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Aqui partilhamos todas as nossas provas e treinos e muitas outras coisas sobre o mundo da corrida...

23/05/2014

Perneiras Kanergy da Kalenji - review by Fiona e bluesboy

Como é mais ou menos hábito aqui neste humilde espaço blogosférico, os posts costumam ser escritos a quatro mãos e quatro pés. No entanto, no que toca a posts de reviews, normalmente eles são individuais mas vamos aqui abrir uma excepção e vai sair um post fresquinho sobre pernetes de compressão!!

Os pernetes nas pernas do bluesboy

No seguimento das consultas de ortopedia que tive por causa da fasceite plantar, uma das recomendações que a médica me deu foi a de começar a correr com perneiras ou meias de compressão. Não tanto pela questão da fadiga, mas para dar mais suporte e estabilidade aos membros inferiores (as pernas, entenda-se).

Assim, para os treinos, comprei umas perneiras Kanergy da Kalenji (12,95€), na Decathlon.

Se nos primeiros dois treinos, tive algum calor, no último treino, mais longo, tal não aconteceu. Esta é a única queixa que, por ora, tenho. De resto, a compressão é eficaz, a moinha decorrente da fasceite fica muito mais controlada e em terrenos mais acidentados, como por exemplo os altos e baixos da Quinta das Conchas, sentem-se muito menos e a trepidação nos gémeos é muito pouco evidente. Pelo preço e tendo em conta o desgaste inerente a este tipo de equipamento, penso ser uma excelente opção. Para as provas, uso umas Compressport R2, muito eficazes também (quiçá melhores), mas que pretendo poupar ao máximo, pois são mais caras do que estas Kalenji.


As perneiras Kanergy da Kalenji


Os pernetes nas pernas da Fiona

A utilização de material de compressão, ao contrário do que acontece com o bluesboy, não constitui uma novidade para mim. Desde há algum tempo, provavelmente desde há um ano para cá, que corro com meias de compressão. 

O primeiro modelo de meias de compressão que comprei foi um da Kalenji, marca de running da Decathlon, que actualmente já não surge no site. O modelo actual é o que pode ser consultado neste link. Do ponto de vista do material das meias, as actuais parecem ser mais finas (e, possivelmente, mais frescas) que o modelo que eu tenho. Desde o início que fiquei bastante agradada com as meias de compressão, notando menos fadiga nas provas ou nos treinos em que fazia uso delas. No entanto, este primeiro modelo da Kalenji é, na minha opinião, demasiado quente para correr com tempo mais quente. Posteriormente e ainda no que se toca a meias de compressão, comprei um modelo da ASICS, mais fino, que se revelou o ideal para a corrida com temperaturas mais elevadas. Desde então que utilizo estas meias nos meus treinos e provas mais longos.

Mais recentemente, e um pouco por influência do bluesboy, acabei por experimentar uns pernetes de compressão e ver se tinha os mesmos resultados que tinha com o modelo de compressão em meia. 

Modelito azulinho turquesa a lembrar praias paradisíacas...

Modelinho azul e cinzento, mais cintadino, a combinar com os ASICS Kayano 18

Não estou nada desiludida com o efeito destes pernetes quando comparados com as meias de compressão. São bastante agradáveis de usar e possuem a vantagem, do meu ponto de vista, de nos dar a possibilidade (e a facilidade logística) de facilmente colocarmos os nossos pernetes momentos antes da prova, evitando os longos períodos com eles vestidos na fase de pré-prova. E possuem também a facilidade de nos permitirem usar meias mais finas, mais adequadas aos treinos em períodos de mais calor, do que aconteceriam no caso de optarmos por meias de compressão. Desta forma, são os meus companheiros ideais para os treinos e provas nesta fase do ano.

E aí desse lado qual é a vossa preferência? Material de compressão, sim ou não? Pernetes ou meias?

19/05/2014

BES RUN Challenge - Etapa da Costa da Caparica... Report by Fiona

Mais um fim-de-semana que passa, mais uma etapa do BES RUN Challenge cumprida. Desta feita, foi tempo de rumar à Costa de Caparica e correr a única etapa com novo percurso face ao desafio do ano passado.

O pré-prova

O dia de sábado foi passada por casa até ao momento de me deslocar até à Costa. Antevendo-se uma prova repleta de calor, optei por ficar por casa para descansar as pernas para o desafio que me esperava umas horas mais tarde. O dia começou calmamente com um belo pequeno-almoço para carregar as baterias para o que me esperava.

Pão de centeio alemão, fiambre de perú, maçã e chá preto

E como mulher que sou... De seguida foi tempo de me dedicar à escolha da indumentária, qual preparação para Gala dos Globos de Ouro versão running!

Os ténis Asics Noosa TRI4 mais famosos da Mini Maratona de Lisboa em grande destaque e os pernetes da Kalenji (que serão alvo de review conjunta com o bluesboy muito em breve!)

Por volta das 14h, e ainda que já tivesse o dorsal levantado, achei por bem começar a dirigir-me para a Costa da Caparica pois sábado de calor é sinónimo de meia Lisboa e meia Margem Sul rumarem à praia e por isso queria evitar apanhar grande trânsito a caminho da ponte bem como conseguir um bom local de estacionamento perto da partida. O local de estacionamento até funcionou bastante bem, o pior foi mesmo o trânsito para a ponte ainda na margem norte, tendo levado cerca de 50 minutos de minha casa até ao local da partida.

E eis que é chegado o momento da prova...

Antes do início da prova, estive em amena cavaqueira com colegas de equipa dos Pernas de Gafanhoto bem como com uma colega de equipa do GFD Running. Parecendo que não estes momentos são sempre bons pois ajudam-nos a descontrair e a conseguirmos distrair-nos um pouco do tempo de espera que existe sempre antes do tiro de partida.

De um ponto de vista geral, esta etapa da Costa da Caparica é uma etapa fácil. Havia calor, havia algum vento em algumas partes da prova (no paredão junto às praias) e os abastecimentos, a meu ver, funcionaram bem tendo em conta a dimensão da prova e as condições climatéricas de sábado. O local da partida era simpático e, daquilo que pude perceber, as coisas funcionaram bem a este nível. 

No que toca à minha prova, posso dizer que os primeiros quilómetros correram muito bem apesar do calor que se estava a fazer sentir. No entanto, quando comecei a entrar nos locais em terra batida e em que havia mais poeira no ar, confesso que comecei a acusar alguma dificuldade. Não me dou nada bem com o calor e poeirada a mais também me faz uma certa confusão. As minhas alergias não se dão nada bem com estas coisas... Foi depois tempo de regressar à estrada e ter o primeiro abastecimento e a coisa regularizou. Mas o pior da prova para mim ainda estava para vir... Um pouco antes do km 5 o percurso da prova entrou para a zona de São João, para terra batida e por entre a vegetação e a partir daqui foram os quase 3 km piores para mim até hoje... Esta zona possuía bastante vegetação seca... Palha mesmo que dificultou e muito a vida dos atletas, chegando mesmo a ser apontado como um ponto menos positivo do percurso desta prova, tanto pelos "corredores de pelotão" como pelos de elite, como é o caso da vencedora Sónia Trabuco (a quem dou, desde já, os meus parabéns!). Demasiados atletas a passaram no mesmo curso algo estreito de terra batida e muita vegetação seca numa época em que as alergias estão a atravessar a sua época alta não foi positivo. Esta parte do percurso foi positiva do ponto de vista de possuir partes com sombra que sempre ajudava a aliviar um pouco do sol quente que nos acompanhava em todo o percurso mas o muito (demasiado!) pó dificultou muito quem corria. Fica aqui a nota para a organização de que se pode melhorar nesta parte!

Regressada à estrada e com novo abastecimento deu para recuperar e continuar a correr até ao final numa grande vontade de conseguir terminar o mais rápido possível dado que a dificuldade em respirar era alguma devido a todo o pó...

Passo a partida 1h02' após a minha passagem no pórtico. Passo esta partida contente mesmo não tendo conseguido baixar o tempo para sub60. Passo contente porque, mais uma vez, fui mais forte do que as dificuldades e consegui ultrapassá-las mesmo com os pontos menos bons que referi acima.

Garmin mai lindo da dona!

E aqui fica o outfit fofinho do dia e o íman para mais tarde recordar!

Miss Fiona com os seus ténis radioactivos como já foram apelidados...

Olha o íman verdinho para o frigorífico!!!

Resumo da prova:
Tempo de chip: 01:02:00
Tempo oficial: 01:03:22
Tempo intermédio: 00:31:01
Ritmo por quilómetro: 06:20 min/km
Classificação absoluta: 1751º entre 2171 corredores
Classificação de chip: 1758º
Classificação no escalão: 83º entre 151 corredoras

E muito obrigada ao simpático desconhecido (e que agora já não é desconhecido!) que gritou pelo meu nome na etapa de Sintra e que me veio cumprimentar no final desta etapa. Sabe sempre muito bem conhecermos quem nos lê. Fale connosco mais vezes!

Bons treinos e boas corridas!

Fiona

12/05/2014

25º Meia Maratona de Setúbal - Report by Pedro Moita

Já lá vai algum tempo que não fazia uma prova de estrada, e ontem foi o dia de regressar ao alcatrão! 

Encontrei-me com o JP por volta das 9 horas a porta de casa dele... ainda tinha-mos que ir levantar os dorsais e ainda estávamos longe do local de partida. Fizemos então uma corrida de aquecimento a meter a conversa em dia, e ambos a com queixas que as pernas estavam num dia não para correr.

Chegamos então ao local para levantar os dorsais e mais caras conhecidas e mais uns dedos de conversa... levantamos os dorsais, fizemos uns alongamentos e mais conversa. Assim como quem não quer a coisa... chegou a hora da partida! E lá fomos nós...

O JP descobriu recentemente que tem alguma veia de Queniano, e quer ver até onde é que essa veia o leva, e por isso, lá seguiu ele ao seu ritmo, e eu ao meu a ficar cá para trás.

Este ano o percurso foi diferente do anterior, e contrariamente ao que tenho lido por ai... eu não desgostei! Apesar de achar que se podiam ter "explorado" outras ruas de Setúbal, gostei de correr por dentro da cidade, e não apenas numa estrada que não nos leva a lado nenhum no meio de fábricas... sim é verdade que tinha subidas, mas não são tão boas? :-P A meu ver tornou a prova mais desafiante...

Mas nem tudo foi bom, a sinalização do percurso foi péssima... apesar de ver bastantes policias... as vezes em grupos, quando deviam estar melhor distribuídos para evitar condutores mais apressados de causarem a confusão.
A certa altura, não via ninguém a minha frente e dei por mim quase a enganar-me no percurso, não tivesse eu olhado para o lado e reparado nos atletas ao fundo noutra rua... em trilhos ainda compreendo que por vezes não se consigam fazer marcações perfeitas... mas em estrada??? Bastava uma seta desenhada no alcatrão, uma placa... o que fosse... enfim.

Voltando a minha prova, quando começamos a entrar para o meio de Setúbal, após andar-mos a correr pelas ruas da baixa, lá encontramos a primeira subida, a do túnel do Quebedo, que apesar de não ser muito longa, tem uma inclinação algo acentuada... corremos mais uns metros... e mais uma subida, esta já mais longa, mas que me deu bastante pica fazer... talvez por poder fingir que estava num trilho qualquer a subir! :-P

Lá se passaram mais alguns quilómetros a conhecer ruas de Setúbal por onde nunca tinha passado. 

Mas como é habitual, tem que haver sempre algo no meu corpo a queixar-se... e desta vez, foi o calor e sentir que estava a desidratar! Apesar de terem havido 4 abastecimentos... a partir do km 15 não havia mais nada! E o calor que estava? Senti-me a desesperar... tinha os pés a arder.... alias, todo o meu corpo fervia! Comecei a sentir-me cansado, e tive que andar várias vezes! Terrível... eu que foi quase sempre a baixo dos 5:30/km e ia conseguir baixar o meu PBT... puff... mas também não fiquei muito chateado, não treinei especificamente para esta prova, nem ia para fazer nenhum tempo em especial. Acabei por fazer mais 8 segundos que no ano anterior.

Quando acabei a prova, já estava o JP a minha espera na meta... e sabem que mais? Fez uma mega prova, e retirou 20 e qualquer coisa minutos ao seu tempo anterior nesta prova! Exactamente um ano após a sua primeira prova, conseguiu fazer 1h38m!! E ele é um preguiçoso para treinar... imaginem se não fosse! :-P

E assim se passou mais uma manhã de Domingo a correr em boa companhia!

Beijinhos, abraços e boas corridas! :-D

Ps: Mais uma vez não tirei fotos... peço desculpa! :-( lol


O bom tempo tem destas coisas...

Não sei se acontece o mesmo convosco mas por aqui, quando começa o tempo a aquecer e o sol a começar a estar mais presente, a vontade para realizar qualquer tipo de tarefa é logo outra. Seja no trabalho, seja em casa ou seja para fazer desporto, é ver Miss Fiona com energias redobradas sempre a querer fazer mais alguma coisa.

Por outro lado, como agora já consigo fazer desporto sem limitações, é ver-me com outra vontade a calçar os ténis, sem receios de aparecer esta ou aquela dor chata que parecia nunca mais querer abandonar o meu corpinho. Vai daí, os treinos vão-se multiplicando, sejam eles dentro ou fora de portas. E os dois últimos dias não foram excepção...

Domingo, 11 de Maio

Domingo, quando não tenho de trabalhar ou não tenho uma prova, tem vindo a ser sinónimo de treino com o grupo do GFD Running e o Domingo passado não foi uma excepção. Tinha previstos, segundo o meu plano de treino, 12 km progressivos e o lugar escolhido foi a beira-rio, na zona de Belém. 


O resumo do treino foi este: 11,6 km feitos em 01h16'50'' que dá um ritmo médio de 6'38'' por quilómetro. O corpo acusou as pouco mais de 24 horas dormidas na semana passada, o muito trabalho e as refeições não tão regradas como habitualmente. Junto com o calor, posso dizer que este treino custou mais do que seria esperado. Este treino foi um claro sinal que quando mudamos as nossas rotinas do nosso corpo como, por exemplo, deixarmos de dormir as cerca de 8 horas a que estamos habituados por noite, isso vai reflectir-se claramente no nosso treino e fazer com que tenhamos um rendimento abaixo do que aquilo que seria de esperar. No entanto, passei bem o resto do dia a mostrar que, apesar de tudo, o corpo responde bem às dificuldades.

Segunda-feira, 12 de Maio

Hoje não houve corrida para ninguém. Considerando o meu plano de treinos, hoje foi dia de dar descanso aos ténis mas isso não significou que estive totalmente parada. Foi dia de muita massagem aos principais grupos musculares utilizados na corrida com o rolo de auto-massagem e de fazer algum reforço muscular em ginásio. 


E que bem que me sabe fazer desporto pela manhã! Parece que o dia corre logo de maneira diferente!

É por isso que digo sempre: aprendam a ouvir o vosso corpo. Por aqui, já tentei algumas vezes treinar ao final do dia mas chego sempre à conclusão que não é nessa altura que consigo tirar o melhor proveito do treino. Com rara excepção de provas que decorrem lá para as 17h, não gosto de correr ou de treinar ao final do dia. Parece que é um verdadeiro sacrifício e que não consigo fazer nada de jeito. Mas isso não significa que agora toda a gente tenha de treinar de madrugada como eu. Cada organismo é um organismo e nem todos nós temos o mesmo tipo de metabolismo e de rendimento na prática do exercício físico. É por isso que é muito importante ouvirem o que o vosso organismo vos vai dizengo e ajustando os vossos treinos em tipo e quantidade.

Bons treinos e boas corridas!

Fiona