca tinha sentido isto desta forma. Não sei se estava num dia não para a corrida, não sei se deveria ter optado por um modelo de ténis mais fresco dos que os Asics GT-2160 que tinha calçados... Sinceramente não sei o que se passou. O que é certo é que foi neste ponto de prova que disse ao bluesboy para seguir em frente e conseguir terminar a sua prova abaixo do tempo de uma hora. Por mais que me tenha custado, decidi abrandar e deixar cair por terra o objectivo de regressar aos tempos de sub60. Lá segui em direcção à chegada mas ainda consegui ter pernas para acelerar no final e conseguir atingir um tempo de 01h01'31'' de tempo de chip e conseguir fazer melhor tempo do que na etapa da Costa da Caparica. No meio das coisas menos boas, ainda consegui melhorar o tempo um pouco que é o que me ajuda a olhar para o copo da perspectiva de meio cheio. 

Acho que nunca tinha cruzado uma linha de chegada com um ligeiro sentimento de desilusão quanto à minha participação numa prova como aconteceu no Sábado. Vou ser sincera... Estava à espera de conseguir fazer mais nesta prova. Estava à espera, a avaliar pelos últimos treinos que tinha vindo a fazer, que iria conseguir baixar o meu tempo abaixo dos 60 minutos na distância dos 10 km. Ainda não foi desta... Mas se existe coisa que eu não faço é cruzar os braços ou, neste caso, arrumar os ténis a um canto e conformar-me. Gosto de me superar em todos os campos da minha vida e a corrida não é uma excepção. É por isso que agora é continuar com o bom trabalho que tenho vindo a desenvolver nos últimos tempos, com treinos de corrida regrados e o devido reforço muscular a acompanhar, porque os resultados vão aparecer... Garantidamente!

Resumo de participação na prova:
Tempo de chip: 01h01'31''
Tempo oficial: 01h02'42''
Ritmo médio: 6:16 min/km
Classificação de chip: 2238º
Classificação absoluta: 2238º entre 2777 corredores a participarem na prova
Classificação no escalão: 125º entre 216 corredoras 

A conquista do manjerico vista pelo bluesboy

Tal como à Fiona, esta prova traz-me sempre boas recordações. Foi nela que alcancei um dos meus melhores tempos nos 10k (47:38 em 2012) e é uma prova sempre corrida em ambiente festivo.

Como a Fiona já referiu, fomos juntos até cerca do quilómetro 7, a ritmos que oscilaram dos 05:30 aos 05:54 nos cinco quilómetros iniciais. A primeira metade da corrida foi, a meu ver, soberba e nem a quebra que a Fiona teve posteriormente ofusca o desempenho global de Sábado. Foi bom ver que, mesmo após as lesões, conseguiu fazer sem esforço e em ritmo vivo 5km que, com igual performance na segunda metade da prova apontaria para tempo final a rondar os 59:30.

Quando aos 7.860 metros de prova a Fiona pediu-me para seguir, lancei-me ao tempo sub 60, o que consegui, surpreendentemente sem muito esforço, acabando com um tempo de 58:50, naquela que foi a minha 85ª prova.


Parciais Bes Run Challenge Lisboa 2014 - bluesboy


Ritmos Bes Run Challenge Lisboa 2014 - bluesboy
O belo do mangerico conquistado pelo bluesboy!

02/06/2014

Treino Just Girls - review by Fiona no blog Correr na Cidade

No passado sábado tive oportunidade de participar em mais um treino Just Girls organizado pela crew Correr na Cidade. Conforme é hábito, aqui venho deixar a minha review de participação neste treino mas, desta vez, em moldes um pouco diferentes do habitual... No final do treino, tive o convite do Filipe, um dos membros desta crew, para escrever a review do treino para o blog da crew, o que de imediato aceitei e aqui vos deixo a reprodução da minha review que podem ler no blog Correr na Cidade bem como aceder ao link a partir da respectiva página do Facebook

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"Fui convidada pelo Filipe para fazer a review do treino Just Girls que se realizou, na manhã de ontem (dia 31 de maio) no Parque das Nações, com partida e chegada na loja ProRunner. Como poderia eu recusar este convite?
Esta iniciativa, que já vai na sua 5ª edição, não é novidade para mim. Já tive oportunidade de participar em dois destes treinos e as diferenças saltam à vista face ao início destes treinos. Ainda recordo o primeiro em que participei em que éramos em torno de 20 participantes. Na manhã de ontem fomos cerca de 80 participantes!!! Um salto bastante assinalável que apenas vem demonstrar o crescente interesse pela prática da corrida mas também a evolução que o Correr na Cidade tem vindo a demonstrar nos últimos tempos.
A boa disposição e a disponibilidade da crew são uma constante e estão presentes desde o primeiro dia. Mas tenho aqui de salientar o claro crescimento da crew... Bem me lembro do primeiro treino Just Girls em que estive presente e em que (julgo!) apenas estavam presentes o Filipe e a Natália para tratar de toda a logística de teste de material Compressport e distribuição das ofertas. Ontem muitas eram já as camisolas da crew que deambulavam entre as participantes e que nos acompanharam durante todo o treino. É, sem dúvida, de dar os parabéns a estes corajosos que demonstram que a corrida em Portugal está para ficar e que existem formas originais de manter aceso o gosto por esta actividade.
Estiveram presentes no treino a Sofia Simões, da Compressport, e a atleta de triatlo do Sporting, Katarina Larsson. O treino teve três possibilidades de participação:
- Caminhada, na companhia da Carmo Moser (da crew) e da Cristina Romão (Pro Runner).
- 5 km, com a companhia da Sofia Simões, e das meninas da crew: Joana Malcata e Ana Guerra
- 10 km rápidos e moderados, com a companhia da atleta Katarina Larsson, e das outras meninas da crew: Bo Irik e Natália Costa. 
Conforme já referi, teve partida e chegada na loja ProRunner, local onde a animação reinou desde bem cedo, com todas as participantes a poderem trocar experiências e a vestir a camisola cor-de-rosa que nos foi distribuída antes do início do treino. Se era desejada uma mancha cor-de-rosa junto ao rio, ela foi bem conseguida! 
Após a distribuição do material para teste da Compressport e do aquecimento, cada participante pode juntar-se ao seu grupo. Eu fui para os 10 km moderados, que estou bem longe de conseguir acompanhar a passada da Katarina Larsson... Pronto, em sonhos sou capaz de lá chegar! O treino desenrolou-se sempre junto ao rio com o ponto de retorno dos 5 km a ocorrer junto ao hotel Myriad, onde estava um membro da crew a indicar a divisão dos grupos. Os 10 km seguiram em frente até um pouco a norte da Ponte Vasco da Gama, onde as participantes tinham oportunidade de ter um abastecimento aos 5 km, feito por dois outros membros da crew Correr na Cidade. De salientar a boa disposição com que éramos recebidas por eles... Tive até oportunidade de discutir a possibilidade de duas "Conchitas" vestidas de cor-de-rosa se juntarem a nós! Obrigada a estes dois membros da crew pelas palavras de apoio e por nos ajudarem a hidratar numa manhã com algum calor.
Foi momento de regressar ao ponto de partida... À chegada, tínhamos à espera novo abastecimento e sessão de alongamentos para finalizar uma manhã pautada pelo espírito positivo e pela boa disposição. Sem dúvida, a repetir em breve num treino que ficou prometido que se irá realizar em trail ainda antes de Agosto. Aqui fico a aguardar!
Quando o Filipe me convidou para escrever esta review, ficou bem claro que poderia falar mal, se assim o entendesse. Bem... Pontos negativos do treino não tenho a apontar. A única coisa menos positiva que poderia indicar e que, mesmo assim, nada tem de ponto negativo ao treino, foi um comentário que ouvi da parte de algumas (poucas) participantes. Este teve a ver com o facto de se poder não perceber muito bem o percurso na parte em que o grupo dos 10 km estava mais afastado entre si. Mas penso que nem se tratou de um "verdadeiro problema" dado que ninguém se perdeu e rapidamente se percebeu qual era o percurso a fazer. 
Como pontos positivos tenho vários:
- A disponibilidade e boa disposição, já referidas, e boa organização deste treino. O número cada vez maior de participantes é um sinal claro do bom trabalho que é feito e do sucesso que estes treinos Just Girls são.
- Dois abastecimentos para um treino, em que a participação é gratuita, é de louvar. Tenho que reconhecer que foi até melhor do que aquilo que já tive em algumas provas em que já participei (e paguei!) e em que ter uma garrafa de água para beber foi difícil...
- Presença de atletas e acompanhamento permanente pelas meninas da crew a mostrarem que a corrida é um estilo de vida e que nos pode fazer encarar a nossa vida de uma forma diferente, sempre positiva e sempre pautada pela entre-ajuda e sorriso na cara.
Obrigada, Filipe, pelo convite para escrever esta review. Mas, mais do que isso... E posso aqui escrevê-lo sem qualquer problema pois trata-se de algo que já te disse pessoalmente: obrigada por estes treinos, pela boa organização e pela forma diferente como mostras que a corrida pode (e deve!) ser encarada em Portugal. Que venham mais brilhantes iniciativas como esta e muitos bons momentos para a crew do Correr na Cidade!

(imagem blog Correr na Cidade)

Adicionalmente à review que escrevi para o blog Correr na Cidade, aqui deixo a habitual informação resumo do treino que fiz.

Distância: 9,84 km
Tempo: 01:00:50
Ritmo médio: 6:11 min/km

Parcias do treino

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

24/05/2014

..::Adenda - Parte 2::.. - Perneiras Kanergy da Kalenji - review by Fiona e bluesboy

No nosso post original de review sobre as perneiras da Kalenji, um dos comentários questionava sobre a forma como é possível fazer a escolha do tamanho das perneiras.

No caso específico da Decathlon, esta disponibiliza aos clientes, no mesmo expositor das meias e perneiras de compressões, fitas métricas destinadas a medir o diâmetro da nossa perna na zona dos gémeos. Esta medição deve ser feita já que as perneiras de compressão são disponibilizadas em diferentes tamanhos, ou seja para diferentes diâmetros de perna, e a sua escolha deve ser feita de forma cuidada de forma a ser adquirido o tamanho correcto para cada um de nós. Ao comprar, por exemplo, um tamanho inferior ao nosso, isso pode fazer-nos experimentar uma perneira que vai apertar demasiado a perna e torna-se desconfortável durante a utilização. Já tive um exemplo desta má escolha de tamanhos com uma corredora que fez um treino comigo e que se queixava do calor excessivo e do apertar que sentia demasiado forte nas suas pernas com as perneiras que estava a utilizar quando o verdadeiro motivo era o da escolha de um tamanho inferior ao indicado.

Como escolher as perneiras ideais?

No caso da Decathlon, basta pegarem na fita métrica e medirem o diâmetro da vossa perna abaixo do joelho na zona mais larga, na zona do gémeo. Para esta medição devem escolher a perna que tem o gémeo mais desenvolvido. Depois, basta comparar a medida obtida com a gama de tamanhos que surge indicada na etiqueta de cada perneira.

Detalhe da etiqueta com indicação do tamanho e do diâmetro a que corresponde

Esperemos que tenha sido útil esta adenda!

..::Adenda - Parte 1::.. - Perneiras Kanergy da Kalenji - review by Fiona e bluesboy

Numa leitura mais atenta do nosso post anterior reparámos que nos esquecemos de dois pormenores importantes que, fruto da nossa experiência, seriam importantes para complementar a review feita.

Contra-indicações na utilização de perneiras ou meias de compressão... by bluesboy

Não obstante os benefícios para a maioria dos atletas, existem contra-indicações no uso deste tipo de equipamento, especialmente em pessoas com tensão alta, problemas arteriais como aterosclerose ou outras patologias do sistema circulatório. Desta forma, é muito importante que peçam opinião médica se tiverem alguma destas patologias ou tenham historial familiar.

A correcta utilização de perneiras ou meias de compressão... by Fiona

Não tão poucas vezes quanto isso pude constatar que vários são os corredores que não usam este tipo de material da forma mais correcta. O que quero dizer com isto é que já pude verificar que vários corredores usam as suas meias ou as suas perneiras ao contrário. Ainda no fim-de-semana passado, antes da prova do BES na Costa da Caparica, vi dois ou três corredores que estavam a usar as suas perneiras da Kalenji ao contrário. E como pude verificar isto sem lhes puxar as ditas perneiras das pernas? Pelo seguinte... No caso específico deste modelo, a palavra Kalenji deverá surgir na parte da frente da perna do corredor e não atrás ou de lado como cheguei a ver. E isto explica-se nas imagens seguintes.

Parte frontal da perneira

Parte traseira da perneira

Como podem ver, no interior das perneiras da Kalenji surge a indicação da forma correcta de utilização deste material. Outra indicação que surge também nas perneiras (e em meias de compressão de diferentes marcas) é a indicação em que perna (ou pé) devem ser utilizadas.

A indicação direito-esquerdo para a correcta utilização das perneiras

Como em tudo aquilo com que lidamos no nosso dia-a-dia, não nos podemos esquecer das preciosas indicações (e contra-indicações) que este tipo de material pode ter e há que fazer uma utilização consciente e fazer perguntas. Sim, nunca hesitem em fazer perguntas pois essas são preciosas para que possam utilizar o vosso material de corrida da forma mais consciente e eficiente possível, sem que isso vos possa trazer mazelas no futuro. Porque não é por usarmos material de compressão que ele resulta. Há que seguir as indicações que o próprio material tem impresso e usá-lo da forma correcta para que possamos tirar o melhor partido dele, em vez de podermos estar a arranjar algum problema.

Fica aqui a dica!

23/05/2014

Perneiras Kanergy da Kalenji - review by Fiona e bluesboy

Como é mais ou menos hábito aqui neste humilde espaço blogosférico, os posts costumam ser escritos a quatro mãos e quatro pés. No entanto, no que toca a posts de reviews, normalmente eles são individuais mas vamos aqui abrir uma excepção e vai sair um post fresquinho sobre pernetes de compressão!!

Os pernetes nas pernas do bluesboy

No seguimento das consultas de ortopedia que tive por causa da fasceite plantar, uma das recomendações que a médica me deu foi a de começar a correr com perneiras ou meias de compressão. Não tanto pela questão da fadiga, mas para dar mais suporte e estabilidade aos membros inferiores (as pernas, entenda-se).

Assim, para os treinos, comprei umas perneiras Kanergy da Kalenji (12,95€), na Decathlon.

Se nos primeiros dois treinos, tive algum calor, no último treino, mais longo, tal não aconteceu. Esta é a única queixa que, por ora, tenho. De resto, a compressão é eficaz, a moinha decorrente da fasceite fica muito mais controlada e em terrenos mais acidentados, como por exemplo os altos e baixos da Quinta das Conchas, sentem-se muito menos e a trepidação nos gémeos é muito pouco evidente. Pelo preço e tendo em conta o desgaste inerente a este tipo de equipamento, penso ser uma excelente opção. Para as provas, uso umas Compressport R2, muito eficazes também (quiçá melhores), mas que pretendo poupar ao máximo, pois são mais caras do que estas Kalenji.


As perneiras Kanergy da Kalenji


Os pernetes nas pernas da Fiona

A utilização de material de compressão, ao contrário do que acontece com o bluesboy, não constitui uma novidade para mim. Desde há algum tempo, provavelmente desde há um ano para cá, que corro com meias de compressão. 

O primeiro modelo de meias de compressão que comprei foi um da Kalenji, marca de running da Decathlon, que actualmente já não surge no site. O modelo actual é o que pode ser consultado neste link. Do ponto de vista do material das meias, as actuais parecem ser mais finas (e, possivelmente, mais frescas) que o modelo que eu tenho. Desde o início que fiquei bastante agradada com as meias de compressão, notando menos fadiga nas provas ou nos treinos em que fazia uso delas. No entanto, este primeiro modelo da Kalenji é, na minha opinião, demasiado quente para correr com tempo mais quente. Posteriormente e ainda no que se toca a meias de compressão, comprei um modelo da ASICS, mais fino, que se revelou o ideal para a corrida com temperaturas mais elevadas. Desde então que utilizo estas meias nos meus treinos e provas mais longos.

Mais recentemente, e um pouco por influência do bluesboy, acabei por experimentar uns pernetes de compressão e ver se tinha os mesmos resultados que tinha com o modelo de compressão em meia. 

Modelito azulinho turquesa a lembrar praias paradisíacas...

Modelinho azul e cinzento, mais cintadino, a combinar com os ASICS Kayano 18

Não estou nada desiludida com o efeito destes pernetes quando comparados com as meias de compressão. São bastante agradáveis de usar e possuem a vantagem, do meu ponto de vista, de nos dar a possibilidade (e a facilidade logística) de facilmente colocarmos os nossos pernetes momentos antes da prova, evitando os longos períodos com eles vestidos na fase de pré-prova. E possuem também a facilidade de nos permitirem usar meias mais finas, mais adequadas aos treinos em períodos de mais calor, do que aconteceriam no caso de optarmos por meias de compressão. Desta forma, são os meus companheiros ideais para os treinos e provas nesta fase do ano.

E aí desse lado qual é a vossa preferência? Material de compressão, sim ou não? Pernetes ou meias?

03/05/2014

Asics Kayano 18 - Review by Fiona

Eu sou uma fã confessa da marca Asics para correr. Desde sempre que pratiquei desporto e já tive ténis das mais diversas marcas... Lembro-me que os meus primeiros ténis foram da marca francesa Le Coq Sportif que, confesso, nem sei se ainda existe. Depois passei pela também clássica Reebok mas a ideia que tenho é que não me dei lá muito bem com eles nem a durabilidade foi assim grande coisa... Mais tarde, a Nike chegou em força ao nosso País e a minha casa também, tendo sido a minha marca de eleição durante muitos e longos anos. Quando comecei a correr com maior frequência, lá para 2008, os ténis da altura eram Nike e assim continuaram a ser por mais cerca de dois anos. Entretanto, foi dada a oportunidade à Adidas que, confesso, nunca foi assim uma marca que eu gostasse muito, nem vos sei explicar muito bem porquê... Tive uns Supernova mas depressa deixaram de ser opção para correr quando descobri que estes eram uns ténis destinados a passada neutra e eu sou pronadora. Mais, muito provavelmente por se tratar de um modelo para passada neutra, achava-os muito desconfortáveis quando corria distâncias a partir de 8-9km... Depois destes, ainda tive uns Adidas Kanadia para o trail que foram uma bela surpresa e de que gosto bastante!

Mas depois veio a paixão pela Asics e esta é a minha marca do momento! Desta marca, tenho diferentes modelos: Fujitrabuco para trail, Noosa para o Verão e para treinos mais rápidos, GT-2160 para provas até à distância da meia maratona e uns Kayano 18 para provas em que necessito de maior suporte. E é exactamente sobre este modelo que vos venho falar hoje. 

Pés de senhora dona Fiona com os Kayano 18

Bem sei que já existem versões mais recentes do modelo Kayano. Mas, como em tudo, temos de tentar ser inteligentes nas compras que fazemos e para quem corre com regularidade, bem sabe que um par de ténis não dura uma vida e quantos mais quilómetros se fazem, maior é a necessidade de trocar de ténis. E também ninguém poderá contestar que o facto da corrida se ter tornado o desporto da moda veio fazer com que as marcas subissem os preços de muitos dos seus produtos destinados a este desporto e os ténis não são uma excepção. Desta forma, acabo por optar por comprar os meus ténis em outlet (ok, venham lá apedrejar-me porque vou aos ténis baratuchos!!! ehehehe). Não faço questão de ter as últimas cores da moda nos meus pés. Prefiro muito mais garantir a qualidade e a comodidade e isso consegue-se em modelos anteriores também. Já para não falar que a diferença de preços é ainda considerável. O modelo de que vos falar, o Kayano 18, custou cerca de 120€ enquanto que a versão mais recente de uns Kayano pode chegar facilmente a mais de 160€ se optarmos por fazer as nossas comprar numa qualquer loja da moda...

Passando agora à review...

Já comprei os meus Kayano há algum tempo mas queria ter uns quantos quilómetros acumulados para ter uma opinião mais sustentada. São, efectivamente, um modelo que confere bastante suporte. São adequados a pronação e possuem a tecnologia de gel já sobejamente conhecida da marca Asics. São adequados a treinos mais longos e a treinos ou provas em que se busca um maior conforto para as articulações ao nível de tornozelos e joelhos. No entanto, estão longe de serem os ténis mais rápidos do mercado. Conforme me foi dito quanto os comprei, tratam-se de ténis muito menos "saltitões" do que o modelo GT-2160 que também anda lá por casa, não permitindo uma resposta tão rápida quanto esse modelo. É um modelo aconselhado para provas em que possa existir maior desgaste e maior necessidade de suporte, como a distância da meia maratona ou da maratona. Utilizei este modelo na prova do BES Challenge de Sintra e achei-os bastante confortáveis tendo em conta a dura prova em questão. 

Kayano 18 modo Primavera

Desta forma, é este o meu modelo de eleição do momento quando preciso de correr com mais suporte, mais apoio, em provas mais duras ou mais longas. Aprovado!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

04/02/2014

Asics GT-1000 - review by bluesboy

Na infindável senda pela etiologia da minha fasciite plantar quase debelada, aventou-se a possibilidade dos sapatos estarem já com pouco amortecimento e a não absorverem o impacto da passada.

Uma análise dos quilómetros feitos, fez-me pensar que talvez estivesse certo.

Quilometragem a 28/01/2014
Embora a minha intenção fosse fazer 1.000 km com os Mizuno, uma análise mais atenta à sola, permitiu-me perceber que o amortecimento há muito (pelo menos 100km) já tinha ido à vida. Os Asics 1170 ainda estão ai para as curvas (mais uns 200km) e calçando uns e logo depois os outros é que realmente notei a diferença.

Em abono dos Mizuno Wave, há que salientar que foram os meus sapatos de treinos longos e aqueles que sofreram mais abuso em terra batida. Se compraria o mesmo modelo se os apanhasse em promoção agora? Sem dúvida.

Mantendo a tradição de nunca gastar mais do que 80€ num par de sapatos de corrida, consegui, na Sportshoes, em promoção, os Asics GT-1000 (76,79€), os sucessores dos Asics 1170.
Asics GT-1000 e os Asics 1170 e uma vassoura, lá atrás.
Tal como os 1170, têm Duomax, conferindo mais estabilidade ao sapato
Não há muito a dizer sobre estes GT-1000, o que é, quanto a mim, um excelente indicador. São muito estáveis, nem se dá por eles, a sola é suficientemente larga para evitar torções do pé (o que me acontecia com alguma frequência com os Asics 1140) e não sendo um sapato "saltitão", tem um amortecimento bem presente. Além disso, pela experiência que tive de dois pares de Asics 1140 e os 1170, é sapato para durar 600 kms, sem problemas.

Fiz já um treino de 5 km com eles, com a clara sensação que já os tinha calçado antes e, mesmo apenas com tão poucos quilómetros, fiz, seguramente, uma excelente escolha.
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O verde fluorescente, ideal para espantar gambuzinos nos treinos nocturnos

Agora de lado

Este treino serviu também para ver o quão adaptado (no mau sentido) eu estava aos Mizuno. Já me tinha habituado à falta de amortecimento, ao sentir as pedrinhas todas no solo e ao impacto quase constante do pé no solo. A resiliência é, pelo menos neste caso, mais um defeito que uma qualidade.


16/07/2013

Review Skechers GO bionic

Aproveitando uma promoção da Sportsdirect, encomendei há umas semanas os Skechers GO bionic (29,99£). O princípio subjacente a estes sapatos minimalistas é semelhante ao dos Vibram Five Fingers, que já experimentei em tempos e comungam de um conjunto de características:


  • Sola extremamente fina;
  • Declive calcanhar - ponta do pé = 0mm;
  • Leves;

Onde os Skechers GO bionic ganham em toda a linha?
  • Preço;
  • Inexistência de ranhuras individuais para os dedos dos pés*;
  • Alguma propulsão na sola;

Posto isto, passemos à apreciação propriamente dita.

 Para testar os GO bionic, fz ontem um treino de 6km, inicialmente em velocidade bastante moderada e, à medida que fui perceendo melhor os sapatos, aumentando progressivamente. até chegar a uns estonteantes 05:03/km no último quilómetro.

No início do treino, senti apenas ligeiras dores na base da perna esquerda, mas de resto, nada significativo. O que se nota, em termos biomecânicos, é uma tendência para aterrar com o meio do pé, o que, no meu caso, não requereu grande esforço de adaptação, pois trata-se da minha passada natural. Apenas senti que precisei de dois quilómetros para perceber que tinha que dar mais impulso ao pé. Mesmo assim, comparando com os Five Fingers, estes GO Bionic têm alguma propulsão e amortecimento, embora mínimo.

Outra das grandes vantagens  deste modelo é não ter ranhuras para os dedos dos pés, como os Vibram Five Fiingers. A consequência disto, para quem queira correr com meias, é ter que comprar meias com dedinhos... o que não é muito fácil de encontrar, mas existe, embora não seja uma opção económica.

Esta compartimentação digital, é pouco simpática para gente que, como eu, nasceu a fazer figas com um dos dedo dos pés. Permanentemente.

Em primeira mão, apresento-vos o meu pé esquerdo.
De notar o 4º dedo. Enfiar isto num Vibram Five Fingers implicou fazer algo semelhante a uma espargata digital.
Não foi fácil. Ainda hoje estou traumatizado e arrepiam-se-me as virilhas dos pés só de pensar nisso.
Como se já não vos tivesse indicado razões uficientes para optar por este sapato minimalista em detrimento de uns Five ingers, cá seguem duas fotos para ilustrar que passam por sapatos normais e não despertam olhares de pasmo e medo em locais públicos.




Em suma, recomendo vivamente estes sapatos a quem se queira aventurar no calçado minimalista.Não é um tipo de sapato para qualquer pessoa e sobretudo para o corredor mais alto / pesado é até contraproducente, na medida em que fica a faltar muito do apoio e amortecimento necessário. Mas o preço e a ausência de ranhuras para os dedos pequenos torna este modelo extremamente apelativo.

28/06/2013

Novidades no mundo dos ténis - Nike LunarGlide+ 5

Se ontem aqui partilhámos a novidade mais recente ao nível de relógios com sistema GPS, é chegado o momento de partilhar uma novidade no que toca a ténis. A novidade mais recente da Nike neste domínio é o modelo LunarGlide+ 5, disponível para homem e mulher e com a possibilidade de ser encomendado um modelo totalmente personalizado por nós no site da marca através da opção NikeId (consultar http://store.nike.com). 
Segundo informação da Nike, este modelo destina-se a conferir um maior suporte e conforto para percorrer distância mais longas, apresentando-se como um sapato mais leve que os modelos antecessores. Este modelo vem equipado com o suporte dinâmico da marca, para maior conforto na passada, bem como com a tecnologia Lunarlon na zona da sola para um amortecimento eficaz, com boa resposta e maior leveza. É um modelo adaptado a treinos com pouca luminosidade já que vem equipado com elementos reflectores bem como ao sistema Nike+. Possui um exterior de malha de densidade variável que confere boa adaptabilidade ao pé, bom ajuste e respirabilidade.

Da minha parte, estou curiosa de experimentar este modelo e confirmar as melhorias introduzidas pela Nike face a modelos anteriores. Tive oportunidade de, no ano passado, no âmbito dos treinos promovidos pela Nike para a preparação da Corrida do Tejo no Jamor, de experimentar e testar o modelo antecessor, o LunarGlide+ 4. Nesse dia tive oportunidade de fazer um treino a rondar a distância dos 6 a 7 km com este modelo e recordo-me que não o achei muito confortável. Parecia que não tinha uma boa resposta e não senti muito suporte à minha passada. Na altura disseram-me que se tratava de um modelo adequado até distâncias de 21 km mas não o achei de todo confortável para mim, muito menos para o utilizar em distâncias mais longas. 

Mas convém deixar aqui uma mensagem muito importante: cada pé é um pé e se eu não me dei muito bem com este modelo, outras pessoas deve haver que o têm como modelo de eleição. Dizer que não o achei confortável não significa que não se trate de um bom modelo ou que a Nike está a perder qualidades. Nada a ver, apenas não resultou comigo. Acho que, nestas coisas de corrida e de tudo o que está envolvido, não existe nada melhor para vermos aquilo que efectivamente funciona connosco, desde calçado, alimentação, roupa ou correr com música ou não.

Mais uma vez, a vossa opinião é muito importante para nós e, caso existam desse lado alegres donos de um destes dois modelos, é favor partilhar as vossas opiniões tudo em prol do enriquecimento do blog e do que aqui partilhamos. Boas corridas!

25/06/2013

Asics GEL GT-2160 - Review by Fiona

 

Já andava há algum tempo para fazer a review sobre estes ténis mas estava à espera de fazer mais alguns quilómetros com eles para poder escrever. Mas eis que é chegado o momento! 

Os meus anteriores ténis para estrada eram os Adidas Supernova Glide4. Durante os primeiros tempos com esses ténis, estava bastante satisfeita com o seu comportamento mas depois comecei a verificar que se estavam a tornar algo desconfortáveis quando corria com eles, comecei a sentir que já não respondiam como inicialmente (mesmo tendo este par há poucos quilómetros) e comecei a sentir dores nas costas que me levaram a pensar se o problema não seria dos ténis com que estava a correr. Foi nessa altura que fiz o meu teste da passada e descobri que tinha uma pronação suave, pelo que deveria correr com uns ténis que me conferissem um suporte adicional. Como não estava muito contente com os Adidas e vários amigos corredores me tinham já falado da Asics, decidi fazer uma incursão até à loja da Asics mais próxima e comprar um novo par de ténis para estrada. E foi assim que fui apresentada a estes Asics GEL GT-2160 de que vos venho falar hoje.

Trata-se de um modelo de ténis adequado a pronação suave e é equipado com o sistema de suporte Dynamic Duomax característico desta marca nos modelos para pronação. A Asics tem a mais-valia de possuir modelos diferentes para pronadores e adequados a diferentes incidências de pronação o que nos permite escolher o modelo mais adequado ao nosso caso. Da primeira vez que os calcei, e ainda na loja, verifiquei que eram um pouco mais rijos que o par que eu tinha anteriormente da Adidas. Não conferem aquela sensação de pantufa que muitos ténis nos conseguem fazer sentir mas não fiquei de todo descontente com o calçar deste modelo. Decidi então adquiri-los porque estava mesmo a precisar de uns ténis novos para estrada. No entanto, fiquei também bastante curiosa com um outro modelo da marca adequado para pronadores, o GEL-Kayano, modelo de topo da marca na mesma linha dos famosos Nimbus mas apropriados a pronadores. Alguém aí desse lado se quer pronunciar sobre algum destes dois modelos?

Seguiram-se os primeiros treinos e as primeiras provas e devo dizer-vos que estou bastante contente com o desempenho deste modelo. Possuem o sistema de gel da marca que confere conforto adicional para distâncias mais longas, revelam-se confortáveis apesar da rigidez que demonstraram inicialmente, e têm uma excelente resposta quando é preciso aumentar o ritmo da passada em treino ou em prova. Não nos deixam ficar lá para trás. São uns ténis que não queremos descalçar facilmente já que, após "se fazerem" ao nosso pé, revelam-se bem mais confortáveis do que à primeira vista e têm uma resposta bastante boa aquilo que lhes pedimos. Sem dúvida, um dos meus melhores pares de ténis de sempre! 

14/06/2013

Asics GEL Enduro 8 - review

Com a minha estreia em trails já no dia 6 de Julho, nada como aproveitar o treino de hoje para estrear e testar os Asics Gel Enduro 8 (53€ na amazon.co.uk) que comprei há quase três meses.

O local para a estreia foi, como não podia deixar de ser, o Estádio 1º de Maio e os seus 700 metros de terra batida e as mais agrestes condições de fauna e flora. É tal e qual Monsanto, assim como um mini-golf é tal e qual a Penha Longa.

Uma das inovações deste modelo: vem aos pares.
 Nos seis quilómetros que durou o teste (um ultra-nano-trail), pude reter o seguinte:
  1. A sensação inicial é a de que já os tinha usado, ajustam-se perfeitamente ao pé e não houve a mínima sensação de estranheza;
  2. Têm menos impulso do que um sapato de estrada;
  3. O suporte e a largura são de facto maiores. Para as testar, fiz algumas curvas (em tudo semelhantes ao famoso gancho do circuito do Mónaco) e é notória a aderência e estabilidade que o sapato possui;


De notar os reflectores traseiros, úteis para afugentar javalis, esquilos e gambuzinos
 
Ahhh, que bem que se está no campo...

Pelo quilómetro 5, certamente pelas brutais perdas de glicogénio e o cansaço acumulado neste trail, esqueci-me que estava a usar sapataria nova e eis que os deuses fazem questão de me anunciar, nos auscultadores, aquilo que eu já tinha apreendido: estava a usar um sapato de qualidade.

Quality shoe - Mark Knopfler
You got your toecaps reinforced with steel
Hard-wearing sole and heel
Make those tired feet feel like new
Take your pick, black or Brown
Great for the country or the man in town
You're gonna need a quality shoe

You don't want no stand-by pair
'Cos these'll take the wear and tear
Made to take good care of you
For that trip by road or rail
For extra grip on those rocky trails
You're gonna need a quality shoe


Now they maybe ain't too hot for dancing
But I don't foresee too much of that
You ain't exactly gonna be prancing
Around in the moonlight
With a cane and a top hat


If you could use a change of pace
And be excused from the rat race
Just take a look at what's on view
Lace 'em up, walk around
I guarantee you can't wear 'em down
You're gonna need a quality shoe

Now I wish you sunny skies
And happiness wherever you may go
But you got to realise
There'll be wind, there'll be rain
And occasional snow

You're gonna want to smile in them
If you're gonna walk a mile in them
There'll be times when you'll be blue
To laugh at rainy days and then
Make your getaways in them
You're gonna need a quality shoe

You got your toecaps reinforced with steel
Hard-wearing sole and heel
Make those tired feet feel like new
Take your pick, black or Brown
Great for the country or the man in town
You're gonna need a quality shoe